CP assegura maioria das ligações


A CP está a assegurar a maioria das ligações ferroviárias previstas para hoje, apesar da greve iniciada esta manhã pelos revisores da empresa, cuja adesão se cifra nos 90 por cento, segundo o sindicato do sector.

“Estamos a conseguir assegurar a maioria das ligações que estavam previstas para hoje, com excepção de alguns serviços regionais”, disse à Lusa a porta-voz da CP, Ana Portela, referindo-se à supressão de algumas ligações, nomeadamente ao nível dos Alfa Pendular.

Ainda assim, a porta-voz da empresa “regista com satisfação” o facto de grande parte das ligações terem sido realizadas nas primeiras horas da manhã, altura em que se regista uma maior afluência por parte dos clientes da empresa.

O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), por sua vez, sublinha a “forte adesão dos revisores” à greve iniciada às 00:00 de hoje, com 75 por cento das bilheteiras encerradas e cerca de 500 trabalhadores a aderir à paralisação.

À Lusa, o presidente do sindicato, Luís Bravo, adiantou que as estações de Gaia, Aveiro, Coimbra e Campanhã estão “completamente encerradas”.

A CP, por outro lado, argumenta que 60 por cento das ligações previstas até às 08:00 “foram asseguradas”, com as ligações urbanas em Lisboa a decorrer a 100 por cento, enquanto no Porto se situa nos 80 por cento.

Longo curso

“Ao nível do Longo Curso, a CP está a adoptar uma estratégia que assenta em privilegiar as ligações Intercidades, dado que transportam mais pessoas e param em mais estações”, explicou a porta-voz da empresa.

Ana Portela adiantou igualmente que, dos seis Intercidades que estavam previstos, “um foi suprimido” devido à greve dos revisores, enquanto que no caso dos Alfa Pendular foram cancelados quatro dos cinco que estavam inicialmente programados.

“Os serviços regionais, por terem maior extensão, são os que estão a ser mais afectados. Prevemos que, durante o dia, sejam realizados 30 por cento dos 1747 serviços previstos à escala nacional”, disse, embora realçando que esta é uma greve que terá de ser “monitorizada ao longo do dia”.

Ainda assim, a porta-voz da CP aconselha os utentes a informarem-se sobre as ligações ferroviárias disponíveis através do call center da empresa, nas estações ou nas bilheteiras

A greve dos revisores da CP irá decorrer até às 13:00 de terça-feira. Em causa está o congelamento dos salários e a intenção do Governo em privatizar algumas linhas, precisamente aquelas que o sindicato considera ser “as mais rentáveis”.

“Esta medida vai contra os interesses dos utentes, pois os custos dos bilhetes irão disparar, e contra os trabalhadores, já que a empresa irá ficar numa situação completamente insustentável”, concluiu Luís Bravo.




Fonte: Público

POSTED BY Joana Vieira
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