Novo filme de Scorsese desilude
Depois de Roman Polanski, foi a vez de outro dos grandes mestres do cinema contemporâneo, ainda em plena actividade, apresentar, ontem, na 60ª edição do Festival de Berlim,na Alemanha, o mais recente trabalho.
Chama-se "Shutter Island" e assinala a terceira colaboração entre o realizador nova-iorquino Martin Scorsese e o actor Leonardo DiCaprio.
A acção decorre em 1954, em plena época de Guerra Fria e de "caça às bruxas", leia-se, o "perigo" comunista. DiCaprio é um dos dois agentes federais que vão tentar encontrar uma perigosa assassina que escapou da prisão de alta segurança que dá o nome ao filme, uma prisão inexpugnável, ao largo da costa de Boston, destinada exclusivamente a criminosos cujos delitos têm a ver com a insanidade mental.
Scorsese está longe de ter assinado um dos seus melhores filmes. A situação é simples, no entanto. Caso se tratasse da primeira obra de algum jovem realizador, este seria desde logo apontado como uma promessa. Mas pela mão de um homem que já assinou ao longo da carreira tantas obras-primas, o clima que se sente no final da projecção é de uma certa desilusão, embaraço, mesmo.
É que "Shutter Island" é um daqueles filmes demasiado "explicados", em que cada sequência tem como ponto de partida um sonho ou um trauma do passado. A participação do espectador é quase nula, nesse sentido.
Fonte: JN
Chama-se "Shutter Island" e assinala a terceira colaboração entre o realizador nova-iorquino Martin Scorsese e o actor Leonardo DiCaprio.
A acção decorre em 1954, em plena época de Guerra Fria e de "caça às bruxas", leia-se, o "perigo" comunista. DiCaprio é um dos dois agentes federais que vão tentar encontrar uma perigosa assassina que escapou da prisão de alta segurança que dá o nome ao filme, uma prisão inexpugnável, ao largo da costa de Boston, destinada exclusivamente a criminosos cujos delitos têm a ver com a insanidade mental.
Scorsese está longe de ter assinado um dos seus melhores filmes. A situação é simples, no entanto. Caso se tratasse da primeira obra de algum jovem realizador, este seria desde logo apontado como uma promessa. Mas pela mão de um homem que já assinou ao longo da carreira tantas obras-primas, o clima que se sente no final da projecção é de uma certa desilusão, embaraço, mesmo.
É que "Shutter Island" é um daqueles filmes demasiado "explicados", em que cada sequência tem como ponto de partida um sonho ou um trauma do passado. A participação do espectador é quase nula, nesse sentido.
Fonte: JN