Nobel da Paz dividido por 3 mulheres


Tawakkul Karman, Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee foram distinguidas hoje em Oslo com o Nobel da Paz, atribuído pelo Instituto Nobel norueguês.

O comité norueguês decidiu atribuir o Nobel a estas três mulheres - as liberianas Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman - pela sua luta pacífica em nome dos direitos das mulheres. "Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a menos que as mulheres tenham as mesmas oportunidades do que os homens", escreve o comité em comunicado.

Ellen Johnson Sirleaf foi a primeira mulher africana a ser eleita, democraticamente, Presidente. Desde então "tem contribuído para a paz na Libéria, para a promoção do desenvolvimento económico e social e para reforçar a posição das mulheres".

Por seu lado, Leymah Gbowee conseguiu "mobilizar e organizar as mulheres de etnias e religiões diferentes a fim de conseguir acabar com a guerra na Libéria e garantir a sua participação nas eleições".

E nas circunstâncias mais difíceis, tanto antes como depois da "Primavera Árabe", Tawakkul Karman teve um papel de liderança na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia e paz no Iémen. Nas suas primeiras declarações, Karman disse estar "feliz e surpreendida" por ter recebido o Prémio, que dedica aos activistas da "Primavera Árabe". "É uma honra para todos os árabes, muçulmanos e para todas as mulheres", acrescentou, citada pela estação de televisão Al-Arabiya, sediada no Dubai.

No ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído a Liu Xiaobo pela sua "luta em nome dos direitos humanos fundamentais na China".

Até agora, apenas 12 mulheres receberam o Nobel da Paz, em 110 anos de história. A última foi a ecologista queniana Wangari Maathai que faleceu no final de Setembro.

A cerimónia de entrega do Nobel está marcada para 10 de Dezembro, em Oslo.

Vencedores do Prémio Nobel da Paz nos últimos dez anos:

2010: Liu Xiaobo (China)

2009: Barack Obama (Estados Unidos)

2008: Martti Ahtisaari (Finlândia)

2007: Al Gore (Estados Unidos) e Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC)

2006: Muhammad Yunus (Bangladesh) e Grameen Bank

2005: Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e Mohamed ElBaradei (Egipto)

2004: Wangari Maathai (Quénia)

2003: Shirin Ebadi (Irão)

2002: Jimmy Carter (Estados Unidos)Link
2001: Organização das Nações Unidas (ONU) e Kofi Annan (Gana)



Fonte: Público

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