Exposição "Metamorphosis" no Fantas
O Festival Internacional de Cinema do Porto propõe aos espectadores uma viagem ao mundo fantástico da pintura da artista russa Ludmila. Sob o lema "Metamorphosis", a exposição está patente no átrio do pequeno auditório do Rivoli até sábado.
A inspiração não está no cinema de modo particular. Está em tudo: na música, nos livros, nas situações do dia-a-dia e, sim, também nos filmes. Ludmila, pintora que reside em Portugal desde 1991, elege a mulher como o epicentro de uma obra em constante metamorfose.
"É uma continuação em termos de temas relatados, que vou sempre buscar às raízes, à mitologia, à Bíblia, etc.", diz-nos a artista, a propósito dos quadros reunidos nesta mostra, na sua maioria óleos sobre madeira. Apelando à memória associativa, o realismo fantástico de Ludmila tanto explora temas universais (como o Carnaval, mas conotado com a traição no matrimónio) como estados de espírito. Neste particular, cite-se um dos quadros da trilogia de nome "Judith", a mulher que, segundo o Antigo Testamento, decapitou Holofernes. "É uma personagem que tem a sua carga emocional e histórica. No fundo, é a mulher castradora", explica.
"Flora", "Sociedade secreta", "O sonho de liberdade", "Night gurdian" ou "A dama de espadas" são outros dos quadros que convidam a uma observação demorada. É que, aparentemente sem cor, a obra de Ludmila esconde uma série de segredos cromáticos a que se chega através de uma mistura óptica, que a artista provoca recorrendo a velaturas e ao "scrumbling". E cada pintura é um mar de pormenores em que apetece mergulhar.
"Ao fazer o meu trabalho, propositadamente estou a banir o segundo plano. O máximo que ponho, às vezes, é a profundidade. Nem perspectiva, nem segundo plano. Assim consegue-se estabelecer um diálogo entre o espectador e o quadro", diz ainda, explicando outra das particularidades da sua obra. Para ver antes ou depois de uma sessão do Fantas.
Fonte: JN
A inspiração não está no cinema de modo particular. Está em tudo: na música, nos livros, nas situações do dia-a-dia e, sim, também nos filmes. Ludmila, pintora que reside em Portugal desde 1991, elege a mulher como o epicentro de uma obra em constante metamorfose.
"É uma continuação em termos de temas relatados, que vou sempre buscar às raízes, à mitologia, à Bíblia, etc.", diz-nos a artista, a propósito dos quadros reunidos nesta mostra, na sua maioria óleos sobre madeira. Apelando à memória associativa, o realismo fantástico de Ludmila tanto explora temas universais (como o Carnaval, mas conotado com a traição no matrimónio) como estados de espírito. Neste particular, cite-se um dos quadros da trilogia de nome "Judith", a mulher que, segundo o Antigo Testamento, decapitou Holofernes. "É uma personagem que tem a sua carga emocional e histórica. No fundo, é a mulher castradora", explica.
"Flora", "Sociedade secreta", "O sonho de liberdade", "Night gurdian" ou "A dama de espadas" são outros dos quadros que convidam a uma observação demorada. É que, aparentemente sem cor, a obra de Ludmila esconde uma série de segredos cromáticos a que se chega através de uma mistura óptica, que a artista provoca recorrendo a velaturas e ao "scrumbling". E cada pintura é um mar de pormenores em que apetece mergulhar.
"Ao fazer o meu trabalho, propositadamente estou a banir o segundo plano. O máximo que ponho, às vezes, é a profundidade. Nem perspectiva, nem segundo plano. Assim consegue-se estabelecer um diálogo entre o espectador e o quadro", diz ainda, explicando outra das particularidades da sua obra. Para ver antes ou depois de uma sessão do Fantas.
Fonte: JN