Janis Joplin morreu há 40 anos
Bastaram cinco anos e quatro álbuns para que Janis Joplin passasse de menina gozada no liceu a estrela rock. A voz rouca e quente fez dela a primeira mulher com estatudo equivalente a Jimi Hendrix ou Jim Morrison. Numa entrevista em 1969, o apresentador Dick Cavett perguntou-lhe: "Por que é que não há mais estrelas rock femininas?" "Não sei. Talvez não seja uma coisa muito feminina entrar na essência da música. Muitas cantoras ficam só pela superfície, em vez de sentirem a música", respondeu Janis. Nesse mesmo ano, a "Newsweek" pôs Janis Joplin na capa com o título "Rebirth of the Blues" (Renascimento dos Blues). Tudo parecia correr-lhe bem, mas um ano depois morreu.
A 3 de Outubro de 1970, a cantora que nasceu em Porth Arthur, Texas, trabalhou até tarde no novo álbum. A seguir, foi beber uns copos com os amigos e quando chegou ao quarto do motel em Hollywood, encheu a seringa com heroína e espetou a agulha no braço esquerdo. Ainda teve tempo para ir ao lobby pedir troco de uma nota para comprar tabaco. Entrou no quarto e caiu. No dia seguinte, foi encontrada morta pelo road manager, John Cooke, que estranhou o atraso para as gravações. Uma overdose acabou com a vida da primeira branca a ser senhora do blues.
Mas deixou legado. "PJ Harvey é uma das cantoras que já confirmou essa influência. Janis foi provavelmente a cantora branca com o coração e a voz mais negra da história do rock. Ela gravou poucos álbuns, mas tem uma força tão grande que deixou marcas. Não é a mãe dos blues, mas pode ser a tia branca", explica o jornalista e crítico de música, António Pires. Pedro Boucherie Mendes, júri do "Ídolos", não aprecia artistas que se autodestroem, mas reconhece a importância de Janis. "Tinha uma voz potente e capacidade de interpretar. Com Janis tinhámos a certeza de que só ela pessoa poderia cantar daquela forma. É uma qualidade rara."
Mais em: ionline
A 3 de Outubro de 1970, a cantora que nasceu em Porth Arthur, Texas, trabalhou até tarde no novo álbum. A seguir, foi beber uns copos com os amigos e quando chegou ao quarto do motel em Hollywood, encheu a seringa com heroína e espetou a agulha no braço esquerdo. Ainda teve tempo para ir ao lobby pedir troco de uma nota para comprar tabaco. Entrou no quarto e caiu. No dia seguinte, foi encontrada morta pelo road manager, John Cooke, que estranhou o atraso para as gravações. Uma overdose acabou com a vida da primeira branca a ser senhora do blues.
Mas deixou legado. "PJ Harvey é uma das cantoras que já confirmou essa influência. Janis foi provavelmente a cantora branca com o coração e a voz mais negra da história do rock. Ela gravou poucos álbuns, mas tem uma força tão grande que deixou marcas. Não é a mãe dos blues, mas pode ser a tia branca", explica o jornalista e crítico de música, António Pires. Pedro Boucherie Mendes, júri do "Ídolos", não aprecia artistas que se autodestroem, mas reconhece a importância de Janis. "Tinha uma voz potente e capacidade de interpretar. Com Janis tinhámos a certeza de que só ela pessoa poderia cantar daquela forma. É uma qualidade rara."
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