David Cameron vai tentar formar governo


O Partido Conservador britânico, liderado por David Cameron, ganhou as eleições mas não terá maioria parlamentar. Os resultados definitivos ainda não são conhecidos, mas o líder dos Liberais Democratas já disse que Cameron tem "prioridade para formar governo".

Cameron vai fazer uma declaração às 14h30 e, segundo responsáveis conservadores citados pelos sites dos jornais britânicos, explicará como vai tentar formar um executivo que seja "forte e estável e com amplo apoio, que aja em nome do interesse nacional".

O trabalhista Gordon Brown antecipou-se a Cameron para dizer que dará tempo aos Conservadores e aos Liberais Democratas para chegarem a um acordo, mas que se isso não for possível está pronto a tentar formar um governo com o partido de Nick Clegg. Este disse a meio da manhã que cabe ao Partido Conservador provar que "pode governar no interesse nacional".

As projecções mais recentes apontam para que os conservadores obtenham entre 306 e 309 assentos na Câmara dos Comuns - a câmara baixa do Parlamento -, ainda assim aquém da maioria absoluta de 326 deputados (de um total de 650) que lhes permitiria automaticamente formar governo.

Ainda não há números de participação, mas estima-se que esta tenha sido alta: já com as urnas encerradas havia filas em muitos centros de voto e milhares de pessoas não chegaram mesmo a conseguir votar.

Pela primeira vez em 36 anos, nem conservadores nem trabalhistas obtiveram a maioria absoluta no Parlamento de Westminster. Esta situação, aliás, só aconteceu duas vezes desde 1918.

David Cameron afirmara durante a madrugada que é claro que os trabalhistas perderam o mandato governativo.

Para os conservadores, há dois cenários possíveis neste momento: ou governam em minoria (não é muito provável, mas não deixa de ser possível), ou formam governo com a ajuda dos lib-dem e, ou, dos partidos unionistas da Irlanda do Norte.

Numa análise desta manhã, o jornal “Times” escreve que a “única certeza é outra eleição geral”. “Qualquer governo que seja formado nos próximos dias não vai conseguir comandar uma maioria clara ou estável nos Comuns. Por isso, um novo parlamento vai durar um ano, no máximo. Uma segunda eleição geral é agora provável no fim deste ano ou na próxima Primavera. Tudo o resto é incerto."



Fonte: Público

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