Haiti uniu craques no Estádo da Luz


No fim, houve empate, ontem, segunda-feira, entre Benfica All Stars e os Amigos de Ronaldo e Zidane. O jogo foi descontraído e levou 51312 pessoas à Luz. Com bilhetes a dez euros, terá sido angariado meio milhão para o Haiti, mas a receita oficial só será divulgada depois.


O resultado foi o menos importante e o jogo, como era de prever, descontraído. Para todos acabou por ser uma noite especial. Primeiro para Eusébio que, ontem, completou 68 anos e viu 51312 pessoas aplaudirem-no, ao intervalo, após a fadista Kátia Guerreiro lhe cantar os parabéns. Foi Eusébio quem deu o pontapé de saída. As vítimas do sismo no Haiti foram lembradas, tal como Miklos Féher, falecido fez, ontem, seis anos. Jean Sony, futebolista haitiano do Leixões, agradeceu o apoio ao seu povo.


O relvado foi saudosista para os encarnados e serviu para matar saudade. Regressaram Katsouranis, Poborsky, Karagounis, Miccoli, Miguel, entre outros. O italiano foi o mais aplaudido. Ao seu lado, esteve Rui Costa, director desportivo das águias, que recebeu mais um sinal do desejo dos benfiquistas. Ou velhas glórias, como Veloso, Mozer, Humberto Coelho e Chalana, que não se inibiu perante Daniel Alves.


A iniciativa, promovida em conjunto pela Fundação Benfica e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, trouxe à Luz várias vedetas, amigos de Zidane e Ronaldo. A ausência do "Fenómeno" (não foi autorizado pelo Corinthians a viajar até Lisboa) foi bem colmatada por Kaká, autor do primeiro golo da noite. O jogo também conseguiu reencontros engraçados: de Mozer a Fernando Couto, que outrora tiveram duelos bem acesos, a Figo e Rui Costa e, claro está, Zidane. O francês provou que a classe não desapareceu e apareceu em melhor forma do que Figo, que nem há um ano deixou os relvados.


O clima de festa continuou no segundo tempo. Deu para ver o primeiro golo de Éder Luís, reforço benfiquista, o empate do indiano Bhutia e Mats Magnusson com, à vontade, mais trinta quilos. Pelo meio, dois intrusos invadiram o campo, mas só um no relvado. Foram precisos seis homens para o agarrar e conseguiu colocar um cachecol em Shéu. Neno acabou como árbitro assistente, mas os juízes portugueses não se livraram da assobiadela habitual. Sobretudo Artur Soares Dias.



Fonte: JN

POSTED BY Joana Vieira
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