Morreu o artista japonês Shusaku Arakawa
O artista japonês Shusaku Arakawa morreu terça-feira em Manhattan, aos 73 anos. Começou a carreira com um punhado de dólares o número de telefone de Marcel Duchamp. Décadas mais tarde, as suas obras estavam no Museum of Modern Art e o Guggenheim fazia uma retrospectiva do seu trabalho em 1997. Ficou conhecido pelos trabalhos em que, com a sua mulher Madeline Gins, explorava conceitos morais com o objectivo de deter o envelhecimento e impedir a morte.
A família de Shusaku Arakawa não revelou a causa da morte do artista, que nasceu em 1936, em Nagoya, no Japão. Estudou arte em Tóquio. Em 1960 formou um grupo de artistas inspirados no Dadaísmo, introduzindo assim esse conceito no meio artístico japonês.
Um ano depois rumou a Nova Iorque, levando consigo apenas onze euros e o número de telefone de Marcel Duchamp, como recorda o "New York Times". Arakawa disse mais tarde que Duchamp viria a tornar-se o seu mentor. Dois anos depois de chegar aos Estados Unidos, inscreveu-se na escola de arte de Brooklyn, mais para obter um visto de residência nos EUA e não tanto pela educação, contava. Aí conheceu Madeline Gins, também estudante. Casaram em 1965.
“É imoral que as pessoas tenham de morrer”, disse Gins ao “New York Times”. Arakawa e Madeline exploraram a sua filosofia, a que chamaram Destino Reversível, em poemas, livros, pinturas e edifícios. Em 1963 fundaram a Architectural Body Research Foundation, que praticava a "arquitectura contra a morte" e em cujo site se lê "Decidimos não morrer", e assinaram obras como "Architectural Body" ou "Making Dying Illegal".
O arquitecto Steven Holl disse ao “New York Times” que o trabalho do casal era muito enraizado na filosofia japonesa e que “vai levar muitos anos até que as pessoas o entendam totalmente”.
Arthur Danto, crítico de arte e filósofo, conviveu com Arakawa durante quarenta anos. “Ele achava mesmo que estava a fazer o trabalho mais importante de todos, superar a morte”, disse Danto. Mas acrescentou que “como é que isso ia acontecer é que nunca foi claro, excepto para ele e Madeline”.
Nos últimos anos, filósofos e cientistas usaram o trabalho de Arakawa e Gins como objecto de estudo em diversas conferências.
Fonte: Público
A família de Shusaku Arakawa não revelou a causa da morte do artista, que nasceu em 1936, em Nagoya, no Japão. Estudou arte em Tóquio. Em 1960 formou um grupo de artistas inspirados no Dadaísmo, introduzindo assim esse conceito no meio artístico japonês.
Um ano depois rumou a Nova Iorque, levando consigo apenas onze euros e o número de telefone de Marcel Duchamp, como recorda o "New York Times". Arakawa disse mais tarde que Duchamp viria a tornar-se o seu mentor. Dois anos depois de chegar aos Estados Unidos, inscreveu-se na escola de arte de Brooklyn, mais para obter um visto de residência nos EUA e não tanto pela educação, contava. Aí conheceu Madeline Gins, também estudante. Casaram em 1965.
“É imoral que as pessoas tenham de morrer”, disse Gins ao “New York Times”. Arakawa e Madeline exploraram a sua filosofia, a que chamaram Destino Reversível, em poemas, livros, pinturas e edifícios. Em 1963 fundaram a Architectural Body Research Foundation, que praticava a "arquitectura contra a morte" e em cujo site se lê "Decidimos não morrer", e assinaram obras como "Architectural Body" ou "Making Dying Illegal".
O arquitecto Steven Holl disse ao “New York Times” que o trabalho do casal era muito enraizado na filosofia japonesa e que “vai levar muitos anos até que as pessoas o entendam totalmente”.
Arthur Danto, crítico de arte e filósofo, conviveu com Arakawa durante quarenta anos. “Ele achava mesmo que estava a fazer o trabalho mais importante de todos, superar a morte”, disse Danto. Mas acrescentou que “como é que isso ia acontecer é que nunca foi claro, excepto para ele e Madeline”.
Nos últimos anos, filósofos e cientistas usaram o trabalho de Arakawa e Gins como objecto de estudo em diversas conferências.
Fonte: Público