Comboios param já hoje
Trabalhadores da CP e da Refer entram amanhã em greve de 24 horas. Alguns comboios deixam de circular às 17h de hoje
A greve de 24 horas dos trabalhadores da CP e da Refer só terá oficialmente início às 00h de amanhã, mas na prática o impacto da greve vai começar a sentir-se já hoje: alguns comboios vão deixar de circular às 17h e a partir das 22h a CP prevê que praticamente nenhum comboio arranquem da estação.
O cenário deve manter-se até às 2h de sábado, devido ao trabalho por escalas, mas CP e sindicatos que aderiram à greve antevêem que a circulação de comboios já esteja normalizada às primeiras horas da manhã. "No fim-de-semana a circulação deve estar regularizada. A normalidade só não será possível porque há outra greve a decorrer", admite Amável Alves, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes (FECTRANS).
Além da greve de 24h marcada pelos trabalhadores da CP, Refer e CP-Carga, a circulação de comboios estará ainda a ser afectada pela greve às horas extraordinárias, que se arrasta desde Fevereiro. Também o Metro de Lisboa vai estar parado hoje entre as 6h30 e as 11h. A empresa prevê que só às 12h o serviço esteja normalizado.
O tribunal arbitral decretou a obrigatoriedade de circulação de 25% dos comboios para garantir os serviços mínimos. A CP está a programar os serviços, procurando manter os horários com mais procura, mas não há garantias de que os mínimos serão cumpridos. "A CP entende que os serviços mínimos são para cumprir. Esperamos que os trabalhadores cumpram, mas só teremos certezas na hora", afirma Ana Portela, directora de comunicação da CP. Na greve de Fevereiro, os trabalhadores não cumpriram os serviços mínimos e noutras ocasiões o incumprimento deu origem a processos disciplinares.
Apesar de o Sindicato dos Maquinistas não ter aderido à greve de amanhã, a adesão dos trabalhadores de outros sectores dos transportes deverá ser suficiente para parar praticamente todos os comboios. "Um comboio não pode circular só com o maquinista. É preciso, pelo menos, um segundo agente", explica a responsável da CP.
Negociações A maratona negocial entre os sindicatos e a administração da CP vai ser retomada amanhã. Os trabalhadores dos transportes e comunicações estão numa jornada de luta contra os cortes salariais que levaram a uma alteração do acordo de empresa e só admitem evitar novas greves caso a administração da CP ceda nas negociações. "Queremos que se cumpram as condições acordadas", adianta Amável Alves, da Fectrans, frisando que, "se as negociações chegarem a bom termo, as greves serão imediatamente suspensas".
No entanto, a CP - que calcula ter sofrido prejuízos na ordem dos 580 mil euros com as greves que decorreram em Fevereiro - garante não ter margem para aceitar as reivindicações dos sindicatos.
"São questões que derivam do Orçamento do Estado. Aí não há nada que a CP possa fazer", afirma Ana Portela.
Fonte: ionline
A greve de 24 horas dos trabalhadores da CP e da Refer só terá oficialmente início às 00h de amanhã, mas na prática o impacto da greve vai começar a sentir-se já hoje: alguns comboios vão deixar de circular às 17h e a partir das 22h a CP prevê que praticamente nenhum comboio arranquem da estação.
O cenário deve manter-se até às 2h de sábado, devido ao trabalho por escalas, mas CP e sindicatos que aderiram à greve antevêem que a circulação de comboios já esteja normalizada às primeiras horas da manhã. "No fim-de-semana a circulação deve estar regularizada. A normalidade só não será possível porque há outra greve a decorrer", admite Amável Alves, coordenador da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes (FECTRANS).
Além da greve de 24h marcada pelos trabalhadores da CP, Refer e CP-Carga, a circulação de comboios estará ainda a ser afectada pela greve às horas extraordinárias, que se arrasta desde Fevereiro. Também o Metro de Lisboa vai estar parado hoje entre as 6h30 e as 11h. A empresa prevê que só às 12h o serviço esteja normalizado.
O tribunal arbitral decretou a obrigatoriedade de circulação de 25% dos comboios para garantir os serviços mínimos. A CP está a programar os serviços, procurando manter os horários com mais procura, mas não há garantias de que os mínimos serão cumpridos. "A CP entende que os serviços mínimos são para cumprir. Esperamos que os trabalhadores cumpram, mas só teremos certezas na hora", afirma Ana Portela, directora de comunicação da CP. Na greve de Fevereiro, os trabalhadores não cumpriram os serviços mínimos e noutras ocasiões o incumprimento deu origem a processos disciplinares.
Apesar de o Sindicato dos Maquinistas não ter aderido à greve de amanhã, a adesão dos trabalhadores de outros sectores dos transportes deverá ser suficiente para parar praticamente todos os comboios. "Um comboio não pode circular só com o maquinista. É preciso, pelo menos, um segundo agente", explica a responsável da CP.
Negociações A maratona negocial entre os sindicatos e a administração da CP vai ser retomada amanhã. Os trabalhadores dos transportes e comunicações estão numa jornada de luta contra os cortes salariais que levaram a uma alteração do acordo de empresa e só admitem evitar novas greves caso a administração da CP ceda nas negociações. "Queremos que se cumpram as condições acordadas", adianta Amável Alves, da Fectrans, frisando que, "se as negociações chegarem a bom termo, as greves serão imediatamente suspensas".
No entanto, a CP - que calcula ter sofrido prejuízos na ordem dos 580 mil euros com as greves que decorreram em Fevereiro - garante não ter margem para aceitar as reivindicações dos sindicatos.
"São questões que derivam do Orçamento do Estado. Aí não há nada que a CP possa fazer", afirma Ana Portela.
Fonte: ionline