Medicamentos mais baratos nos hipermercados
Em tempo de contenção, todas as indicações são preciosas. A Proteste fez um estudo relativamente ao preço de 19 dos 50 medicamentos mais vendidos e não sujeitos a receita médica em farmácias e outros estabelecimentos autorizados e constatou que nos pontos de venda dos hipermercados, a factura total fica mais barata 20%.
“Nos pontos de venda dos hipermercados, a factura total dos 19 medicamentos [para as dores de cabeça, gripe, anti-inflamatórios, etc.] que analisamos fica 20% e 19% mais barata do que nas farmácias e noutros locais de venda [para farmácias], respectivamente”, refere o estudo.
De acordo com a amostra feita, em Junho deste ano, os portugueses pagariam por aqueles 19 medicamentos, em média “€ 96,95 na farmácia, €96,03 noutro local autorizado. No hipermercado, custariam € 80,74”.
O estudo, ao qual responderam 69 farmácias e 344 outros estabelecimentos, incluindo 312 lojas em hipermercados, revela, por outro lado, que “o maior aumento dos preços desde o primeiro estudo, feito em 2006, coube às farmácias: 21%. Já nos outros estabelecimentos, a subida fixou-se em 17%, enquanto nas grandes superfícies não foi além de 1%, ou seja, mais 82 cêntimos”.
O estudo evidencia ainda que entre os medicamentos analisados, 12 são mais caros nas farmácias. Em comparação com os hipermercados, o preço a pagar, por exemplo, pelo Thrombocid pelo Aero OM, é mais 43% e 36%, respectivamente. Sucede que noutros pontos de venda, a carteira sai prejudicada em cinco casos, relativamente aos estabelecimentos nas grandes superfícies comerciais: Bisolvon, Mebocaína forte, Anti-grippine, Trifene 200 e Zovirax. Para os três primeiros medicamentos, os preços praticados são%, 18% e 17% mais elevados. A diferença é substancialmente menor em 8% Trifene 200 e 6% para o Zovirax se estes medicamentos forem adquiridos noutros locais de venda autorizada, como as para farmácias.
Entre 2008 e 2011, as farmácias perderam uma quota de mercado de 7%, um terreno que foi sendo gradualmente ocupado pelos restantes estabelecimentos. Contas feitas, até 2008, as farmácias ocupavam 91% da venda de fármacos sem receita. Os resultados do estudo, da responsabilidade de Teresa Rodrigues, permitem traçar o nível médio de preços para os 19 medicamentos que compõem o capaz da Proteste nos 18 distritos. Em Beja, seria necessária desembolsar, em média, € 95,71, um valor que desce, em média, para € 80,47 em Santarém.
Os distritos de Lisboa e Porto, onde se concentram 20% e 18% dos 413 estabelecimentos que responderam ao inquérito, fazem parte do leque dos distritos mais baratos: o cabaz fica apenas 4% mais caro do que em Santarém. Garante a Proteste que entre os 312 hipermercados analisados, o El Corte Inglês é o que pratica preços mais caros.
Este estudo será publicado na edição n.º 94 da revista Teste Saúde de Dezembro 2011-Janeiro 2012.
Fonte: Público
“Nos pontos de venda dos hipermercados, a factura total dos 19 medicamentos [para as dores de cabeça, gripe, anti-inflamatórios, etc.] que analisamos fica 20% e 19% mais barata do que nas farmácias e noutros locais de venda [para farmácias], respectivamente”, refere o estudo.
De acordo com a amostra feita, em Junho deste ano, os portugueses pagariam por aqueles 19 medicamentos, em média “€ 96,95 na farmácia, €96,03 noutro local autorizado. No hipermercado, custariam € 80,74”.
O estudo, ao qual responderam 69 farmácias e 344 outros estabelecimentos, incluindo 312 lojas em hipermercados, revela, por outro lado, que “o maior aumento dos preços desde o primeiro estudo, feito em 2006, coube às farmácias: 21%. Já nos outros estabelecimentos, a subida fixou-se em 17%, enquanto nas grandes superfícies não foi além de 1%, ou seja, mais 82 cêntimos”.
O estudo evidencia ainda que entre os medicamentos analisados, 12 são mais caros nas farmácias. Em comparação com os hipermercados, o preço a pagar, por exemplo, pelo Thrombocid pelo Aero OM, é mais 43% e 36%, respectivamente. Sucede que noutros pontos de venda, a carteira sai prejudicada em cinco casos, relativamente aos estabelecimentos nas grandes superfícies comerciais: Bisolvon, Mebocaína forte, Anti-grippine, Trifene 200 e Zovirax. Para os três primeiros medicamentos, os preços praticados são%, 18% e 17% mais elevados. A diferença é substancialmente menor em 8% Trifene 200 e 6% para o Zovirax se estes medicamentos forem adquiridos noutros locais de venda autorizada, como as para farmácias.
Entre 2008 e 2011, as farmácias perderam uma quota de mercado de 7%, um terreno que foi sendo gradualmente ocupado pelos restantes estabelecimentos. Contas feitas, até 2008, as farmácias ocupavam 91% da venda de fármacos sem receita. Os resultados do estudo, da responsabilidade de Teresa Rodrigues, permitem traçar o nível médio de preços para os 19 medicamentos que compõem o capaz da Proteste nos 18 distritos. Em Beja, seria necessária desembolsar, em média, € 95,71, um valor que desce, em média, para € 80,47 em Santarém.
Os distritos de Lisboa e Porto, onde se concentram 20% e 18% dos 413 estabelecimentos que responderam ao inquérito, fazem parte do leque dos distritos mais baratos: o cabaz fica apenas 4% mais caro do que em Santarém. Garante a Proteste que entre os 312 hipermercados analisados, o El Corte Inglês é o que pratica preços mais caros.
Este estudo será publicado na edição n.º 94 da revista Teste Saúde de Dezembro 2011-Janeiro 2012.
Fonte: Público