Pinóquio da Walt Disney faz 70 anos
Foi há 70 anos que se estreou 'Pinóquio', a segunda longa-metragem animada de Walt Disney, baseada no clássico infantil de Carlo Collodi. O filme não foi um sucesso de público imediato, mas acabou por se transformar num clássico da animação
Quando Walt Disney decidiu que a sua segunda longa-metragem animada, a seguir à triunfal Branca de Neve e os Sete Anões (1937), ia ser uma adaptação de Pinóquio, o clássico infantil do escritor italiano Carlo Collodi, os Estúdios Disney estavam em processo de modificação e ampliação. "Os dois anos entre Branca de Neve e os Sete Anões e Pinóquio foram anos de confusão, expansão rápida e reorganização", explicaria o próprio Disney mais tarde, acrescentando: "Esta máquina tinha sido alterada quase de um dia para o outro para produzir longas-metragens de animação a um ritmo crescente e regular, quando antes estava apontada à produção de curtas animadas."
Com Pinóquio, que assinala este ano o seu 70.º aniversário, Disney queria repetir e consolidar o sucesso artístico, crítico e financeiro de Branca de Neve e os Sete Anões. Por isso, transformou o filme num teste ao bom funcionamento do estúdio com o seu nome, apresentando-o como um desafio aos animadores e a toda a equipa técnica. Pinóquio tinha que ser "tecnica e artisticamente superior" àquele.
O argumento foi logo o primeiro problema. Walt Disney não gostava do lado agressivo e sarcástico da personagem de Collodi. Achava que os espectadores não iriam simpatizar com uma personagem assim e pediu aos argumentistas que lhe "amaciassem" o feitio. A seguir, desistiu de o representar como uma marioneta de madeira, decidindo dar-lhe o aspecto de um rapazinho. A personagem do Grilo Falante, que não estava prevista inicialmente, foi concebida, a pedido de Disney, por Ward Kimball, um dos membros da sua lendária equipa de animadores, para que Pinóquio pudesse ter um parceiro.
Mas o perfeccionismo de Walt Disney levou--o a suspender a produção de Pinóquio cinco meses depois de ter começado, por estar descontente com tudo, da história ao estilo da animação. Disney queria um filme muito melhor do que o que estava a tomar forma, e exigiu-o à sua equipa. E levou a sua avante. Como escreveu Leonard Maltin em Of Mice and Magic, "Pinóquio é mais sofisticado do que Branca de Neve em termos de história e de estilo, bem como técnicos. Se este é uma história de fadas com momentos de terror, Pinóquio é um longo pesadelo com interlúdios cómicos ocasionais".
Apesar de ter sido muito elogiado pela crítica, Pinóquio não foi um sucesso financeiro imediato. Em 1941, ganhou os Óscares de Melhor Banda Sonora e Canção Original, os primeiros dados em categorias competitivas a uma longa- -metragem animada. E, aos 70 anos, é um clássico que não sente a idade.
Fonte: DN
Quando Walt Disney decidiu que a sua segunda longa-metragem animada, a seguir à triunfal Branca de Neve e os Sete Anões (1937), ia ser uma adaptação de Pinóquio, o clássico infantil do escritor italiano Carlo Collodi, os Estúdios Disney estavam em processo de modificação e ampliação. "Os dois anos entre Branca de Neve e os Sete Anões e Pinóquio foram anos de confusão, expansão rápida e reorganização", explicaria o próprio Disney mais tarde, acrescentando: "Esta máquina tinha sido alterada quase de um dia para o outro para produzir longas-metragens de animação a um ritmo crescente e regular, quando antes estava apontada à produção de curtas animadas."
Com Pinóquio, que assinala este ano o seu 70.º aniversário, Disney queria repetir e consolidar o sucesso artístico, crítico e financeiro de Branca de Neve e os Sete Anões. Por isso, transformou o filme num teste ao bom funcionamento do estúdio com o seu nome, apresentando-o como um desafio aos animadores e a toda a equipa técnica. Pinóquio tinha que ser "tecnica e artisticamente superior" àquele.
O argumento foi logo o primeiro problema. Walt Disney não gostava do lado agressivo e sarcástico da personagem de Collodi. Achava que os espectadores não iriam simpatizar com uma personagem assim e pediu aos argumentistas que lhe "amaciassem" o feitio. A seguir, desistiu de o representar como uma marioneta de madeira, decidindo dar-lhe o aspecto de um rapazinho. A personagem do Grilo Falante, que não estava prevista inicialmente, foi concebida, a pedido de Disney, por Ward Kimball, um dos membros da sua lendária equipa de animadores, para que Pinóquio pudesse ter um parceiro.
Mas o perfeccionismo de Walt Disney levou--o a suspender a produção de Pinóquio cinco meses depois de ter começado, por estar descontente com tudo, da história ao estilo da animação. Disney queria um filme muito melhor do que o que estava a tomar forma, e exigiu-o à sua equipa. E levou a sua avante. Como escreveu Leonard Maltin em Of Mice and Magic, "Pinóquio é mais sofisticado do que Branca de Neve em termos de história e de estilo, bem como técnicos. Se este é uma história de fadas com momentos de terror, Pinóquio é um longo pesadelo com interlúdios cómicos ocasionais".
Apesar de ter sido muito elogiado pela crítica, Pinóquio não foi um sucesso financeiro imediato. Em 1941, ganhou os Óscares de Melhor Banda Sonora e Canção Original, os primeiros dados em categorias competitivas a uma longa- -metragem animada. E, aos 70 anos, é um clássico que não sente a idade.
Fonte: DN