Cineclube do Porto faz 65 anos
Primeiro a ser criado no país e um dos mais antigos do Mundo, o Cineclube do Porto faz hoje 65 anos. As comemorações iniciam-se logo, às 22 horas, com um filme-concerto no Cinema Passos Manuel: "Os faroleiros" abre uma programação especial que vai até Dezembro.
A escolha deste filme de Maurice Mariaud datado de 1922 para dar início às comemorações do aniversário segue a lógica do cineclube: dar a conhecer o que é relativamente desconhecido. Produzido pela Caldevilla Filmes (importante produtora do Porto nos anos 20) e sem distribuição digna em Portugal na altura, "Os faroleiros" conta, nesta versão, com uma banda sonora original assinada por Jonathan Uliel Saldanha.
Mas a história dos dois homens que se apaixonam pela mesma mulher e que, após a morte dela, vão travar-se de razões para o farol do Bugio, na foz do Tejo, é apenas o início de uma programação especial que durará até ao final do ano. A este filme segue-se "O auto da Floripes", a projectar na igreja românica de Cedofeita, no dia 17.
Este documentário é uma criação do núcleo de cinema experimental do Cineclube do Porto e foi filmado em 1959. José António Cunha, presidente do cineclube, refere que "a assinatura de Lopes Fernandes é representativa do ponto de vista histórico, não significa uma autoria exclusiva dele". Ou seja, o documentário é fruto de um grupo de trabalho que incluía outros realizadores, como António Reis. "Diz-se que o próprio Manoel de Oliveira esteve envolvido nas filmagens", acrescenta o mesmo responsável.
A terceira iniciativa é uma oficina de cinema para os mais pequenos, marcada para o dia 18, na Biblioteca Almeida Garrett. "No relançamento da nossa actividade, o primeiro público que procuramos é o público de que vamos precisar nos próximos anos, o infantil e juvenil", explica. A ideia é pôr os miúdos a fazer um filme de uma ponta à outra e, de futuro, levar esta "fábrica do cinema" a outros pontos do país. Ideia de itinerância que, aliás, também será explorada com "Os faroleiros", a exibir em várias cidades.
No dia 26, inicia-se nova oficina, desta feita retomando uma tradição do cineclube que é a formação em realização em Super 8. Já em Maio, começam as sessões quinzenais de cinema, que, apesar de terem início durante o período festivo, passarão a constituir a actividade regular da associação.
No mesmo mês, está previsto que o cineclube participe na "Festa na Baixa", ciclo de animação do Centro Nacional de Cultura. Por ocasião da Feira do Livro, prevê- -se a projecção de mais um filme--concerto e, em Dezembro, haverá outras iniciativas.
Fonte: JN
A escolha deste filme de Maurice Mariaud datado de 1922 para dar início às comemorações do aniversário segue a lógica do cineclube: dar a conhecer o que é relativamente desconhecido. Produzido pela Caldevilla Filmes (importante produtora do Porto nos anos 20) e sem distribuição digna em Portugal na altura, "Os faroleiros" conta, nesta versão, com uma banda sonora original assinada por Jonathan Uliel Saldanha.
Mas a história dos dois homens que se apaixonam pela mesma mulher e que, após a morte dela, vão travar-se de razões para o farol do Bugio, na foz do Tejo, é apenas o início de uma programação especial que durará até ao final do ano. A este filme segue-se "O auto da Floripes", a projectar na igreja românica de Cedofeita, no dia 17.
Este documentário é uma criação do núcleo de cinema experimental do Cineclube do Porto e foi filmado em 1959. José António Cunha, presidente do cineclube, refere que "a assinatura de Lopes Fernandes é representativa do ponto de vista histórico, não significa uma autoria exclusiva dele". Ou seja, o documentário é fruto de um grupo de trabalho que incluía outros realizadores, como António Reis. "Diz-se que o próprio Manoel de Oliveira esteve envolvido nas filmagens", acrescenta o mesmo responsável.
A terceira iniciativa é uma oficina de cinema para os mais pequenos, marcada para o dia 18, na Biblioteca Almeida Garrett. "No relançamento da nossa actividade, o primeiro público que procuramos é o público de que vamos precisar nos próximos anos, o infantil e juvenil", explica. A ideia é pôr os miúdos a fazer um filme de uma ponta à outra e, de futuro, levar esta "fábrica do cinema" a outros pontos do país. Ideia de itinerância que, aliás, também será explorada com "Os faroleiros", a exibir em várias cidades.
No dia 26, inicia-se nova oficina, desta feita retomando uma tradição do cineclube que é a formação em realização em Super 8. Já em Maio, começam as sessões quinzenais de cinema, que, apesar de terem início durante o período festivo, passarão a constituir a actividade regular da associação.
No mesmo mês, está previsto que o cineclube participe na "Festa na Baixa", ciclo de animação do Centro Nacional de Cultura. Por ocasião da Feira do Livro, prevê- -se a projecção de mais um filme--concerto e, em Dezembro, haverá outras iniciativas.
Fonte: JN
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