'Lost' chega hoje ao fim
"Lost" não faz sentido nenhum. A trama complica-se e os mistérios adensam-se em cada novo episódio e quando penso que por fim vou perceber porque é que caíram na ilha acontece qualquer coisa que me leva a questionar todas as brilhantes conclusões a que cheguei.
A ilha é o Paraíso. A ilha é o Inferno. A ilha é o Purgatório. A ilha não existe e estão todos a sonhar. Estão mortos. Estão vivos. O fumo preto é o Diabo. O Jacob é o Diabo. O Jacob é deus. As viagens no tempo não são reais. Afinal são. Há duas, três, realidades em paralelo. Raios.
Mas a verdade é que desde o primeiro instante que não consigo passar sem a série. E, invariavelmente, o final de cada episódio é pautado por uma interjeição de surpresa e um vigoroso "NÃO" gritado em desespero. Cada episódio sabe exactamente quando deve acabar. E o final das temporadas? É como se o próprio mundo estivesse para acabar. Como vou conseguir esperar meses até à temporada seguinte? Sobreviverei? Certamente que não. E blasfemo, protesto que não é justo. Depois passa-me.
Luís Filipe Borges, humorista, guionista e fã da série, explica o segredo de terminar um episódio no preciso momento em que os espectadores menos querem que isso aconteça: "Chama--se cliffhanger e é uma técnica utilizada em qualquer série. O final do episódio acaba num clímax, à beira do precipício, com os espectadores cheios de vontade de saber o que vai acontecer a seguir." Na "modesta opinião" de Luís, os segredos do sucesso de "Perdidos" são vários: "O pior que nos pode acontecer, a seguir à morte, e aquele com quem nos identificamos, é ficar perdidos, longe de tudo e de todos, sem nada. E é como um filme de terror: vemos, divertimo-nos, porque não nos está a acontecer, mas temos medo." Mas não é tudo. Diz Luís que, "numa tanga mais intelectual", os autores da série conseguiram colar a filosofia à cultura pop. E a verdade é que "há muitas referências filosóficas, do nome de John Locke e Desmond Hume a obras literárias importantes, como "Uma Agulha no Palheiro", "Catch 22", uma expressão inglesa que quer dizer "pescadinha de rabo na boca", ou "O Deus das Moscas". "Há pontos filosóficos que interessam a todos e a série tornou-os acessíveis." Por fim há o factor entretenimento: "Gostamos de ser entretidos. Desde pequenos. E de perceber o porquê dos mistérios." Eu acrescentaria o Sawyer sem camisa mais de metade da série.
Não sei como vai acabar. Só peço que não meta extraterrestres. Ou segredos de Fátima. Luís, por seu lado, quer que "acabe sem uma solução perfeitamente bizarra". "Não quero que me expliquem tudo, mas quero uma teoria válida, que me satisfaça."
Resta esperar. Quem tem MEO poderá assistir na madrugada de dia 24 para 25 (5h00) ao último episódio, ao mesmo tempo que nos EUA, no canal Fox HD e Fox. Aliás, o final vai ser transmitido em simultâneo em Itália, no Reino Unido, em Espanha, no Canadá, em Israel e na Turquia. Aos assinantes portugueses dos outros canais por cabo, recomendamos paciência: o episódio final será transmitido dia 1 de Junho, terça-feira, às 23h00, na Fox, com um episódio especial às 21h30, para a despedida ser mais fácil. É preciso coragem para a recta final. Namastê.
Fonte: ionline
A ilha é o Paraíso. A ilha é o Inferno. A ilha é o Purgatório. A ilha não existe e estão todos a sonhar. Estão mortos. Estão vivos. O fumo preto é o Diabo. O Jacob é o Diabo. O Jacob é deus. As viagens no tempo não são reais. Afinal são. Há duas, três, realidades em paralelo. Raios.
Mas a verdade é que desde o primeiro instante que não consigo passar sem a série. E, invariavelmente, o final de cada episódio é pautado por uma interjeição de surpresa e um vigoroso "NÃO" gritado em desespero. Cada episódio sabe exactamente quando deve acabar. E o final das temporadas? É como se o próprio mundo estivesse para acabar. Como vou conseguir esperar meses até à temporada seguinte? Sobreviverei? Certamente que não. E blasfemo, protesto que não é justo. Depois passa-me.
Luís Filipe Borges, humorista, guionista e fã da série, explica o segredo de terminar um episódio no preciso momento em que os espectadores menos querem que isso aconteça: "Chama--se cliffhanger e é uma técnica utilizada em qualquer série. O final do episódio acaba num clímax, à beira do precipício, com os espectadores cheios de vontade de saber o que vai acontecer a seguir." Na "modesta opinião" de Luís, os segredos do sucesso de "Perdidos" são vários: "O pior que nos pode acontecer, a seguir à morte, e aquele com quem nos identificamos, é ficar perdidos, longe de tudo e de todos, sem nada. E é como um filme de terror: vemos, divertimo-nos, porque não nos está a acontecer, mas temos medo." Mas não é tudo. Diz Luís que, "numa tanga mais intelectual", os autores da série conseguiram colar a filosofia à cultura pop. E a verdade é que "há muitas referências filosóficas, do nome de John Locke e Desmond Hume a obras literárias importantes, como "Uma Agulha no Palheiro", "Catch 22", uma expressão inglesa que quer dizer "pescadinha de rabo na boca", ou "O Deus das Moscas". "Há pontos filosóficos que interessam a todos e a série tornou-os acessíveis." Por fim há o factor entretenimento: "Gostamos de ser entretidos. Desde pequenos. E de perceber o porquê dos mistérios." Eu acrescentaria o Sawyer sem camisa mais de metade da série.
Não sei como vai acabar. Só peço que não meta extraterrestres. Ou segredos de Fátima. Luís, por seu lado, quer que "acabe sem uma solução perfeitamente bizarra". "Não quero que me expliquem tudo, mas quero uma teoria válida, que me satisfaça."
Resta esperar. Quem tem MEO poderá assistir na madrugada de dia 24 para 25 (5h00) ao último episódio, ao mesmo tempo que nos EUA, no canal Fox HD e Fox. Aliás, o final vai ser transmitido em simultâneo em Itália, no Reino Unido, em Espanha, no Canadá, em Israel e na Turquia. Aos assinantes portugueses dos outros canais por cabo, recomendamos paciência: o episódio final será transmitido dia 1 de Junho, terça-feira, às 23h00, na Fox, com um episódio especial às 21h30, para a despedida ser mais fácil. É preciso coragem para a recta final. Namastê.
Fonte: ionline