PS afronta Cavaco


O PS demorou mais de duas horas a responder e fê-lo através do braço-direito de José Sócrates, Pedro Silva Pereira. O ministro fez frente ao Presidente e avisou que este “é o pior dos momentos para lançar o país numa querela artificial”, em “polémicas inúteis” baseadas em “suspeições absurdas e totalmente infundadas”.


“Só há uma forma de lidar com este tipo de suspeições: é cortar o mal pela raiz””, disse.
Silva Pereira considerou que todo este caso foi “uma grave manipulação da verdade para prejudicar o PS e o Governo”, nas eleições.


A polémica, afirmou, das “escutas ou outras formas de vigilância, supostamente promovidas o Palácio de Belém pelo Governo ou por serviços na sua dependência, não teve origem a qualquer declaração de deputados do PS”. Foi uma suspeição que, realçou, se revelou “totalmente absurda e infundada” e que o Presidente não justificou.


Cavaco Silva escolheu a hora dos telejornais para uma comunicação ao país em que o Presidente acusou o PS de procurar manipular factos para encostar a primeira figura do Estado ao PSD, em pleno período eleitoral, e revelou que tomou medidas para que o correio electrónico da Presidência tenha a sua segurança reforçada.


Num tom de clara hostilidade contra o partido do Governo, o PS, que acaba de sair vitorioso das urnas e a cujo líder, José Sócrates, terá de indigitar nos próximos dias como primeiro-ministro, Cavaco Silva foi claro a classificar os acontecimentos de “manipulação”. Para garantir que não cede a pressões e considerar que, neste caso, “foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência”.




Fonte: Público

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