Icebergue gigante desprende-se da Antárctida
Um icebergue do tamanho do Luxemburgo desprendeu-se, no início de Fevereiro, de um glaciar na Antárctida, depois de uma colisão com um outro icebergue, revelaram hoje cientistas australianos e franceses.
O icebergue – com 78 quilómetros de comprimento, 39 quilómetros de largura e uma superfície de 2500 quilómetros quadrados – separou-se do Glaciar Mertz, uma língua de gelo com 160 quilómetros. O icebergue que se desprendeu representa metade do comprimento da língua de gelo.
Tudo aconteceu porque um outro glaciar, chamado B9B, com 97 quilómetros de comprimento, colidiu com o Mertz, segundo os cientistas que detectaram o acontecimento no âmbito do projecto CRACICE (Cooperative Research into Antarctic Calving and Iceberg Evolution).
Imagens do satélite ENVISAT, da Agência Espacial Europeia, mostram a separação.
“Este evento em si não está directamente relacionado com as alterações climáticas mas está ligado aos processos naturais que estão a ocorrer naquela plataforma de gelo”, explicou Rob Maçom, cientista da Australian Antarctic Division e do Antarctic Climate and Ecosystems Cooperative Research Centre, em Hobart, Tasmânia.
Desde 2007, ambas as organizações, em conjunto com cientistas franceses, têm estado a estudar as fracturas gigantes naquela língua de gelo – que já apresentava uma grande falha há duas décadas; uma segunda falha foi registada no início deste século - e a monitorizar a colisão pelo B9B. Este icebergue é parte de um icebergue gigante, com mais de cinco mil quilómetros quadrados que se desprendeu, em 1987, tornando-o num dos maiores da Antárctida.
Massom acredita que a fragmentação da língua de gelo e a presença dos icebergues Mertz e B9B podem afectar a circulação global oceânica. A área é uma zona importante para a criação de água salgada e densa, crucial para a circulação oceânica.
Fonte: Público
Tudo aconteceu porque um outro glaciar, chamado B9B, com 97 quilómetros de comprimento, colidiu com o Mertz, segundo os cientistas que detectaram o acontecimento no âmbito do projecto CRACICE (Cooperative Research into Antarctic Calving and Iceberg Evolution).
Imagens do satélite ENVISAT, da Agência Espacial Europeia, mostram a separação.
“Este evento em si não está directamente relacionado com as alterações climáticas mas está ligado aos processos naturais que estão a ocorrer naquela plataforma de gelo”, explicou Rob Maçom, cientista da Australian Antarctic Division e do Antarctic Climate and Ecosystems Cooperative Research Centre, em Hobart, Tasmânia.
Desde 2007, ambas as organizações, em conjunto com cientistas franceses, têm estado a estudar as fracturas gigantes naquela língua de gelo – que já apresentava uma grande falha há duas décadas; uma segunda falha foi registada no início deste século - e a monitorizar a colisão pelo B9B. Este icebergue é parte de um icebergue gigante, com mais de cinco mil quilómetros quadrados que se desprendeu, em 1987, tornando-o num dos maiores da Antárctida.
Massom acredita que a fragmentação da língua de gelo e a presença dos icebergues Mertz e B9B podem afectar a circulação global oceânica. A área é uma zona importante para a criação de água salgada e densa, crucial para a circulação oceânica.
Fonte: Público