YouTube faz 5 anos
Na próxima segunda-feira podia ser feriado. Esqueçam o São Valentim e o Carnaval: 15 de Fevereiro foi o dia em que três rapazes registaram o domínio youtube.com. Estava-se em 2005 e era difícil arranjar vídeos de gatinhos a bater palmas. Se alguém aspirasse a ser cantor, tinha de se inscrever no "Ídolos" ou ligar à Tila Tequila para descobrir como é que ela se tornou famosa no MySpace Music.
Depois Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, fundadores do site de pagamentos PayPal, decidiram criar o Flickr dos vídeos. Até então era difícil partilhar vídeos (muito pesados para enviar por email) e a experiência de visualização era desesperante (o vídeo demorava uma eternidade a descarregar). O YouTube mudou tudo isto.
"Há algumas invenções que eu acho que mudaram o mundo", disse Oprah no início de um dos seus programas de 2007. A apresentadora mais famosa do mundo enumerou as tecnologias mais revolucionárias de todos os tempos: o telefone, a lâmpada, o avião e o computador. Depois, como se fosse comparável em potencial revolucionário, o YouTube. "Este site permite que qualquer pessoa publique um vídeo e se torne famosa instantaneamente. Mais de 200 milhões de vídeos - milhões - são visualizados no YouTube todos os dias!" Oprah, que não é especialista em tecnologia e provavelmente nunca carregou um vídeo no YouTube, percebeu como este site de partilha mudou as nossas vidas de forma radical. A ponto de comparar o seu impacto com o do próprio computador.
A Google também percebeu e gastou 1,65 mil milhões de dólares para comprar o site, em Novembro de 2006. Na altura o valor foi considerado um exagero, dado que o YouTube tinha apenas um ano; mesmo assim, já dominava completamente o universo dos vídeos online.
Pense bem: onde é que ia quando queria ver o excerto de um programa de televisão em que os convidados desataram à pancada antes de existir o YouTube? Onde iria hoje para ver a queda de Pedro Abrunhosa na gala do "Ídolos"? Como saberia quem é Achmed, o Terrorista, ou Susan Boyle, estrela de um programa de talentos que só passa em Inglaterra?
Basta ver as palavras mais procuradas no YouTube em 2009 para perceber o que aconteceu no mundo. Está lá tudo, de Michael Jackson a Tiger Woods. É o segundo maior motor de busca da internet, a seguir ao Google. É a rede social mais reconhecida pelos portugueses, segundo um estudo da Netsonda de Janeiro de 2010. Foi talvez a chave da eleição de Barack Obama, que usou a web 2.0 como nunca fora feito na política. Fez milionários de um dia para o outro, tornou famosos ilustres desconhecidos e imortalizou momentos incríveis - como os protestos da Revolução Verde no Irão ou o serviço fúnebre de Michael Jackson. Criou o conceito intraduzível de "broadcast yourself" e pôs o cibernauta no centro das atenções. E sim, agora tem concorrência. O YouTube fez o seu caminho com base nos vídeos dos utilizadores, mas isso já não basta. Os canais de transmissão ao vivo, como a Justin.tv, são um sucesso. E, nos Estados Unidos, o Hulu.com já lucra quase tanto como o YouTube, mostrando que o modelo usado na televisão é viável na internet. É um canal da NBC, da Fox e da ABC, que oferece conteúdos premium gratuitos (filmes e séries de televisão), suportado por publicidade. O YouTube, que ainda não descobriu como fazer render os milhões de espectadores que por lá passam, também quer ter conteúdos premium. O mundo agradece.
Fonte: ionline
Depois Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, fundadores do site de pagamentos PayPal, decidiram criar o Flickr dos vídeos. Até então era difícil partilhar vídeos (muito pesados para enviar por email) e a experiência de visualização era desesperante (o vídeo demorava uma eternidade a descarregar). O YouTube mudou tudo isto.
"Há algumas invenções que eu acho que mudaram o mundo", disse Oprah no início de um dos seus programas de 2007. A apresentadora mais famosa do mundo enumerou as tecnologias mais revolucionárias de todos os tempos: o telefone, a lâmpada, o avião e o computador. Depois, como se fosse comparável em potencial revolucionário, o YouTube. "Este site permite que qualquer pessoa publique um vídeo e se torne famosa instantaneamente. Mais de 200 milhões de vídeos - milhões - são visualizados no YouTube todos os dias!" Oprah, que não é especialista em tecnologia e provavelmente nunca carregou um vídeo no YouTube, percebeu como este site de partilha mudou as nossas vidas de forma radical. A ponto de comparar o seu impacto com o do próprio computador.
A Google também percebeu e gastou 1,65 mil milhões de dólares para comprar o site, em Novembro de 2006. Na altura o valor foi considerado um exagero, dado que o YouTube tinha apenas um ano; mesmo assim, já dominava completamente o universo dos vídeos online.
Pense bem: onde é que ia quando queria ver o excerto de um programa de televisão em que os convidados desataram à pancada antes de existir o YouTube? Onde iria hoje para ver a queda de Pedro Abrunhosa na gala do "Ídolos"? Como saberia quem é Achmed, o Terrorista, ou Susan Boyle, estrela de um programa de talentos que só passa em Inglaterra?
Basta ver as palavras mais procuradas no YouTube em 2009 para perceber o que aconteceu no mundo. Está lá tudo, de Michael Jackson a Tiger Woods. É o segundo maior motor de busca da internet, a seguir ao Google. É a rede social mais reconhecida pelos portugueses, segundo um estudo da Netsonda de Janeiro de 2010. Foi talvez a chave da eleição de Barack Obama, que usou a web 2.0 como nunca fora feito na política. Fez milionários de um dia para o outro, tornou famosos ilustres desconhecidos e imortalizou momentos incríveis - como os protestos da Revolução Verde no Irão ou o serviço fúnebre de Michael Jackson. Criou o conceito intraduzível de "broadcast yourself" e pôs o cibernauta no centro das atenções. E sim, agora tem concorrência. O YouTube fez o seu caminho com base nos vídeos dos utilizadores, mas isso já não basta. Os canais de transmissão ao vivo, como a Justin.tv, são um sucesso. E, nos Estados Unidos, o Hulu.com já lucra quase tanto como o YouTube, mostrando que o modelo usado na televisão é viável na internet. É um canal da NBC, da Fox e da ABC, que oferece conteúdos premium gratuitos (filmes e séries de televisão), suportado por publicidade. O YouTube, que ainda não descobriu como fazer render os milhões de espectadores que por lá passam, também quer ter conteúdos premium. O mundo agradece.
Fonte: ionline