Transformar rock em musical


Esta segunda-feira os Green Day puseram um Pavilhão Atlântico lotado aos pulos. Pena o final abrupto e inesperado.


Não foram as anunciadas três horas de concerto mas, mesmo assim, os Green Day conseguiram oferecer uma dose de adrenalina rara num concerto de rock. O grupo apresentou o novo álbum 21st Century Breakdown, que saiu em Maio último.


E a noite teria sido perfeita se no final do segundo encore não tivesse abandonado abruptamente o palco do Pavilhão Atlântico sem se despedirem de um público que, para além das palmas, foi capaz de oferecer "colaboradores" à banda norte-americana.


Isso mesmo, um cantor de ocasião e um guitarrista de excelência - ambos adolescentes - saltaram do público para tornar a experiência Green Day em cima do palco acessível aos fãs. A proximidade entre banda e audiência foi constante. Não raras vezes, Billy Joe Armstrong, o vocalista e performer todo poderoso chamou a si admiradores para os abraçar. Mais do que um simples concerto em que são debitadas canções, os Green Day oferecem um espectáculo muito semelhante a um musical. Não será por acaso que estão aliás a trabalhar numa obra com esse perfil.


Mas a noite trouxe ainda mais surpresas: por exemplo, o som do Pavilhão Atlântico quis colaborar com a potência que esta ex-banda punk e agora mais próxima do rock exige. Contudo, não foi só o som que tornou a actuação tão marcante. O investimento em cenários, luzes e outros adereços torna, de facto, o espectáculo dos Green Day diferente do que é habitual, ao ponto de os insistentes coros e incitamentos de Billy Joe Armstrong serem correspondidos sem enfado.


Na primeira parte deste concerto actuaram os também norte-americanos Primma Donna.



Fonte: DN

POSTED BY Joana Vieira
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