ExperimentaDesign começa hoje
A partir de hoje, colecções particulares de diferentes pessoas vão estar espalhadas por sete museus de Lisboa, desde latas de bebidas a paus recolhidos por um cão, passando por uma série de versões do álbum “Still”, dos Joy Division. “Sidelines/Colecções Pessoais em 7 Instituições Singulares”, com curadoria da historiadora de design britânica Emily King é uma das propostas da ExperimentaDesign para durante dois meses discutirmos o útil e o inútil. Useless é, em época de crise financeira, o tema escolhido pela bienal.
“Portugal, como outros países, está a atravessar um período difícil. Pareceu-me inútil começar a trazer grandes construções e colecções quando há tantas coisas fantásticas em Lisboa, que as pessoas não vêem. As pessoas não usam os recursos que têm. Pareceu-me uma contribuição mais útil para a bienal chamar a atenção para uma coisa que já lá está”, explicou ao PÚBLICO Emily King. Para ver nos museus Geológico, da Farmácia, de São Roque, do Teatro Romano, das Artes Decorativas, Arqueológico do Carmo e a Biblioteca Camões.
Para lançar o debate sobre a utilidade e a inutilidade, a Experimenta convidou D. Manuel Clemente, bispo do Porto, que faz hoje a partir das 16 horas no Cinema São Jorge, a primeira das Conferências de Lisboa – que se prolongam por esta semana inaugural, sempre no São Jorge, com os designers Heather Shaw e Marcel Wanders (amanhã às 15h), a dupla coreana Sulki e Min e o português Fernando Brízio (sexta-feira, às 15h), e o norte-americano Michael Rock e o brasileiro Marcelo Rosenbaum (sábado, 15h).
O curador Joseph Grima decidiu olhar para o tema da bienal noutra escala e o que nos mostra na Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva e na Mãe d’Água das Amoreiras é um conjunto de grandes projectos de infra-estruturas que foram abandonadas e esquecidas – construções que corresponderam a grandes sonhos da Humanidade e que, diz Grima, nos mostram que “a utilidade é muito subjectiva, e uma coisa que é útil num contexto pode ser completamente inútil noutro”. Por isso, conclui, “não podemos ter um julgamento absoluto, não sabemos como será a realidade de amanhã”.
Outra figura em destaque na bienal é o designer português Fernando Brízio, cuja exposição Desenho Habitado inaugura hoje no antigo Convento da Trindade. Brízio foi convidado a mostrar o seu trabalho e o seu processo criativo, e isso levou-o a mergulhar em caixas de coisas que guardou desde que começou a trabalhar, nos anos 90. A exposição vai mostrar de que forma nasceram os objectos que Brízio quer que falem connosco e, se possível, “nos tirem o tapete”.
Fonte: Público
“Portugal, como outros países, está a atravessar um período difícil. Pareceu-me inútil começar a trazer grandes construções e colecções quando há tantas coisas fantásticas em Lisboa, que as pessoas não vêem. As pessoas não usam os recursos que têm. Pareceu-me uma contribuição mais útil para a bienal chamar a atenção para uma coisa que já lá está”, explicou ao PÚBLICO Emily King. Para ver nos museus Geológico, da Farmácia, de São Roque, do Teatro Romano, das Artes Decorativas, Arqueológico do Carmo e a Biblioteca Camões.
Para lançar o debate sobre a utilidade e a inutilidade, a Experimenta convidou D. Manuel Clemente, bispo do Porto, que faz hoje a partir das 16 horas no Cinema São Jorge, a primeira das Conferências de Lisboa – que se prolongam por esta semana inaugural, sempre no São Jorge, com os designers Heather Shaw e Marcel Wanders (amanhã às 15h), a dupla coreana Sulki e Min e o português Fernando Brízio (sexta-feira, às 15h), e o norte-americano Michael Rock e o brasileiro Marcelo Rosenbaum (sábado, 15h).
O curador Joseph Grima decidiu olhar para o tema da bienal noutra escala e o que nos mostra na Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva e na Mãe d’Água das Amoreiras é um conjunto de grandes projectos de infra-estruturas que foram abandonadas e esquecidas – construções que corresponderam a grandes sonhos da Humanidade e que, diz Grima, nos mostram que “a utilidade é muito subjectiva, e uma coisa que é útil num contexto pode ser completamente inútil noutro”. Por isso, conclui, “não podemos ter um julgamento absoluto, não sabemos como será a realidade de amanhã”.
Outra figura em destaque na bienal é o designer português Fernando Brízio, cuja exposição Desenho Habitado inaugura hoje no antigo Convento da Trindade. Brízio foi convidado a mostrar o seu trabalho e o seu processo criativo, e isso levou-o a mergulhar em caixas de coisas que guardou desde que começou a trabalhar, nos anos 90. A exposição vai mostrar de que forma nasceram os objectos que Brízio quer que falem connosco e, se possível, “nos tirem o tapete”.
Fonte: Público