Museu de Arte Popular reabre em 2010
O Museu de Arte Popular, em Lisboa, vai reabrir em 2010 no edifício onde originalmente funcionou, na zona de Belém, afirmou hoje a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
O Museu de Arte Popular "é para manter-se tal como estava e para o qual foi concebido, dedicado à arte popular portuguesa", disse Gabriela Canavilhas à agência Lusa no final da inauguração de uma nova sala de ensaios do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.
A decisão contraria, assim, a decisão das anteriores tutelas do Ministério da Cultura de adaptar o edifício do antigo Museu de Arte Popular para acolher o futuro Museu da Língua Portuguesa.
Segundo Gabriela Canavilhas, o objectivo é reabrir o Museu de Arte Popular até ao final de 2010, inserindo-o nas comemorações do centenário da República, e nos próximos meses serão desenvolvidos os projectos museológico e museográfico.
"Os espaços têm uma vida própria, os conteúdos que se decidem para os espaços têm que ter em conta o espírito do lugar. E aquele espaço foi concebido para receber o espólio e contar a história da nossa arte popular e todo ele está direccionado nesse sentido", justificou a nova ministra da Cultura.
Gabriela Canavilhas escusou-se a revelar quem assumirá a direcção do renovado Museu de Arte Popular, referindo que a decisão caberá ao Instituto dos Museus e da Conservação.
O Museu de Arte Popular, com projecto do arquitecto Jorge Segurado, foi fundado em 1948 e actualmente o seu espólio, com cerca de cinco mil peças, está depositado no Museu Nacional de Etnologia.
Para o edifício, numa zona privilegiada de Belém junto ao rio Tejo, foi anunciado o futuro Museu da Língua Portuguesa, com a remodelação a ser enquadrada na requalificação da frente ribeirinha de Lisboa pela Sociedade Frente Tejo.
Quanto ao Museu da Língua Portuguesa, Gabriela Canavilhas referiu que faz mais sentido que seja concebido num outro espaço e no contexto de um Museu da Viagem, dedicado aos Descobrimentos, já anunciado pela tutela anterior.
"Do meu ponto de vista, a Língua Portuguesa deve ser associada à expansão da cultura portuguesa no mundo e a todo o fluxo da saída dos portugueses para o resto do mundo levando com eles a língua", disse.
"Será um projecto comum da língua e da cultura portuguesa no mundo", referiu, sem adiantar mais pormenores.
A hipótese de adaptar o espaço do Museu de Arte Popular para o Museu da Língua Portuguesa foi largamente contestado este ano por um movimento cívico, que exigia a reabertura do processo de classificação do edifício e a reabertura ao público.
Desse movimento cívico faziam parte a museóloga Raquel Henriques da Silva, a artista plástica Joana Vasconcelos, o crítico de arte Alexandre Pomar, entre outros.
Espaços condignos
A ministra defendeu ainda que para haver cultura é preciso que haja "equipamentos condignos", a propósito da inauguração de uma nova sala de ensaios no Teatro Nacional de São Carlos. Na sessão, a ministra elogiou o esforço de renovação dos espaços daquele teatro e alertou que a própria Orquestra Sinfónica Portuguesa precisa de uma sala própria.
Na inauguração estiveram ainda presentes o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, com quem a ministra da Cultura espera "colaborações futuras", o director artístico do São Carlos, Christoph Dammann, e o presidente da Opart - Organismo de Produção Artística, Pedro Moreira.
A remodelação da sala de ensaio custou 350.000 euros, suportados pelo orçamento da Opart, e implicou a duplicação de espaço para acolher um máximo de 81 intérpretes, quando actualmente o coro integra 64 coralistas.
"Faz parte de um plano de intervenção dos espaços do Teatro Nacional de São Carlos que não tinha uma intervenção estrutural desde os anos 1940", disse Pedro Moreira.
A Opart é a entidade que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.
Fonte: Público
O Museu de Arte Popular "é para manter-se tal como estava e para o qual foi concebido, dedicado à arte popular portuguesa", disse Gabriela Canavilhas à agência Lusa no final da inauguração de uma nova sala de ensaios do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.
A decisão contraria, assim, a decisão das anteriores tutelas do Ministério da Cultura de adaptar o edifício do antigo Museu de Arte Popular para acolher o futuro Museu da Língua Portuguesa.
Segundo Gabriela Canavilhas, o objectivo é reabrir o Museu de Arte Popular até ao final de 2010, inserindo-o nas comemorações do centenário da República, e nos próximos meses serão desenvolvidos os projectos museológico e museográfico.
"Os espaços têm uma vida própria, os conteúdos que se decidem para os espaços têm que ter em conta o espírito do lugar. E aquele espaço foi concebido para receber o espólio e contar a história da nossa arte popular e todo ele está direccionado nesse sentido", justificou a nova ministra da Cultura.
Gabriela Canavilhas escusou-se a revelar quem assumirá a direcção do renovado Museu de Arte Popular, referindo que a decisão caberá ao Instituto dos Museus e da Conservação.
O Museu de Arte Popular, com projecto do arquitecto Jorge Segurado, foi fundado em 1948 e actualmente o seu espólio, com cerca de cinco mil peças, está depositado no Museu Nacional de Etnologia.
Para o edifício, numa zona privilegiada de Belém junto ao rio Tejo, foi anunciado o futuro Museu da Língua Portuguesa, com a remodelação a ser enquadrada na requalificação da frente ribeirinha de Lisboa pela Sociedade Frente Tejo.
Quanto ao Museu da Língua Portuguesa, Gabriela Canavilhas referiu que faz mais sentido que seja concebido num outro espaço e no contexto de um Museu da Viagem, dedicado aos Descobrimentos, já anunciado pela tutela anterior.
"Do meu ponto de vista, a Língua Portuguesa deve ser associada à expansão da cultura portuguesa no mundo e a todo o fluxo da saída dos portugueses para o resto do mundo levando com eles a língua", disse.
"Será um projecto comum da língua e da cultura portuguesa no mundo", referiu, sem adiantar mais pormenores.
A hipótese de adaptar o espaço do Museu de Arte Popular para o Museu da Língua Portuguesa foi largamente contestado este ano por um movimento cívico, que exigia a reabertura do processo de classificação do edifício e a reabertura ao público.
Desse movimento cívico faziam parte a museóloga Raquel Henriques da Silva, a artista plástica Joana Vasconcelos, o crítico de arte Alexandre Pomar, entre outros.
Espaços condignos
A ministra defendeu ainda que para haver cultura é preciso que haja "equipamentos condignos", a propósito da inauguração de uma nova sala de ensaios no Teatro Nacional de São Carlos. Na sessão, a ministra elogiou o esforço de renovação dos espaços daquele teatro e alertou que a própria Orquestra Sinfónica Portuguesa precisa de uma sala própria.
Na inauguração estiveram ainda presentes o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, com quem a ministra da Cultura espera "colaborações futuras", o director artístico do São Carlos, Christoph Dammann, e o presidente da Opart - Organismo de Produção Artística, Pedro Moreira.
A remodelação da sala de ensaio custou 350.000 euros, suportados pelo orçamento da Opart, e implicou a duplicação de espaço para acolher um máximo de 81 intérpretes, quando actualmente o coro integra 64 coralistas.
"Faz parte de um plano de intervenção dos espaços do Teatro Nacional de São Carlos que não tinha uma intervenção estrutural desde os anos 1940", disse Pedro Moreira.
A Opart é a entidade que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.
Fonte: Público
