Picasso e Dali com vista para o Tejo
Visivelmente satisfeito, o novo director do Museu Colecção Berardo, em Lisboa, recebe-nos de sorriso rasgado no segundo piso do espaço. Pedro Lapa tem motivos para tanta tranquilidade. À frente do museu desde Abril deste ano, hoje é dia de inauguração primeira exposição que ali coordenou, de carácter permanente. A mostra sugere um passeio cronológico pelos "grandes ícones" da história da arte do século XX, como Duchamp, Picasso, Mondrian, Bacon ou Andy Warhol.
Antes de qualquer outra aspecto, Pedro Lapa insiste no carácter museológico que a exposição traz à instituição. Como é a primeira mostra permanente, é a que confere o título de museu propriamente dito ao Museu Colecção Berardo. Além disso, começa por contar Pedro Lapa, "permite fazer um percurso por obras e movimentos que constituíram a história da arte do século XX". São 250 peças desde 1900 até à década de 60.
O facto da apresentação seguir um perfil cronológico pelos movimentos mais significativos das vanguardas internacionais, deixa o antigo director do Museu do Chiado claramente orgulhoso: "Tem especial interesse para ser apresentada de forma continuada aos portugueses. No decurso do século XX, o país não teve arte moderna, contemporânea e internacional", recorda. Agora, diz, importante é utilizar este espaço "onde podemos estudar, fruir, e passear ao mesmo tempo".
Na primeira sala da exposição, somos recebidos pelo dadaísmo. Para inaugurar o trabalho de programação no museu, Pedro Lapa quis apostar numa componente didáctica. Para o director, "os movimentos não só pedem uma apresentação cronológica dentro dos cânones artísticos, como também são apresentados por pequenos textos que permitem contextualizar e estudar". Neste primeiro corredor encontramos uma da peças destacadas por Lapa: o porta-garrafas de Marcel Duchamp. "É um dos primeiros ''ReadyMade'' - objecto quotidiano transformado em arte - feitos em 1914. Foi uma revolução muito grande no processo artístico".
Ao longo do passeio, viajamos pelo cubismo, construtivismo, surrealismo, informalismo ou pop art. Entre vários nomes sonantes, deparamo-nos com peças de Dali, Klein, Vieira da Silva, Picasso, Mondrian e Andy Warhol. Sem querer revelar o orçamento que exige o Museu Colecção Berardo, Pedro Lapa evidenciou que tem a sorte em "tratar da programação, da escolha de artistas e de assuntos verdadeiramente interessantes". Admitiu, no entanto, que o "orçamento não é económico, mas é o necessário para uma casa com um papel de topo no panorama cultural nacional".
Sobre os próximos passos, pouco desvendou: "Vamos dar continuidade aos movimentos que nasceram a partir de 60 até hoje". Entre eles, o minimalismo, conceptualismo e arte povera. Outra das apostas é realizar exposições colectivas capazes de "tratar problemáticas transversais". A intenção é que o Museu Colecção Berardo se torne numa "plataforma de troca de exposições que coloquem as questões mais prementes nas práticas artísticas", revela.
Fonte: ionline
Antes de qualquer outra aspecto, Pedro Lapa insiste no carácter museológico que a exposição traz à instituição. Como é a primeira mostra permanente, é a que confere o título de museu propriamente dito ao Museu Colecção Berardo. Além disso, começa por contar Pedro Lapa, "permite fazer um percurso por obras e movimentos que constituíram a história da arte do século XX". São 250 peças desde 1900 até à década de 60.
O facto da apresentação seguir um perfil cronológico pelos movimentos mais significativos das vanguardas internacionais, deixa o antigo director do Museu do Chiado claramente orgulhoso: "Tem especial interesse para ser apresentada de forma continuada aos portugueses. No decurso do século XX, o país não teve arte moderna, contemporânea e internacional", recorda. Agora, diz, importante é utilizar este espaço "onde podemos estudar, fruir, e passear ao mesmo tempo".
Na primeira sala da exposição, somos recebidos pelo dadaísmo. Para inaugurar o trabalho de programação no museu, Pedro Lapa quis apostar numa componente didáctica. Para o director, "os movimentos não só pedem uma apresentação cronológica dentro dos cânones artísticos, como também são apresentados por pequenos textos que permitem contextualizar e estudar". Neste primeiro corredor encontramos uma da peças destacadas por Lapa: o porta-garrafas de Marcel Duchamp. "É um dos primeiros ''ReadyMade'' - objecto quotidiano transformado em arte - feitos em 1914. Foi uma revolução muito grande no processo artístico".
Ao longo do passeio, viajamos pelo cubismo, construtivismo, surrealismo, informalismo ou pop art. Entre vários nomes sonantes, deparamo-nos com peças de Dali, Klein, Vieira da Silva, Picasso, Mondrian e Andy Warhol. Sem querer revelar o orçamento que exige o Museu Colecção Berardo, Pedro Lapa evidenciou que tem a sorte em "tratar da programação, da escolha de artistas e de assuntos verdadeiramente interessantes". Admitiu, no entanto, que o "orçamento não é económico, mas é o necessário para uma casa com um papel de topo no panorama cultural nacional".
Sobre os próximos passos, pouco desvendou: "Vamos dar continuidade aos movimentos que nasceram a partir de 60 até hoje". Entre eles, o minimalismo, conceptualismo e arte povera. Outra das apostas é realizar exposições colectivas capazes de "tratar problemáticas transversais". A intenção é que o Museu Colecção Berardo se torne numa "plataforma de troca de exposições que coloquem as questões mais prementes nas práticas artísticas", revela.
Fonte: ionline