Morreu o encenador Mário Barradas

O encenador Mário Barradas, um dos fundadores do Centro Dramático de Évora (CENDREV), morreu hoje de manhã na sua casa em Lisboa, aos 78 anos, disse à agência Lusa fonte da companhia profisssional de teatro alentejana.


O encenador Mário Barradas “marcou o teatro de toda a segunda metade do século XX português”, disse o director da Companhia de Teatro de Almada. Joaquim Benite sublinhou "o papel importante que [Barradas] desempenhou na descentralização do teatro, tendo marcado a cena portuguesa pós 25 de Abril".

"Foi uma figura marcante do teatro português pós-25 de Abril de 1974", sublinhou. "Empenhou-se muito na descentralização, à qual votou toda a sua vida, aliás esta opção fez-se notar quando assumiu funções como director-geral das Artes, cuja acção se sente hoje no tecido teatral português", disse à Lusa Benite.

"Ainda antes do 25 de Abril o seu papel foi fundamental na reforma do Conservatório, ele marcou o teatro de toda a segunda metade do século XX português", acrescentou.

Mário Barradas ia encenar "The rape of Lucrécia" de William Shakespeare cuja estreia em Portugal estava prevista para Fevereiro. "Seria uma co-produção do Teatro de Almada, da Companhia de Teatro do Algarve e da Companhia de Braga, iremos reunir amanhã [sexta-feira] e decidiremos o que fazer", disse Benite.

Mário Barradas nasceu em Ponta Delgada em 1931. Em Janeiro de 1975 fundou o Centro Cultural de Évora, antecessor do Cendrev, e a Escola de Formação Teatral, onde era docente.

O encenador morreu hoje de manhã na sua residência em Lisboa.

O corpo irá estar em câmara ardente no Palácio Galveias, ao Campo Pequeno, estando o funeral marcado para sexta-feira, às 15h, para o cemitério do Alto de S. João.




Fonte: Público

POSTED BY Joana Vieira
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