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Alguns dias depois da estreia mundial, a série de suspense e ficção científica "Flashforward" chega a Portugal, através do canal AXN, graças a uma medida que visa combater a pirataria. O objectivo é evitar o "download".

Para quê descarregá-la através da internet, usando métodos ilícitos, se a ficção pode ser vista quase ao mesmo tempo em que se apresenta nos Estados Unidos? A produção ABC Studios resolveu cortar o mal pela raiz, fornecendo os episódios o mais rapidamente possível aos espectadores de qualquer parte do Mundo. Na estação norte-americana ABC, a estreia reuniu 12.5 milhões de espectadores no passado dia 24 de Setembro. Anteontem, em Espanha, foi o produto mais visto de televisão por cabo. Hoje à noite, pelas 22.25 horas, o primeiro episódio passa no AXN, normalmente destinado a produtos de acção, mais ao gosto do público masculino.

Mas "Flashforward" não é unicamente notícia por servir de cartaz a esta experiência pioneira, que exigiu meios fora do comum, como o transporte quase secreto do material de forma a poder ser legendado em tempo recorde. É costume as séries ficarem disponíveis para a Europa três e seis meses depois do arranque, embora esse prazo tenha vindo a ser encurtado nos últimos anos.

Na linha de "Lost", "Flashforward" parte de um acontecimento misterioso: algo desconhecido provoca o desmaio de toda a Humanidade durante dois minutos e 17 segundos. E durante essa ausência mental, homens, mulheres e crianças têm uma visão, preenchida por pequenos "flashes" , do que será a sua vida nos próximos seis meses. Quando retomam a consciência, surge a expectativa de saber se o que viram vai ou não suceder na realidade.

Intrigante e com os elementos certos para cativar os que não resistem a dramas densos a exigir a cada passo uma descodificação é como a descreve alguma imprensa norte-americana. Outro dos seus pontos fortes reside na exploração dos problemas pessoais.

Para o elenco, foram recrutados nomes de actores em ascensão. Joseph Fiennes, o protagonista, que ali faz de do agente especial Mark Benford, participou em "A Paixão de Shakespeare" e "Elizabeth"; John Cho deu nas vistas em "American Pie" e "Star Trek"; Sonya Walger apareceu em "Lost" (Perdidos), tal como Dominic Monaghan.

O livro em que se baseia é um best-seller da ficção científica, assinado por Robert J. Sawyer. Tal como outras produções norte-americanas, esta série teve de passar o teste do episódio-piloto. Bannon Braga e David S.Goyer, produtores executivos, viram a seu trabalho aprovado.

Fonte: JN