Proposta Vogue África rejeitada
A proposta era do fotógrafo camaronês Mario Epanya e já durava havia meses, quase sob a forma de campanha na Internet e no perfil de Epanya no Facebook. Uma Vogue para África, pedia ele à Condé Nast, o gigante editorial que detém os direitos do mais conhecido título de moda mensal do mundo. Mas a resposta terá chegado esta semana e o fotógrafo que se tinha dedicado a criar capas fictícias cheias de belas mulheres para uma Vogue África sonhada comunicou: "A Condé Nast disse NÃO ao licenciamento da Vogue em África."
"A espera terminou", escreveu Epanya no Facebook, anunciando que publicaria a sua última potencial capa para o projecto que nunca chegaria a concretizar-se. "É a minha última capa. Mas acredito que seja o começo de alguma coisa", rematou, para depois dar espaço às notícias e comentários produzidos mundo fora sobre a nega da editora.
São muitos os tweets e posts de reacções ao fim do sonho de uma Vogue africana no mês em que terminou o Mundial de Futebol e exactamente um ano depois de a Vogue Itália ter feito o seu Black Issue - a primeira edição da revista exclusivamente preenchida por modelos e artistas negros. Na altura considerou-se que tudo era fruto do poder do casal Obama, num ano em que o jogador afro-americano de basquetebol LeBron James esteve na capa da Vogue americana e os mais optimistas estimavam que um tabu na moda - o racial - chegava ao fim. No ano que passou, a Vogue Portugal usou pela primeira vez uma modelo negra na sua capa.
"Apesar de o seu Black Issue ter voado das bancas em 2008, estão mesmo surpreendidos que a Condé Nast tenha rejeitado a ideia?", pergunta o site americano Madam Noire. A jornalista e activista americana Talia White frisa: "Em vez de boicotarmos a Vogue [algo que está a ser pedido por alguns cibernautas], devíamos pegar na nossa raiva colectiva e aproveitar o espírito empreendedor na diáspora africana para nos dar uma revista que nos represente da forma que queremos." No Facebook foi entretanto criado o grupo We Want Vogue África.
Fonte: Público
"A espera terminou", escreveu Epanya no Facebook, anunciando que publicaria a sua última potencial capa para o projecto que nunca chegaria a concretizar-se. "É a minha última capa. Mas acredito que seja o começo de alguma coisa", rematou, para depois dar espaço às notícias e comentários produzidos mundo fora sobre a nega da editora.
São muitos os tweets e posts de reacções ao fim do sonho de uma Vogue africana no mês em que terminou o Mundial de Futebol e exactamente um ano depois de a Vogue Itália ter feito o seu Black Issue - a primeira edição da revista exclusivamente preenchida por modelos e artistas negros. Na altura considerou-se que tudo era fruto do poder do casal Obama, num ano em que o jogador afro-americano de basquetebol LeBron James esteve na capa da Vogue americana e os mais optimistas estimavam que um tabu na moda - o racial - chegava ao fim. No ano que passou, a Vogue Portugal usou pela primeira vez uma modelo negra na sua capa.
"Apesar de o seu Black Issue ter voado das bancas em 2008, estão mesmo surpreendidos que a Condé Nast tenha rejeitado a ideia?", pergunta o site americano Madam Noire. A jornalista e activista americana Talia White frisa: "Em vez de boicotarmos a Vogue [algo que está a ser pedido por alguns cibernautas], devíamos pegar na nossa raiva colectiva e aproveitar o espírito empreendedor na diáspora africana para nos dar uma revista que nos represente da forma que queremos." No Facebook foi entretanto criado o grupo We Want Vogue África.
Fonte: Público