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Mais de uma hora depois de as projecções de resultados serem anunciados, Manuela Ferreira Leite apresentou-se para reconhecer a derrota, pela qual assume responsabilidade, dizendo ter telefonado a José Sócrates para lhe endereçar os parabéns.

Porém, numa declaração após a qual não aceitou ser interpelada, destacou a circunstância de o PS ter perdido a maioria absoluta e anunciou que, depois de 11 de Outubro, convocará o Conselho Nacional do partido para analisar este ciclo composto por três distintos actos eleitorais.

No Parlamento, garante, o PSD "não se calará nem deixará intimidar", notando que a perda da maioria deverá ser encarada como uma "exigência de mudança de atitutde política por quem vai assumir o poder". "O PSD é a alternativa responsável, e a democracia só existe com alternativas atentas e competentes", destacou a líder social-democrata, orgulhosa de uma campanha eleitoral e da forma como ela e os companheiros de partido se apresentaram: "Confiantes na nossa razão e na nossa força".

Hoje, inicia-se, oficialmente, a campanha para as eleições autárquicas, e é essa, pelo menos no discurso, a única prioridade, vincando que o processo ontem concluído é apenas a segunda etapa de "um ciclo eleitoral prolongado": "O PSD tem de estar mobilizado para as eleições autárquicas, em que merece ser confirmado como o maior partido autárquico".

Já o deputado social-democrata Miguel Frasquilho honra a forma como o PSD entrou no combate e dá os parabéns ao PS, mas salvaguarda que "mais importante, agora, é que amanhã começa a campanha eleitoral para as eleições autárquicas, e o partido tem de estar unido".

Dizendo ignorar se este resultado fará levantar vozes contestatárias no seio do partido, recusa, também, comentar o pepel que o presidente da República terá desempenhado neste processo eleitoral. Destaca, apenas, que "o país perdeu uma boa oportunidade para inverter o plano em que vai continuar".


Fonte: JN