Respiração suspensa em Berlim
Não deve estar a ser fácil a missão do júri internacional do 60.º Festival de Cinema de Berlim, presidido por Werner Herzog, a quem cabe anunciar hoje, sábado, os prémios. Se o Urso de Ouro for para "The ghost writer", aplicar-se-á a máxima "preso por ter cão, preso por não ter".
Se Polanski ganhar, muitos dirão que a decisão é demasiado óbvia. Se perder, dir-se-á precisamente que não se foi pelo caminho que muitos esperariam. Mas a possibilidade é grande. O cineasta alemão Werner Herzog é sensivelmente da mesma geração e tem trabalhado nos Estados Unidos, onde Polanski não põe os pés há mais de 30 anos.
O filme é realmente do melhor que se viu na competição, além de encaixar bem, pelo seu lado de forte denúncia política, numa Berlinale que se distingue dos outros grandes festivais pelo empenhamento do cinema que promove nas causas mais importantes do mundo em que vivemos. Após a conferência de Imprensa que se seguiu à projecção do filme, a equipa presente em Berlim - que incluía os actores Ewan McGregor, Pierce Brosnan e Olívia Williams - teve o cuidado de telefonar ao cineasta, para que se sentisse parte do processo, como confidenciaria Ewan McGregor. Será que o telefone do realizador vai tocar de novo hoje à noite?
"Bolsa de apostas"
O que poderá suceder se, afinal, o realizador tiver um dos chamados prémios de "consolação", como o prémio do júri ou o de melhor realizador? Para quem irá o Urso de Ouro? A leitura da principal "bolsa de apostas" do festival, um quadro de "estrelas" atribuídas por um painel de oito jornalistas de alguns dos principais jornais do Mundo, não dá nenhuma resposta concreta.
Além de Polanski e dos trabalhos que se têm de considerar menores de Zhang Yimou e Michael Winterbottom, o festival juntou cerca de 20 obras de qualidade média apreciável, mas sem suscitar entusiasmo unânime. Num total possível de quatro estrelas de média, o único filme que passa dos três valores é o russo "How I ended this Summer", um título de que curiosamente pouco se fala entre os jornalistas.
Fonte: JN
Se Polanski ganhar, muitos dirão que a decisão é demasiado óbvia. Se perder, dir-se-á precisamente que não se foi pelo caminho que muitos esperariam. Mas a possibilidade é grande. O cineasta alemão Werner Herzog é sensivelmente da mesma geração e tem trabalhado nos Estados Unidos, onde Polanski não põe os pés há mais de 30 anos.
O filme é realmente do melhor que se viu na competição, além de encaixar bem, pelo seu lado de forte denúncia política, numa Berlinale que se distingue dos outros grandes festivais pelo empenhamento do cinema que promove nas causas mais importantes do mundo em que vivemos. Após a conferência de Imprensa que se seguiu à projecção do filme, a equipa presente em Berlim - que incluía os actores Ewan McGregor, Pierce Brosnan e Olívia Williams - teve o cuidado de telefonar ao cineasta, para que se sentisse parte do processo, como confidenciaria Ewan McGregor. Será que o telefone do realizador vai tocar de novo hoje à noite?
"Bolsa de apostas"
O que poderá suceder se, afinal, o realizador tiver um dos chamados prémios de "consolação", como o prémio do júri ou o de melhor realizador? Para quem irá o Urso de Ouro? A leitura da principal "bolsa de apostas" do festival, um quadro de "estrelas" atribuídas por um painel de oito jornalistas de alguns dos principais jornais do Mundo, não dá nenhuma resposta concreta.
Além de Polanski e dos trabalhos que se têm de considerar menores de Zhang Yimou e Michael Winterbottom, o festival juntou cerca de 20 obras de qualidade média apreciável, mas sem suscitar entusiasmo unânime. Num total possível de quatro estrelas de média, o único filme que passa dos três valores é o russo "How I ended this Summer", um título de que curiosamente pouco se fala entre os jornalistas.
Fonte: JN