Greve nos hipermercados
Os trabalhadores da grande distribuição vão apresentar, hoje, um pré-aviso de greve para a véspera de Natal.
Em causa está a proposta apresentada em Novembro pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que defende a hipótese de o período normal de trabalho poder ser aumentado até às 60 horas semanais. Para além disso, prevê uma actualização salarial acumulada de um por cento em 2009 e 2010, e mais contratos a termo.
"Nunca tínhamos sido confrontados de forma tão brutal e violenta como esta", disse Manuel Guerreiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP). A decisão de avançar para a paralisação no dia 24 de Dezembro foi tomada, ontem, durante um plenário que reuniu em Lisboa 220 delegados sindicais. De acordo com a resolução aprovada, as empresas da distribuição pretendem aumentar o período normal de trabalho até mais quatro horas diárias, no máximo de 60 horas por semana e 200 por ano.
"Com estes horários passamos a ser os escravos do século XXI", critica Manuel Guerreiro. Os super e os hipermercados pretendem ainda que este aumento de horas seja comunicado de véspera ao trabalhador, não contando "para efeitos de trabalho suplementar". O CESP defende que, com estas condições, "dificilmente é possível ter vida familiar": tornam "a vida dos trabalhadores num Inferno".
Outra cláusula presente na proposta das empresas de distribuição, e contestada pelo sindicato, prevê a realização de mais contratos a termo para "lançamento de nova actividade ou início de laboração de nova empresa ou novo estabelecimento".
Contactado pelo PÚBLICO, Luís Vicente Dias, presidente da APED, ainda não tinha conhecimento da greve. E remeteu uma reacção para o dia de hoje.
Segundo dados divulgados em Junho, as empresas de distribuição já empregam 81.267 trabalhadores em Portugal. As insígnias do sector alimentar Pingo Doce, Continente, Modelo, Auchan e Lidl são as cinco maiores empregadoras.
Fonte: Público
Em causa está a proposta apresentada em Novembro pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que defende a hipótese de o período normal de trabalho poder ser aumentado até às 60 horas semanais. Para além disso, prevê uma actualização salarial acumulada de um por cento em 2009 e 2010, e mais contratos a termo.
"Nunca tínhamos sido confrontados de forma tão brutal e violenta como esta", disse Manuel Guerreiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP). A decisão de avançar para a paralisação no dia 24 de Dezembro foi tomada, ontem, durante um plenário que reuniu em Lisboa 220 delegados sindicais. De acordo com a resolução aprovada, as empresas da distribuição pretendem aumentar o período normal de trabalho até mais quatro horas diárias, no máximo de 60 horas por semana e 200 por ano.
"Com estes horários passamos a ser os escravos do século XXI", critica Manuel Guerreiro. Os super e os hipermercados pretendem ainda que este aumento de horas seja comunicado de véspera ao trabalhador, não contando "para efeitos de trabalho suplementar". O CESP defende que, com estas condições, "dificilmente é possível ter vida familiar": tornam "a vida dos trabalhadores num Inferno".
Outra cláusula presente na proposta das empresas de distribuição, e contestada pelo sindicato, prevê a realização de mais contratos a termo para "lançamento de nova actividade ou início de laboração de nova empresa ou novo estabelecimento".
Contactado pelo PÚBLICO, Luís Vicente Dias, presidente da APED, ainda não tinha conhecimento da greve. E remeteu uma reacção para o dia de hoje.
Segundo dados divulgados em Junho, as empresas de distribuição já empregam 81.267 trabalhadores em Portugal. As insígnias do sector alimentar Pingo Doce, Continente, Modelo, Auchan e Lidl são as cinco maiores empregadoras.
Fonte: Público