Alunos fecham Porta Férrea em Coimbra
Dezenas de estudantes afectos ao Conselho de Repúblicas de Coimbra encerraram hoje a cadeado a Porta Férrea, principal entrada da universidade, e cerca de meia centena de estudantes fecharam a Faculdade de Direito de Lisboa e mantêm-se em frente do edifício, em protestos para alertar para as dificuldades provocadas pela alteração do regime de bolsas.
Alunos dos ensinos básico, secundário e superior saíram hoje à rua, Dia do Estudante, em diversos protestos contra as políticas do Governo. Os estudantes universitários contestam o regime de atribuição das bolsas de estudo.
A iniciativa de Coimbra foi decidida à revelia da Assembleia Magna da Academia, que decretou o boicote às aulas hoje liderado pela Associação Académica de Coimbra (AAC). Sob alguma chuva, várias tendas estão montadas à frente da Porta Férrea, na Alta de Coimbra, desde o início da manhã. O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, entrou no edifício pela habitual porta de serviço da Reitoria.
João Gabriel Silva manifestou aos ’repúblicos’ (residentes nas repúblicas) "compreensão pelos protestos", mas exortou-os a desbloquearem a entrada principal, discordando desta forma de contestação. O presidente da AAC, Eduardo Melo, disse que o boicote às aulas está a decorrer sem incidentes" nos diversos departamentos e faculdades, envolvendo cerca de uma centena de piquetes que tentam convencer os colegas a não participarem nas actividades lectivas.
Já em Lisboa, com a fachada coberta por duas enormes faixas negras, em que se lê "Se o Governo fecha para uns, nós fechamos para todos", a Faculdade de Direito está encerrada e ninguém entra, como disse o presidente da Associação Académica desta universidade.
Uma corrente e um cadeado completam o quadro que tem como objectivo "sensibilizar a classe política para a necessidade de alterar o regime de bolsas instituído pelo Governo, que reduz substancialmente valores e exclui alunos", disse Gonçalo Carrilho. "Haja Governo ou não, queremos alertar para o facto de não poder haver no século XXI alunos a abandonar os estudos por falta de bolsas", acrescentou Gonçalo Carrilho.
No relvado em frente à Reitoria da Universidade de Lisboa, um "acampamento" com cerca de 30 tendas provoca a curiosidade de quem passa. O objectivo é o mesmo: alertar para as consequências das mudanças no regime de bolsas que dificulta ou "coloca em perigo" o alojamento de alunos oriundos do resto do país.
As cerca de 30 tendas albergaram durante a noite alguns dos "mais de 80 alunos de várias faculdades" que chegaram a estar reunidos no relvado na quarta-feira ao final do dia, como relatou aos jornalistas um deles, Pedro Saraiva, da Faculdade de Letras. "O preço do alojamento dos estudantes aumenta, as bolsas descem e o dinheiro não chega", testemunhou aquele aluno, salientando que "há estudantes a voltar a casa".
Mais em: Público
Alunos dos ensinos básico, secundário e superior saíram hoje à rua, Dia do Estudante, em diversos protestos contra as políticas do Governo. Os estudantes universitários contestam o regime de atribuição das bolsas de estudo.
A iniciativa de Coimbra foi decidida à revelia da Assembleia Magna da Academia, que decretou o boicote às aulas hoje liderado pela Associação Académica de Coimbra (AAC). Sob alguma chuva, várias tendas estão montadas à frente da Porta Férrea, na Alta de Coimbra, desde o início da manhã. O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, entrou no edifício pela habitual porta de serviço da Reitoria.
João Gabriel Silva manifestou aos ’repúblicos’ (residentes nas repúblicas) "compreensão pelos protestos", mas exortou-os a desbloquearem a entrada principal, discordando desta forma de contestação. O presidente da AAC, Eduardo Melo, disse que o boicote às aulas está a decorrer sem incidentes" nos diversos departamentos e faculdades, envolvendo cerca de uma centena de piquetes que tentam convencer os colegas a não participarem nas actividades lectivas.
Já em Lisboa, com a fachada coberta por duas enormes faixas negras, em que se lê "Se o Governo fecha para uns, nós fechamos para todos", a Faculdade de Direito está encerrada e ninguém entra, como disse o presidente da Associação Académica desta universidade.
Uma corrente e um cadeado completam o quadro que tem como objectivo "sensibilizar a classe política para a necessidade de alterar o regime de bolsas instituído pelo Governo, que reduz substancialmente valores e exclui alunos", disse Gonçalo Carrilho. "Haja Governo ou não, queremos alertar para o facto de não poder haver no século XXI alunos a abandonar os estudos por falta de bolsas", acrescentou Gonçalo Carrilho.
No relvado em frente à Reitoria da Universidade de Lisboa, um "acampamento" com cerca de 30 tendas provoca a curiosidade de quem passa. O objectivo é o mesmo: alertar para as consequências das mudanças no regime de bolsas que dificulta ou "coloca em perigo" o alojamento de alunos oriundos do resto do país.
As cerca de 30 tendas albergaram durante a noite alguns dos "mais de 80 alunos de várias faculdades" que chegaram a estar reunidos no relvado na quarta-feira ao final do dia, como relatou aos jornalistas um deles, Pedro Saraiva, da Faculdade de Letras. "O preço do alojamento dos estudantes aumenta, as bolsas descem e o dinheiro não chega", testemunhou aquele aluno, salientando que "há estudantes a voltar a casa".
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