Novo livro de Saramago
Depois de "O Caderno", o escritor José Saramago publica um novo livro, intitulado "O Caderno 2", com os textos escritos no blogue que manteve entre Setembro de 2008 e Novembro de 2009.
Este volume reúne os "posts" publicados entre Março e Novembro do ano passado sobre "pessoas, lugares e ideias" - como se diz no "booktrailer" disponível no "site" da Fundação José Saramago (www.josesaramago.org). Os escritores Dario Fo, Mario Benedetti, Marcos Ana, Ernesto Sabato, José Rodrigues Miguéis e Agustina Bessa-Luís, o guitarrista Carlos Paredes, o cineasta Pedro Almodóvar e o arquitecto Siza Vieira são algumas das figuras sobre as quais Saramago escreveu, a par de Álvaro Cunhal ou Charlot.
A obra inclui ainda o prefácio que Umberto Eco escreveu para a edição italiana de "O Caderno", em que classifica Saramago como uma "curiosa personagem" que, apesar de "já ter no Panteão o seu lugar garantido", resolveu, aos 87 anos, "manter um blogue em que se mete um pouco com toda a gente, atraindo sobre a sua pessoa polémicas e excomunhões vindas de muitos lados - mais frequentemente não por dizer coisas que não deve dizer, mas porque não perde tempo a medir as palavras - e talvez o faça mesmo de propósito".
Sublinhando que até "o avaríssimo Harold Bloom definiu Saramago como 'o romancista mais dotado de talento ainda em vida... um dos últimos titãs de um género literário em vias de extinção'", Umberto Eco elogia estes "breves escritos" do autor de "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "Memorial do Convento" e "Caim".
Neles - afirma - Saramago "continua a fazer experiência do mundo tal como desgraçadamente ele é, para depois o rever a uma distância mais serena, sob a forma de moralidade poética (e às vezes pior do que é - embora pareça impossível ir mais longe)".
"Então, volta à cena o Saramago filósofo-narrador, já não zangado mas meditativo e incerto. Contudo não nos desagrada mesmo quando se enfurece. É simpático", observa o escritor italiano.
Fonte: JN
Este volume reúne os "posts" publicados entre Março e Novembro do ano passado sobre "pessoas, lugares e ideias" - como se diz no "booktrailer" disponível no "site" da Fundação José Saramago (www.josesaramago.org). Os escritores Dario Fo, Mario Benedetti, Marcos Ana, Ernesto Sabato, José Rodrigues Miguéis e Agustina Bessa-Luís, o guitarrista Carlos Paredes, o cineasta Pedro Almodóvar e o arquitecto Siza Vieira são algumas das figuras sobre as quais Saramago escreveu, a par de Álvaro Cunhal ou Charlot.
A obra inclui ainda o prefácio que Umberto Eco escreveu para a edição italiana de "O Caderno", em que classifica Saramago como uma "curiosa personagem" que, apesar de "já ter no Panteão o seu lugar garantido", resolveu, aos 87 anos, "manter um blogue em que se mete um pouco com toda a gente, atraindo sobre a sua pessoa polémicas e excomunhões vindas de muitos lados - mais frequentemente não por dizer coisas que não deve dizer, mas porque não perde tempo a medir as palavras - e talvez o faça mesmo de propósito".
Sublinhando que até "o avaríssimo Harold Bloom definiu Saramago como 'o romancista mais dotado de talento ainda em vida... um dos últimos titãs de um género literário em vias de extinção'", Umberto Eco elogia estes "breves escritos" do autor de "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "Memorial do Convento" e "Caim".
Neles - afirma - Saramago "continua a fazer experiência do mundo tal como desgraçadamente ele é, para depois o rever a uma distância mais serena, sob a forma de moralidade poética (e às vezes pior do que é - embora pareça impossível ir mais longe)".
"Então, volta à cena o Saramago filósofo-narrador, já não zangado mas meditativo e incerto. Contudo não nos desagrada mesmo quando se enfurece. É simpático", observa o escritor italiano.
Fonte: JN