Começaram as negociações técnicas
As negociações técnicas começaram hoje no segundo dia da conferência climática de Copenhaga, estimuladas pelo anúncio da Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA) sobre a possível regulação das emissões de gases com efeito de estufa.
Reunidos na capital dinamarquesa até 18 de Dezembro para concluir um acordo mundial de luta contra o aquecimento global, os representantes de 192 países começaram os seus trabalhos em sub-grupos dedicados a questões como o combate à desflorestação, o financiamento da adaptação às alterações climáticas ou ainda os mecanismos de verificação dos compromissos dos diferentes países.
“Durante os próximos três ou quatro dias, o exercício consistirá em desbravar terreno”, resumiu hoje um negociador ocidental.
O anúncio feito ontem à tarde pela EPA – de que as emissões de gases com efeito de estufa são responsáveis pelo aquecimento global e que constituem uma ameaça à saúde pública – foi saudado com satisfação em Copenhaga.
“Isso vai contribuir para persuadir os delegados e observadores de outros países de que os Estados Unidos estão determinados a utilizar todas as ferramentas à sua disposição”, comentou David Doniger, da organização não governamental americana National Resources Defense Council.
Para a organização internacional Greenpeace, esta decisão representa “um sinal importante” para a conferência de Copenhaga. Significa que “o Presidente (Barack Obama) pode agir, qualquer que seja a decisão do Congresso sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa”.
As reduções de emissões estão a ser negociadas à porta-fechada em numerosas salas do Bella Centre, centro de congressos que acolhe diariamente, até 18 de Dezembro, 15 mil pessoas, 3500 das quais jornalistas.
Ontem à noite, a chanceler alemã Angela Merkel apelou à China e à Índia para fazerem mais em matéria de redução de emissões, para permitir a conclusão de um acordo em Copenhaga. O objectivo da conferência “deve ser concluir um acordo internacional para limitar o aquecimento global aos dois graus em 2050”, afirmou Merkel à televisão pública ZDF.
“Todos devem fazer mais, sobretudo países como a China e a Índia que actualmente não aceitam este objectivo dos dois graus”, acrescentou.
A Alemanha e outros países da União Europeia já prometeram reduzir as emissões em 20 por cento até 2020, em relação aos níveis de 1990, e 30 por cento se outros países aceitarem fazer mais. “Mas não há país ou continente que, sozinho, possa salvar o clima. Precisamos de um novo esforço internacional”, adiantou.
Mas a urgência em agir pelo clima não se limita aos delegados reunidos no Bella Center. Por exemplo, à saída do Metro, ninguém passa sem um autocolante, distribuído por jovens dinamarqueses que agradecem aos passageiros “terem escolhido viajar de Metro e assim economizar 85 por cento de CO2”.
Por outro lado, são muitas as organizações não governamentais presentes em Copenhaga que vão continuar a promover as negociações naquela cidade e no coração do Bella Center, para aumentar a pressão sobre as delegações.
Fonte: Público
“Durante os próximos três ou quatro dias, o exercício consistirá em desbravar terreno”, resumiu hoje um negociador ocidental.
O anúncio feito ontem à tarde pela EPA – de que as emissões de gases com efeito de estufa são responsáveis pelo aquecimento global e que constituem uma ameaça à saúde pública – foi saudado com satisfação em Copenhaga.
“Isso vai contribuir para persuadir os delegados e observadores de outros países de que os Estados Unidos estão determinados a utilizar todas as ferramentas à sua disposição”, comentou David Doniger, da organização não governamental americana National Resources Defense Council.
Para a organização internacional Greenpeace, esta decisão representa “um sinal importante” para a conferência de Copenhaga. Significa que “o Presidente (Barack Obama) pode agir, qualquer que seja a decisão do Congresso sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa”.
As reduções de emissões estão a ser negociadas à porta-fechada em numerosas salas do Bella Centre, centro de congressos que acolhe diariamente, até 18 de Dezembro, 15 mil pessoas, 3500 das quais jornalistas.
Ontem à noite, a chanceler alemã Angela Merkel apelou à China e à Índia para fazerem mais em matéria de redução de emissões, para permitir a conclusão de um acordo em Copenhaga. O objectivo da conferência “deve ser concluir um acordo internacional para limitar o aquecimento global aos dois graus em 2050”, afirmou Merkel à televisão pública ZDF.
“Todos devem fazer mais, sobretudo países como a China e a Índia que actualmente não aceitam este objectivo dos dois graus”, acrescentou.
A Alemanha e outros países da União Europeia já prometeram reduzir as emissões em 20 por cento até 2020, em relação aos níveis de 1990, e 30 por cento se outros países aceitarem fazer mais. “Mas não há país ou continente que, sozinho, possa salvar o clima. Precisamos de um novo esforço internacional”, adiantou.
Mas a urgência em agir pelo clima não se limita aos delegados reunidos no Bella Center. Por exemplo, à saída do Metro, ninguém passa sem um autocolante, distribuído por jovens dinamarqueses que agradecem aos passageiros “terem escolhido viajar de Metro e assim economizar 85 por cento de CO2”.
Por outro lado, são muitas as organizações não governamentais presentes em Copenhaga que vão continuar a promover as negociações naquela cidade e no coração do Bella Center, para aumentar a pressão sobre as delegações.
Fonte: Público