Ceia de Natal barata e saudável
A mesa cheia de rissóis, croquetes e sonhos de bacalhau; de filhoses, rabanadas e sonhos de abóbora; de bolos, arroz-doce, chocolates e o tronco com fios de ovos. Para muitos, o Natal é época de perdição numa mesa repleta de coisas boas que raramente se comem ao longo do ano. Por isso, a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) alerta para que nesta época se procure fazer uma alimentação saudável e mais económica.
Sem grandes alterações na ementa, a proposta é simples: compre menos açúcar, óleo (para os fritos), doces e salgados; reduza a quantidade de carne ou peixe consumido - em vez de um peru com quatro quilos, opte por um de três. Assim como deve cortar nas batatas, no arroz ou na massa. A aposta deve fazer-se nas verduras e nas frutas, recomenda Alexandra Bento, presidente da APN.
Os bolinhos de bacalhau ou os croquetes, apresentados em muitas casas como entradas, na noite da Consoada, não fazem sequer parte da tradição, lembra a nutricionista. Por isso, em vez dos salgados, a família pode optar por uma sopa ou um esparregado de nabiças. Mas mesmo na confecção deste prato, é possível cortar no azeite e no sal e, em vez de um dente de alho, juntar mais cinco, propõe a associação no curso sobre Ceia de Natal: Tradição, saúde e baixo custo, que decorreu ontem, no Porto.
"Os pontos críticos são a gordura e o açúcar", sublinha Alexandra Bento. Ao confeccionar uma receita tradicional desta época, pode cortar-se um pouco no sal ou no açúcar e a sobremesa fica igualmente boa, garante a nutricionista. "A moderação deve começar na confecção", recomenda.
Por vezes, por parte de quem recebe há o receio de não o fazer bem e por isso se enche a mesa "de forma exagerada", continua Alexandra Bento. Mas não cabe só a quem recebe ter cuidado - também os convivas devem "ter cautela na maneira como se servem". Por exemplo, não encher demasiado o prato e "provar" as sobremesas e não devorá-las, aconselha. A refeição deve terminar com o tradicional ananás ou abacaxi, que tem a função de auxiliar na digestão, assim como a laranja.
Depois da refeição e ao longo da noite, a tentação são os fritos, mas também os chocolates, os frutos se-cos (nozes, amêndoas, pinhões, avelãs) ou as frutas cristalizadas. No caso dos fritos e dos doces, já se sabe o mal que fazem; quanto aos frutos secos, apesar de serem muito ricos em vitaminas e minerais, também têm muita gordura.
"O grande problema é que a noite de Consoada prolonga-se e repete-se até aos Reis", diz Alexandra Bento, alertando para que estes 15 dias são "significativos" no balanço de um ano. A questão não é apenas a balança acusar mais peso, mas o que isso acarreta em termos de problemas de saúde como a obesidade, as doenças cardiovasculares e a diabetes, alerta. As famílias "devem confeccionar só para dia 24 e 25 e não ficar com restos para os dias seguintes".
Fonte: Público
Sem grandes alterações na ementa, a proposta é simples: compre menos açúcar, óleo (para os fritos), doces e salgados; reduza a quantidade de carne ou peixe consumido - em vez de um peru com quatro quilos, opte por um de três. Assim como deve cortar nas batatas, no arroz ou na massa. A aposta deve fazer-se nas verduras e nas frutas, recomenda Alexandra Bento, presidente da APN.
Os bolinhos de bacalhau ou os croquetes, apresentados em muitas casas como entradas, na noite da Consoada, não fazem sequer parte da tradição, lembra a nutricionista. Por isso, em vez dos salgados, a família pode optar por uma sopa ou um esparregado de nabiças. Mas mesmo na confecção deste prato, é possível cortar no azeite e no sal e, em vez de um dente de alho, juntar mais cinco, propõe a associação no curso sobre Ceia de Natal: Tradição, saúde e baixo custo, que decorreu ontem, no Porto.
"Os pontos críticos são a gordura e o açúcar", sublinha Alexandra Bento. Ao confeccionar uma receita tradicional desta época, pode cortar-se um pouco no sal ou no açúcar e a sobremesa fica igualmente boa, garante a nutricionista. "A moderação deve começar na confecção", recomenda.
Por vezes, por parte de quem recebe há o receio de não o fazer bem e por isso se enche a mesa "de forma exagerada", continua Alexandra Bento. Mas não cabe só a quem recebe ter cuidado - também os convivas devem "ter cautela na maneira como se servem". Por exemplo, não encher demasiado o prato e "provar" as sobremesas e não devorá-las, aconselha. A refeição deve terminar com o tradicional ananás ou abacaxi, que tem a função de auxiliar na digestão, assim como a laranja.
Depois da refeição e ao longo da noite, a tentação são os fritos, mas também os chocolates, os frutos se-cos (nozes, amêndoas, pinhões, avelãs) ou as frutas cristalizadas. No caso dos fritos e dos doces, já se sabe o mal que fazem; quanto aos frutos secos, apesar de serem muito ricos em vitaminas e minerais, também têm muita gordura.
"O grande problema é que a noite de Consoada prolonga-se e repete-se até aos Reis", diz Alexandra Bento, alertando para que estes 15 dias são "significativos" no balanço de um ano. A questão não é apenas a balança acusar mais peso, mas o que isso acarreta em termos de problemas de saúde como a obesidade, as doenças cardiovasculares e a diabetes, alerta. As famílias "devem confeccionar só para dia 24 e 25 e não ficar com restos para os dias seguintes".
Fonte: Público