Morreu Mário Bettencourt Resendes
O jornalista Mário Bettencourt Resendes, antigo director do “Diário de Notícias”, morreu hoje, aos 58 anos, vítima de cancro, disse à Lusa fonte próxima da família.
O jornalista faleceu no Hospital Cuf Descobertas, pelas 02h15, e o corpo vai estar em câmara ardente na Igreja de S. João de Deus, em Lisboa, a partir das 17h30.
O cortejo fúnebre segue amanhã - após a celebração da missa de corpo presente, pelas 15h00 - para o crematório do Cemitério dos Olivais em Lisboa, onde o corpo do jornalista será cremado às 17h00.
Actualmente, Mário Resendes desempenhava a função de Provedor do Leitor do jornal “Diário de Notícias” (DN).
Apesar de ter sido, nos últimos anos, um dos comentadores políticos mais presentes na televisão (SIC) e na rádio (TSF), Mário Resendes tornou-se conhecido por ser director do "Diário de Notícias", cargo que ocupou no início da década de 90 e de onde saiu em 2003.
Nasceu em 1952 em Ponta Delgada e começou a sua carreira no jornalismo em 1975, depois de ter sido “apanhado” pelo 25 de Abril quando estava no quinto ano do curso de Gestão de Empresas e Economia.
Com as aulas paradas e a sociedade em convulsão, Mário Resendes resolveu ir tirar um curso de jornalismo a Paris. Nunca mais voltou à economia.
Em 1975 foi estagiar como jornalista do "Diário de Notícias" e, no final do estágio, entrou para a equipa fundadora do "Jornal Novo", um diário de combate ao gonçalvismo. Ainda passou por uma revista semanal chamada "Opção" mas pouco mais de um ano depois, em Novembro de 1976, voltou ao DN, onde ingressou nos quadros.
No DN foi, sucessivamente, redactor de Política Nacional, editor do suplemento “Análise DN”, coordenador das secções de Política Nacional, Economia e Trabalho, e director adjunto.
Tornou-se director a partir de 1992 e cumpriu o seu papel quando o jornal já tinha passado para as mãos da Lusomundo (PT). Já não era, porém, director do matutino quando a Controlinveste entrou no jornal.
Depois de sair da direcção do DN, tornou-se, em 2007, provedor dos leitores daquele título, cargo cuja criação aconteceu por sua iniciativa.
Apesar do interesse no jornalismo ter perdurado mesmo depois de sair da direcção do DN, deixou para trás um sonho que considerou inconcretizável: ser governador de Macau. “Tenho um grande fascínio pelo oriente e deve ter sido extremamente interessante o exercício daquelas funções e a relação com a República Popular da China”, disse numa entrevista.
Além de jornalista, Mário Resendes foi professor de Comunicação Social no Instituto Superior de Comunicação Social, moderador de mesas-redondas, analista político e responsável por programas na RTP e na Rádio Comercial e comentador político na TSF.
Assumiu ainda a vice-presidência da comissão directiva europeia da Associação de Jornalistas Europeus, a presidência da assembleia geral da secção portuguesa e em 1994 foi nomeado, pela Comissão Europeia, para fazer parte do Conselho Consultivo dos Utilizadores (Bruxelas).
Membro do conselho director do Centro Europeu de Jornalismo, foi galardoado com o Prémio Europeu de Jornalismo, atribuído pela Associação de Jornalistas Europeus, em 1993.
Foi ainda porta-voz do Movimento Informação e Liberdade, criado em 2008, com o objectivo de ser interlocutor em todos os processos de discussão de matérias de interesse para a classe dos jornalistas como a auto regulação e o acesso à profissão.
Fonte: Público
O jornalista faleceu no Hospital Cuf Descobertas, pelas 02h15, e o corpo vai estar em câmara ardente na Igreja de S. João de Deus, em Lisboa, a partir das 17h30.
O cortejo fúnebre segue amanhã - após a celebração da missa de corpo presente, pelas 15h00 - para o crematório do Cemitério dos Olivais em Lisboa, onde o corpo do jornalista será cremado às 17h00.
Actualmente, Mário Resendes desempenhava a função de Provedor do Leitor do jornal “Diário de Notícias” (DN).
Apesar de ter sido, nos últimos anos, um dos comentadores políticos mais presentes na televisão (SIC) e na rádio (TSF), Mário Resendes tornou-se conhecido por ser director do "Diário de Notícias", cargo que ocupou no início da década de 90 e de onde saiu em 2003.
Nasceu em 1952 em Ponta Delgada e começou a sua carreira no jornalismo em 1975, depois de ter sido “apanhado” pelo 25 de Abril quando estava no quinto ano do curso de Gestão de Empresas e Economia.
Com as aulas paradas e a sociedade em convulsão, Mário Resendes resolveu ir tirar um curso de jornalismo a Paris. Nunca mais voltou à economia.
Em 1975 foi estagiar como jornalista do "Diário de Notícias" e, no final do estágio, entrou para a equipa fundadora do "Jornal Novo", um diário de combate ao gonçalvismo. Ainda passou por uma revista semanal chamada "Opção" mas pouco mais de um ano depois, em Novembro de 1976, voltou ao DN, onde ingressou nos quadros.
No DN foi, sucessivamente, redactor de Política Nacional, editor do suplemento “Análise DN”, coordenador das secções de Política Nacional, Economia e Trabalho, e director adjunto.
Tornou-se director a partir de 1992 e cumpriu o seu papel quando o jornal já tinha passado para as mãos da Lusomundo (PT). Já não era, porém, director do matutino quando a Controlinveste entrou no jornal.
Depois de sair da direcção do DN, tornou-se, em 2007, provedor dos leitores daquele título, cargo cuja criação aconteceu por sua iniciativa.
Apesar do interesse no jornalismo ter perdurado mesmo depois de sair da direcção do DN, deixou para trás um sonho que considerou inconcretizável: ser governador de Macau. “Tenho um grande fascínio pelo oriente e deve ter sido extremamente interessante o exercício daquelas funções e a relação com a República Popular da China”, disse numa entrevista.
Além de jornalista, Mário Resendes foi professor de Comunicação Social no Instituto Superior de Comunicação Social, moderador de mesas-redondas, analista político e responsável por programas na RTP e na Rádio Comercial e comentador político na TSF.
Assumiu ainda a vice-presidência da comissão directiva europeia da Associação de Jornalistas Europeus, a presidência da assembleia geral da secção portuguesa e em 1994 foi nomeado, pela Comissão Europeia, para fazer parte do Conselho Consultivo dos Utilizadores (Bruxelas).
Membro do conselho director do Centro Europeu de Jornalismo, foi galardoado com o Prémio Europeu de Jornalismo, atribuído pela Associação de Jornalistas Europeus, em 1993.
Foi ainda porta-voz do Movimento Informação e Liberdade, criado em 2008, com o objectivo de ser interlocutor em todos os processos de discussão de matérias de interesse para a classe dos jornalistas como a auto regulação e o acesso à profissão.
Fonte: Público