Um Super Bowl com tradição


Hoje é um dia para bater recordes nos Estados Unidos. Hoje é o domingo de Super Bowl. A 45.ª edição da final da liga de futebol americano (NFL) vai colocar frente a frente duas das equipas com maior tradição na modalidade, os Green Bay Packers e os Pittsburgh Steelers, a partir das 23 horas portuguesas (SportTV ou ESPN America), no futurista Cowboys Stadium, em Arlington, Texas.

O maior evento desportivo dos EUA tem tudo para bater recordes. Vai ser jogado no maior estádio coberto do planeta, com capacidade para 105 mil pessoas (o recorde está nas 103.985 que assistiram ao Super Bowl em 1980) e com o maior ecrã do mundo (49 por 22 metros). Um palco de 881 milhões de euros para um jogo milionário, que vale 131 milhões de euros só em receitas de bilheteira e 108 milhões em merchandising.

À volta das televisões, mais de 100 milhões de americanos (e o interesse alastra-se a muitos outros países) vão juntar-se para perceber quem sairá vencedor num encontro sem um favorito muito evidente: as Terrible Towels dos Steelers ou os chapéus em formato de queijo dos Packers. O agitar das toalhas douradas é a imagem de marca dos fãs de Pittsburgh, que vão tentar conquistar o sétimo título do clube - e o terceiro nos últimos seis anos. Os fãs de Green Bay, conhecidos como cabeças de queijo por causa dos chapéus que usam em homenagem a uma indústria importante do estado de Wisconsin, querem que a sua equipa traga para casa o 13.º título, apesar de nove deles terem sido conquistados antes da era Super Bowl, que opõe os vencedores da National Football Conference e da American Football Conference.

Numa temporada com um argumento surpreendente, a presença menos esperada dos dois finalistas acaba por ser a dos Packers, que tiveram de vencer três jogos fora (Philadelphia Eagles, Atlanta Falcons e Chicago Bears) nos play-offs para garantirem a presença no estádio que pertence aos Dallas Cowboys.

Os duelos-chave

Entre equipas com quarterbacks de elite, dois jogadores capazes de virar jogos na defesa e duas das melhores defesas da NFL, há alguns duelos que podem deter a chave do sucesso. Como sempre, a batalha dos quarterbacks será decisiva. Ben Roethlisberger, dos Steelers, está a um triunfo de se juntar a um lote muito restrito de quarterbacks que já venceram pelo menos três Super Bowls. Com 1,98 metros, é um atleta poderoso, difícil de deitar ao chão. Além do valor acrescentado da experiência, "Big Ben" já demonstrou ter um jeito especial para conseguir a jogada necessária no momento mais difícil.

Aaron Rodgers, dos Packers, depois de anos na sombra de Brett Favre, provou que tem o que é preciso para liderar uma equipa até ao último jogo da época. Também forte fisicamente, é um dos especialistas na posição a correr com a bola quando não há linhas de passe abertas. Mas muito do que os quarterbacks conseguirão fazer dependerá da protecção que as suas linhas ofensivas lhes proporcionarão.

O principal perigo para Roethlisberger chama-se Clay Matthews, um linebacker móvel e difícil de travar que muitos analistas pensam que merecia ter vencido o prémio de melhor jogador defensivo da época. Quem o bateu nessa eleição foi o safety Troy Polamalu, a estrela da defesa de Pittsburgh, um atleta que, tal como Matthews, tem a capacidade de criar confusão no ataque adversário devido à sua agilidade e leitura de jogo. Para lá das capacidades desportivas, ambos são conhecidos pelos seus longos cabelos.

No lote de receivers (receptores), destacam-se Greg Jennings e Donald Driver, nos Packers, e Hines Ward e Mike Wallace, na equipa da Pensilvânia.




Fonte: Público

POSTED BY Mari
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