Disney de regresso à tradição
O dia de hoje é de grande alegria para os muitos admiradores do legado histórico dos estúdios criados por Walt Disney. Veja o trailer.
É que "A princesa e o sapo", que chega hoje, quinta-feira, às salas de cinema portuguesas, representa o regresso da companhia à animação tradicional.
Um esclarecimento antes de mais: este passo não significa, de forma alguma, que a Disney renegue a animação digital e em 3D.
Na realidade, a medida significa a passagem à prática da teoria, realmente acertada, de que a utilização de cada uma das técnicas, num determinado projecto, depende acima de tudo da história que se quer contar. E nada melhor, para este ressurgimento, do que a adaptação de um clássico intemporal, a história de um príncipe transformado em sapo a que só o beijo da sua amada poderá restituir a forma humana.
Não é de todo inocente a escolha dos homens por detrás de mais um sucesso da Disney - ratificado pelas três recentes nomeações para os Óscares da Academia. É que a dupla de realizadores do filme, constituída por John Clements e John Musker, fora a responsável, há duas décadas atrás, de um notável ressurgimento da animação Disney, com filmes como "A pequena sereia" ou "Aladdin", entre outros.
Dúvidas
De facto, o recém desaparecido Roy Disney, sobrinho de Walt Disney, afirmou por essa altura que, face a um decréscimo de popularidade dos filmes Disney nos anos 70 e início da década seguinte, se chegou a pensar em encerrar o departamento de animação.
Felizmente que filmes como os referidos e ainda "O rei leão" ou "Pocahontas" trouxeram de novo a companhia para a primeira linha da animação.
Só que, corria o ano de 1995, a Pixar lançava "Toy story", primeira longa-metragem de animação inteiramente feita por computador. A revolução chegara e a Disney teve de se juntar aos estúdios que passaram a produzir animação dessa forma. A animação tradicional passou a parente pobre, sobretudo nas histórias que abordava. E a decisão de encerrar esse sector de produção nem apanhou muita gente de surpresa. Ironicamente, seria John Lasseter, fundador e responsável artístico da Pixar, a decidir reactivar a produção de animação tradicional, de que sempre se mostrou também um fã indefectível.
Em 2007, o filme "Uma história de encantar" iniciava-se com uma fabulosa sequência de animação tradicional, que nada ficava a dever aos clássicos da Disney. Kevin Lima, o realizador, fora o autor uma década antes de "Tarzan", talvez a última grande obra-prima de animação tradicional da Disney, antes do fecho de portas do departamento.
Hoje, com "A princesa e o sapo", a tradição está de volta. O filme é uma deliciosa incursão pelo universo musical de Nova Orleães, contando, sinal dos tempos, com a primeira heroína afro-americana da Disney.
Fonte: JN
É que "A princesa e o sapo", que chega hoje, quinta-feira, às salas de cinema portuguesas, representa o regresso da companhia à animação tradicional.
Um esclarecimento antes de mais: este passo não significa, de forma alguma, que a Disney renegue a animação digital e em 3D.
Na realidade, a medida significa a passagem à prática da teoria, realmente acertada, de que a utilização de cada uma das técnicas, num determinado projecto, depende acima de tudo da história que se quer contar. E nada melhor, para este ressurgimento, do que a adaptação de um clássico intemporal, a história de um príncipe transformado em sapo a que só o beijo da sua amada poderá restituir a forma humana.
Não é de todo inocente a escolha dos homens por detrás de mais um sucesso da Disney - ratificado pelas três recentes nomeações para os Óscares da Academia. É que a dupla de realizadores do filme, constituída por John Clements e John Musker, fora a responsável, há duas décadas atrás, de um notável ressurgimento da animação Disney, com filmes como "A pequena sereia" ou "Aladdin", entre outros.
Dúvidas
De facto, o recém desaparecido Roy Disney, sobrinho de Walt Disney, afirmou por essa altura que, face a um decréscimo de popularidade dos filmes Disney nos anos 70 e início da década seguinte, se chegou a pensar em encerrar o departamento de animação.
Felizmente que filmes como os referidos e ainda "O rei leão" ou "Pocahontas" trouxeram de novo a companhia para a primeira linha da animação.
Só que, corria o ano de 1995, a Pixar lançava "Toy story", primeira longa-metragem de animação inteiramente feita por computador. A revolução chegara e a Disney teve de se juntar aos estúdios que passaram a produzir animação dessa forma. A animação tradicional passou a parente pobre, sobretudo nas histórias que abordava. E a decisão de encerrar esse sector de produção nem apanhou muita gente de surpresa. Ironicamente, seria John Lasseter, fundador e responsável artístico da Pixar, a decidir reactivar a produção de animação tradicional, de que sempre se mostrou também um fã indefectível.
Em 2007, o filme "Uma história de encantar" iniciava-se com uma fabulosa sequência de animação tradicional, que nada ficava a dever aos clássicos da Disney. Kevin Lima, o realizador, fora o autor uma década antes de "Tarzan", talvez a última grande obra-prima de animação tradicional da Disney, antes do fecho de portas do departamento.
Hoje, com "A princesa e o sapo", a tradição está de volta. O filme é uma deliciosa incursão pelo universo musical de Nova Orleães, contando, sinal dos tempos, com a primeira heroína afro-americana da Disney.
Fonte: JN