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Avisado das anteriores prestações do conjunto algarvio, Domingos Paciência apertou as marcações aos médios e extremos locais, criando muitas dificuldades à equipa de Jorge Costa. O 4x4x2 dos arsenalistas anulava Castro e Rui Duarte, os «pensadores» do Olhanense, vigiados por Vandinho e Hugo Viana. Alan e Paulo César travavam as intenções atacantes dos laterais Miguel Garcia e Stephane. Sem bola, os extremos dos locais (Ukra e Toy) poucas oportunidades tiveram para sobressair nos primeiros minutos.

A supremacia dos visitantes durou vinte minutos e teve como melhor momento um remate de Paulo César (13 minutos) de fora da área, que embateu na parte superior do poste esquerdo da baliza de Ventura. Só que o ritmo do Braga baixou e o Olhanense conseguiu finalmente entrar no jogo, fazendo aquilo que melhor sabe: trocas de bola curtas e seguras e velocidade nas alas. Isto deu-lhe domínio mas, tal como o Braga, pouca capacidade de criar lances de finalização. A excepção foi um livre de Sandro (24 minutos) que embateu na barra da baliza de Eduardo.

Penalty e Ventura para a rua

Estavam as equipas encaixadas à espera do intervalo, quando uma asneira de Anselmo (44 minutos), que atrasou mal de cabeça a bola para o seu guarda-redes, permitindo a intromissão de Alan, que foi derrubado por Ventura.

Grande penalidade bem assinalada por Jorge Sousa e expulsão do guarda-redes. Jorge Costa fez sair Toy, para a entrada de Bruno Veríssimo. Entre o lance e a marcação passaram-se três minutos e Meyong não foi capaz de transformar a preciosa oportunidade, atirando por cima da barra.

Alan resolve outra vez

Como se previa, na segunda parte o Braga atirou-se ao Olhanense, sem contudo criar muitas oportunidades de golo. Apesar da superioridade numérica, Domingos Paciência não arriscou muito nas substituições, trocando avançados por avançados (Paulo César por Matheus, Meyong por Adriano e Mossoró por Diogo Valente). O esquema manteve-se inalterável e só Alan ia conseguindo desequilibrar. Muito pouco para um líder, perante um adversário que neste período só defendeu. Medo de quê?