Cancelada encomenda de vacinas


Portugal conseguiu cancelar um terço da encomenda de seis milhões de doses de vacinas contra a gripe A (H1N1), confirmou à Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde.

Dos seis milhões de vacinas encomendadas, já chegaram a Portugal 1,6 milhões, mas foram apenas administradas cerca de 500 mil, adiantou a mesma fonte.

O laboratório aceitou a redução da pré-reserva sem negociar contrapartidas, adiantou ao PÚBLICO Marta Mello Breyner, da GlaxoSmithKine, sem adiantar mais detalhes.

A redução está em linha com a que já foi acordado com vários países, nomeadamente a Alemanha. As doses ainda em falta vão continuar a chegar faseadamente, podendo uma parte ser disponibilizada apenas no início do próximo Outono. Tal como os outros países, Portugal está à espera que a OMS defina a composição da próxima vacina sazonal contra a gripe (que normalmente integra as três estirpes com circulação dominante no mundo). Uma decisão que é aguardada para o próximo dia 18.

Portugal encomendou seis milhões de doses de vacinas para a Gripe A, com o objectivo de vacinar 30 por cento da população (três milhões de portugueses), depois de definir os grupos de risco e seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) - que inicalmente apontava para a necessidade de duas doses da vacina por pessoa. Posteriormente, a OMS decidiu que bastava uma dose para protecção contra o vírus H1N1.

“Por este motivo, Portugal iniciou negociações com a empresa farmacêutica à qual foram encomendadas as vacinas, de forma a não receber a percentagem de vacinas que presentemente não são necessárias”, explicou a mesma fonte, confirmando uma notícia hoje avançada pela SIC.

Portugal, acrescentou, foi um dos países da Europa que encomendou as vacinas com “maior racionalidade”, tendo em conta os grupos de risco identificados inicialmente e que “a realidade tem demonstrado serem a população mais suscetível ao H1N1”.

A vacinação dos grupos de risco para o H1N1 continua a ser um objectivo do Ministério da Saúde. O vírus da Gripe A foi responsável pela morte de 98 pessoas em Portugal, 30 das quais em Janeiro.

Uma percentagem muito elevada destes óbitos ocorreu em doentes de risco que não se vacinarem podendo tê-lo feito, refere o Ministério da Saúde, lembrando que as pessoas devem continuar a vacinar-se, ficando desta forma protegidas para o próximo inverno.



Fonte: Público

POSTED BY Joana Vieira
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