Feira admite suspender Imaginarius
O Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira poderá não se realizar no próximo ano por razões orçamentais. A Câmara da Feira está a definir prioridades em todos os sectores, para fechar o orçamento de 2011, e a vereadora da Cultura, Cristina Tenreiro, admite que o Imaginarius, que tem reunido algumas das mais importantes companhias de teatro de rua da Europa nas ruas da Feira, poderá ser suspenso por um ano.
"Há vários eventos que estão numa fase de pré-avaliação. Todos os projectos, não só a nível cultural, estão a ser equacionados, uma vez que 2011 será um ano de contenção e sabemos que não há dinheiro para tudo", refere. "A câmara tem as obras do saneamento e dos centros escolares em curso e para tudo isso tem de haver dinheiro". O Imaginarius deste ano custou cerca de 400 mil euros aos cofres camarários, tendo sido a edição mais barata de sempre.
A responsável garante, porém, que o fim do Imaginarius ou a sua eventual deslocalização para outra cidade não fazem parte dos planos camarários. "O que poderá acontecer é a suspensão por um ano que coincidirá com o arranque da construção do Centro de Criação, uma estrutura sólida para o desenvolvimento das indústrias criativas".
Em meados de Outubro, a decisão deverá ser conhecida. No entanto, há duas iniciativas que não sairão do programa cultural: a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria e a festa das Fogaceiras, com mais de 500 anos de tradição. "A realização das duas iniciativas é inquestionável. São eventos nobres e intocáveis", afirma.
No próximo ano, a autarquia espera avançar com a obra do Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, caso a candidatura seja aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e, nessa altura, o Imaginarius poderá sair do cartaz cultural do município. "A suspensão está em cima da mesa. Temos de ponderar se teremos condições de manter a qualidade dos últimos anos ou se será melhor suspender em 2011 e retomar no ano seguinte. E a verba do Imaginarius poderá dar um impulso à obra do centro de criação", revela Cristina Tenreiro.
Demolição do cineteatro
O projecto do Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua sofreu recentemente alterações e a demolição do cineteatro, no centro da cidade, está em análise. Em vez de uma estrutura única, a câmara optou pela construção de dois pólos: um para a realização de espectáculos, que poderá implicar a demolição do cineteatro para a construção, no mesmo local, de um moderno auditório com capacidade para 700 lugares; e outro para a concepção dos eventos e residências de artistas, num edifício também a construir de raiz numa zona industrial.
O "desaparecimento" do Cineteatro António Lamoso não tem provocado polémica. "A questão tem sido pacífica, apesar de o cineteatro ser um edifício que faz parte da identidade e da história da cidade. Mas começa a ser complicado assegurar a sua manutenção e, em termos de segurança, não oferece as mesmas condições que uma estrutura moderna e com outras características para a realização de espectáculos", refere a vereadora.
Fonte: Público
"Há vários eventos que estão numa fase de pré-avaliação. Todos os projectos, não só a nível cultural, estão a ser equacionados, uma vez que 2011 será um ano de contenção e sabemos que não há dinheiro para tudo", refere. "A câmara tem as obras do saneamento e dos centros escolares em curso e para tudo isso tem de haver dinheiro". O Imaginarius deste ano custou cerca de 400 mil euros aos cofres camarários, tendo sido a edição mais barata de sempre.
A responsável garante, porém, que o fim do Imaginarius ou a sua eventual deslocalização para outra cidade não fazem parte dos planos camarários. "O que poderá acontecer é a suspensão por um ano que coincidirá com o arranque da construção do Centro de Criação, uma estrutura sólida para o desenvolvimento das indústrias criativas".
Em meados de Outubro, a decisão deverá ser conhecida. No entanto, há duas iniciativas que não sairão do programa cultural: a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria e a festa das Fogaceiras, com mais de 500 anos de tradição. "A realização das duas iniciativas é inquestionável. São eventos nobres e intocáveis", afirma.
No próximo ano, a autarquia espera avançar com a obra do Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, caso a candidatura seja aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e, nessa altura, o Imaginarius poderá sair do cartaz cultural do município. "A suspensão está em cima da mesa. Temos de ponderar se teremos condições de manter a qualidade dos últimos anos ou se será melhor suspender em 2011 e retomar no ano seguinte. E a verba do Imaginarius poderá dar um impulso à obra do centro de criação", revela Cristina Tenreiro.
Demolição do cineteatro
O projecto do Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua sofreu recentemente alterações e a demolição do cineteatro, no centro da cidade, está em análise. Em vez de uma estrutura única, a câmara optou pela construção de dois pólos: um para a realização de espectáculos, que poderá implicar a demolição do cineteatro para a construção, no mesmo local, de um moderno auditório com capacidade para 700 lugares; e outro para a concepção dos eventos e residências de artistas, num edifício também a construir de raiz numa zona industrial.
O "desaparecimento" do Cineteatro António Lamoso não tem provocado polémica. "A questão tem sido pacífica, apesar de o cineteatro ser um edifício que faz parte da identidade e da história da cidade. Mas começa a ser complicado assegurar a sua manutenção e, em termos de segurança, não oferece as mesmas condições que uma estrutura moderna e com outras características para a realização de espectáculos", refere a vereadora.
Fonte: Público