Porto vence e Falcao brilha
É justo que o letrista Carlos Tê não queira fazer uma canção em homenagem a Radamel Falcao, como fez com Mário Jardel. O avançado colombiano acaba de chegar a Portugal e ainda tem muito a provar antes de poder ser comparado ao brasileiro, cujos golos (163 na Liga portuguesa) lhe valeram a honra de entrar na canção de Rui Veloso. Mas, ao fim de sete jornadas, e sete golos, Falcao já merece ser considerado o melhor avançado portista no jogo aéreo e dentro da área desde que Jardel deixou o Dragão.
Foi a capacidade goleadora de Falcao que iniciou a vitória do FC Porto em Olhão (3-0). Para quem não conhecia o avançado contratado por 3,9 milhões de euros (60 por cento do passe) ao River Plate, o que mais impressiona é um jogador com 1,77 metros ter um jogo de cabeça tão decisivo. E quando se junta essa capacidade de impulsão a uma colocação exímia na área, estão reunidas as condições para um avançado de qualidade. Ainda que não mereça um verso (“voar como o Jardel sobre os centrais”) Falcao está afirmar-se como um homem decisivo no FC Porto, como provam os sete golos que já marcou na Liga.
O primeiro golo de Falcao surgiu antes e depois de momentos complicados para os tetracampeões. O Olhanense é uma equipa atrevida e nada resultadista. Ou seja, não é daquelas formações que se fecham na defesa. O FC Porto sentiu isso no início, mas teve a paciência e a inteligência para aproveitar a primeira vaga de ataque para se colocar em vantagem. Um remate de Fucile originou um canto e, nos dois minutos seguintes, o FC Porto não saiu da área do Olhanense. Na insistência após um canto, Belluschi encontrou Falcao (14’), que cabeceou para o golo. O colombiano esteve perto de marcar outra vez (16’), Éder desviou a bola para o poste da própria baliza (27’) e Hulk mostrou (30’) que é melhor a desequilibrar do que a finalizar, falhando um lance em que estava isolado. O golo da suposta tranquilidade só apareceu perto do intervalo, outra vez no jogo aéreo. Num livre estudado, Belluschi mostrou como se faz um cruzamento e Bruno Alves bateu Bruno Veríssimo (45’).
Mas não se pense que apenas o FC Porto fez coisas positivas. Apesar de algumas fragilidades defensivas, o Olhanense mostrou mais do que se poderia esperar de uma equipa que vem da II Liga. Olhão tem apenas 31.100 habitantes, quatro vezes menos do que o número de sócios do FC Porto. E o Olhanense vive com 1,2 milhões por época, uma ínfima parte do orçamento portista. Sandro na primeira parte acertou na barra (34’), mas foi no segundo tempo que a equipa de Jorge Costa (com três jogadores emprestados do Dragão) encostou o FC Porto às cordas. A equipa da casa pode queixar-se de um penálti não assinalado (Rabiola pareceu ter sido puxado por Bruno Alves aos 55’), pode lamentar que Álvaro Pereira tenha tirado a bola em cima da linha (59’) e pode recriminar-se pela falta de pontaria de Rabiola e Ukra, mais certeiros a criar oportunidades do que a finalizar.
A vaga do Olhanense em nada resultou e, depois de 30 minutos sofríveis na segunda parte, o FC Porto aproveitou o contra-ataque. Sucederam-se oportunidades, mas Falcao foi o único a marcar, após uma assistência de Hulk, que enviou duas bolas ao poste. O FC Porto ficou a dever a si próprio mais golos nestes contra-ataques, mas o Olhanense também não merecia uma derrota tão pesada.
Fonte: Público
O primeiro golo de Falcao surgiu antes e depois de momentos complicados para os tetracampeões. O Olhanense é uma equipa atrevida e nada resultadista. Ou seja, não é daquelas formações que se fecham na defesa. O FC Porto sentiu isso no início, mas teve a paciência e a inteligência para aproveitar a primeira vaga de ataque para se colocar em vantagem. Um remate de Fucile originou um canto e, nos dois minutos seguintes, o FC Porto não saiu da área do Olhanense. Na insistência após um canto, Belluschi encontrou Falcao (14’), que cabeceou para o golo. O colombiano esteve perto de marcar outra vez (16’), Éder desviou a bola para o poste da própria baliza (27’) e Hulk mostrou (30’) que é melhor a desequilibrar do que a finalizar, falhando um lance em que estava isolado. O golo da suposta tranquilidade só apareceu perto do intervalo, outra vez no jogo aéreo. Num livre estudado, Belluschi mostrou como se faz um cruzamento e Bruno Alves bateu Bruno Veríssimo (45’).
Mas não se pense que apenas o FC Porto fez coisas positivas. Apesar de algumas fragilidades defensivas, o Olhanense mostrou mais do que se poderia esperar de uma equipa que vem da II Liga. Olhão tem apenas 31.100 habitantes, quatro vezes menos do que o número de sócios do FC Porto. E o Olhanense vive com 1,2 milhões por época, uma ínfima parte do orçamento portista. Sandro na primeira parte acertou na barra (34’), mas foi no segundo tempo que a equipa de Jorge Costa (com três jogadores emprestados do Dragão) encostou o FC Porto às cordas. A equipa da casa pode queixar-se de um penálti não assinalado (Rabiola pareceu ter sido puxado por Bruno Alves aos 55’), pode lamentar que Álvaro Pereira tenha tirado a bola em cima da linha (59’) e pode recriminar-se pela falta de pontaria de Rabiola e Ukra, mais certeiros a criar oportunidades do que a finalizar.
A vaga do Olhanense em nada resultou e, depois de 30 minutos sofríveis na segunda parte, o FC Porto aproveitou o contra-ataque. Sucederam-se oportunidades, mas Falcao foi o único a marcar, após uma assistência de Hulk, que enviou duas bolas ao poste. O FC Porto ficou a dever a si próprio mais golos nestes contra-ataques, mas o Olhanense também não merecia uma derrota tão pesada.
Fonte: Público