Mário Crespo é ouvido amanhã
Deputados começam a ouvir jornalistas para esclarecer suspeitas de controlo da comunicação social por parte do Governo.
Mário Crespo, da SIC, e José Manuel Fernandes, ex-director do Público, são os primeiros jornalistas a serem ouvidos pela comissão parlamentar de ética para analisar a situação da liberdade de expressão em Portugal. Os trabalhos arrancam amanhã. Pela Assembleia da República vão passar a maioria dos directores de órgãos de comunicação social e administradores de empresas do sector.
A iniciativa partiu do PSD no contexto da revelação das escutas telefónicas do processo "Face Oculta", a partir das quais o magistrado do Ministério Público de Aveiro que investiga o caso, João Marques Vidal, e o juiz de instrução criminal, António Costa Gomes, levantaram a possibilidade de existir indícios de crime contra o Estado de direito envolvendo o Governo. A opinião pública conheceu as suspeitas quando o semanário Sol revelou as intercepções telefónicas com os indícios de existir um plano de controlo da comunicação social com conhecimento do primeiro-ministro.
A comissão de ética aprovou as audições a 9 de Fevereiro com os votos contra do PS e os votos a favor dos restantes partidos. Entre os nomes a ser ouvidos constam José Eduardo Moniz, Mário Crespo, Armando Vara, o ex-deputado do PS Arons de Carvalho, José Manuel Fernandes, Manuela Moura Guedes, o assessor da PT Paulo Penedos, o administrador da PT Rui Pedro Soares, Emídio Rangel e as jornalistas Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo. Vão ser ouvidos também os directores do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias, da TSF, da Renascença, da TVI, Sol, Expresso e Diário Económico.
Os presidentes dos conselhos de administração da Controlinveste, Joaquim Oliveira, da Cofina, Paulo Fernandes, da PT, Henrique Granadeiro, da Ongoing, Nuno Vasconcelos, bem como o presidente da comissão executiva da PT, Zeinal Bava, o administrador delegado da Media Capital, Bernardo Bairrão, e o administrador da Prisa, Manuel Polanco, são outros nomes incluídos na lista.
Caso os deputados não fiquem esclarecidos com as audições, os partidos da oposição admitem propor, em seguida, a formação de uma comissão de inquérito com outro tipo de implicações, inclusivamente ao nível penal. A formação dessa comissão implica o apoio de, pelo menos, um quinto dos 230 deputados, ou seja, 46. O Bloco tem actualmente 16 deputados, o PCP 13, Os Verdes 2, o CDS-PP 21, o PSD 81 e o PS 97.
Fonte: DN
Mário Crespo, da SIC, e José Manuel Fernandes, ex-director do Público, são os primeiros jornalistas a serem ouvidos pela comissão parlamentar de ética para analisar a situação da liberdade de expressão em Portugal. Os trabalhos arrancam amanhã. Pela Assembleia da República vão passar a maioria dos directores de órgãos de comunicação social e administradores de empresas do sector.
A iniciativa partiu do PSD no contexto da revelação das escutas telefónicas do processo "Face Oculta", a partir das quais o magistrado do Ministério Público de Aveiro que investiga o caso, João Marques Vidal, e o juiz de instrução criminal, António Costa Gomes, levantaram a possibilidade de existir indícios de crime contra o Estado de direito envolvendo o Governo. A opinião pública conheceu as suspeitas quando o semanário Sol revelou as intercepções telefónicas com os indícios de existir um plano de controlo da comunicação social com conhecimento do primeiro-ministro.
A comissão de ética aprovou as audições a 9 de Fevereiro com os votos contra do PS e os votos a favor dos restantes partidos. Entre os nomes a ser ouvidos constam José Eduardo Moniz, Mário Crespo, Armando Vara, o ex-deputado do PS Arons de Carvalho, José Manuel Fernandes, Manuela Moura Guedes, o assessor da PT Paulo Penedos, o administrador da PT Rui Pedro Soares, Emídio Rangel e as jornalistas Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo. Vão ser ouvidos também os directores do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias, da TSF, da Renascença, da TVI, Sol, Expresso e Diário Económico.
Os presidentes dos conselhos de administração da Controlinveste, Joaquim Oliveira, da Cofina, Paulo Fernandes, da PT, Henrique Granadeiro, da Ongoing, Nuno Vasconcelos, bem como o presidente da comissão executiva da PT, Zeinal Bava, o administrador delegado da Media Capital, Bernardo Bairrão, e o administrador da Prisa, Manuel Polanco, são outros nomes incluídos na lista.
Caso os deputados não fiquem esclarecidos com as audições, os partidos da oposição admitem propor, em seguida, a formação de uma comissão de inquérito com outro tipo de implicações, inclusivamente ao nível penal. A formação dessa comissão implica o apoio de, pelo menos, um quinto dos 230 deputados, ou seja, 46. O Bloco tem actualmente 16 deputados, o PCP 13, Os Verdes 2, o CDS-PP 21, o PSD 81 e o PS 97.
Fonte: DN