Entrevista #14 - com Bunnyranch


Bunnyranch



Os Bunnyranch são uma banda de Coimbra já bem conhecida
de todos nós. Tivemos a oportunidade de colocar algumas
questões aos seus membros e assim ficar a conheça melhor o
seu percurso e os projectos futuros.


Whisper - Contem-nos um pouco sobre a história da banda.
Bunnyranch - Os Bunnyranch aparecem em 2001 como um grupo de quatro pessoas que queriam principalmente tocar rock’n’roll. Em 2002 gravamos um EP com o intuito de nos por a tocar e abrir portas para algo mais. E assim foi, desde então gravámos três discos, mais para sair em 2010 e tocámos por várias salas e festivais pela Europa e também nos EU onde conhecemos bandas e pessoas que nos ajudaram a crescer como banda. Muito resumidamente isto é um pouco da história da banda.

W - Foi complicado obterem apoios no início da carreira?
B - É sempre complicado arranjar apoios, quer no início como agora, e nós nunca tivemos apoios nem de câmaras nem de qualquer instituição do género. O que fomos conseguindo no início foi fruto do nosso trabalho… e da ajuda de alguns amigos que trabalharam connosco em condições miseráveis (risos meus que estou sozinho). Agora vamos tendo mais apoios mas somente promocionais, de algumas rádios (antena3, RuC, etc.), alguns canais privados (SIC radical, etc.) e alguma impressa escrita dentro da área.

W - Vocês tiveram a oportunidade de participar no documentário “Rockumentário”, realizado por Sandra Castiço. Como foi essa experiência?
B - Basicamente nós fomos somente “material de estudo” para o documentário. Isto porque só fomos escolhidos para entrar num documentário sobre uma banda de rock, não tivemos influência nenhuma na montagem ou realização dele. Claro que ficámos muito contentes com a proposta, mas nós fizemos a nossa vida normal de banda e eles foram nos acompanhando, filmando e entrevistando. Foi divertido.

W - O que mudou com a entrada do Augusto Cardoso e do João Cardoso?
B - Quando qualquer elemento de uma banda muda a banda muda também. O que aconteceu com a entrada de qualquer um dos Cardoso(s) foi isso mesmo. Uma forma de tocar as músicas antigas e de criar as novas conforme as suas ideias pessoais, logo nova e diferente. De qualquer das maneiras nunca deixámos de ser os Bunnyranch.

W - Como foi trabalhar com Ivan Julian (guitarrista Richard Hell & the Voidoids e The Clash) na primeira parte do disco “Teach us Lord… How to Wait”, nos HED Studios em Nova York?
B - Logicamente foi uma experiência insubstituível. Ter um ícone da história do rock’n’roll, e que ainda por cima foi incansável, a trabalhar e a responder a um “interrogatório” de quatro dias sobre as vivências dele como músico (e não só) na altura, é no mínimo gratificante para uma banda como nós, que ouvimos todas estas histórias (e gravámos também… claro) quase 20 horas por dia, nestes 4 dias e qualquer coisa. No fim alguém o alcunhou de “Iron” Julian tamanha foi a resistência do senhor. Cinco estrelas.

W - Falem-nos um pouco sobre o vosso último trabalho intitulado “How to Wait”.
B - É a última parte do disco que começou nos HED studios (teach us lord…) e que foi gravado, nas Taipas Serra de Monchique, no sierra vista studio com um outro ícone do rock’n’roll. Boz Boorer guitarrista de bandas como os polecats que já tocou e produziu artistas como o Adam Ant e que é o actual director musical do Morrisey, para além de ter estudado e trabalhado em engenharia de som durante anos e anos (nem faço ideia de quantos). É a parte inglesa do disco se assim o quisermos dividir, mas tal como na primeira parte foi quase uma semana de trabalho, farra e histórias muito, muito intensa. Cinco estrelas outra vez.

W - Sabemos que já tiveram a oportunidade de tocar em Espanha, Inglaterra, França, Holanda e Estados Unidos. Em qual destes países foram melhor acolhidos?
B - Se tivermos a falar em afluência aos concertos é natural que seja maior em Espanha porque já lá tocamos mais vezes. Mas acho que a reacção do público foi muito positiva em todos estes países, excepto raros concertos mas isso acontece em Portugal também.

W - Têm projectos para o futuro que queiram partilhar connosco?
B - Acabámos de gravar um novo disco, que foi também gravado com o Boz Boorer no sierra vista studio e que irá sair em Fevereiro de 2010. Ainda estamos a trabalhar na promoção por isso não podemos adiantar datas. E editámos este ano o “Teach us Lord… How to Wait” nos EU pela Brutarian records. Projectos para o futuro, como costumamos dizer, tocar o mais possível no maior número de sítios possível.

W - Alguma mensagem que queiram aproveitar para deixar aos nossos leitores, aos vossos seguidores, ou às promotoras nacionais, etc?
B - Aos vossos leitores continuem a ler e a ouvir música. Aos nossos seguidores (se tivermos) continuem a vir e tragam amigos e amigas. Ás promotoras… continuem o bom trabalho.


POSTED BY Joana Vieira
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