Entrevista #9 - com Enday
Whisper - Para quem não vos conhece, qual é a história dos Enday?
Enday - Os ENDAY são um grupo de amigos de longa data, começamos a tocar desde muito cedo mas só por volta de 2005 é que começamos a tocar aovivo e a gravar CDs. Ter uma banda sempre foi um sonho partilhado por todos... que acabou por se tornar realidade.
W - Quais são as vossas principais influencias musicais?
E - As nossas influências musicais abrangem diversas sonoridades. Uma primeira impressão para quem ouve ENDAY pode ser associar a bandas como Lost Prophets, 30 Seconds to Mars, Story of the Year, Thrice, Anberlin, Paparoach ou Stone Sour. Contudo, também aprendemos muito a ouvir Foofighters, Kings of Leon, The Killers, Muse e até mesmo com bandas fora do universo do rock. Somos músicos com um espírito aberto, tentamos fazer uma coisa que muitas bandas se esquecem de fazer (por terem a cabeça demasiado acupada a pensar no seu umbigo): ouvimos tudo e sabemos apreciar tanto um albúm como um show sob o ponto de vista do “espectador”, e não apenas sob o ponto de vista do “músico”. O equilíbrio e harmonia entre estes aspectos é sem dúvida um ponto crucial para uma boa composição, contudo há que ver a música como um todo e não como riffs ou solos individuais.
W - Falem-nos um pouco sobre o vosso primeiro trabalho discográfico que está a ser gravado. Já está prevista alguma data para o seu lançamento?
E - Na verdade é o segundo trabalho de originais que gravamos, sendo o primeiro um EP promocional. O nosso álbum intitula-se “Green Smoke!”, foi gravado no Generator Studios por Miguel Marques (Easyway), e masterizado em Nova Yorque no West West Side Music Studio por Alan Douches (Fall Out Boy, Sepultura, Misfits, Chemical Brothers, Rum DMC, Senses Fail, Saves The Day, Converge, Mastodon…). O conceito gira todo em torno de uma mensagem de paz universal. Durante uma guerra, o fumo verde ou “green smoke” serve para marcar uma zona a não atacar, ou até mesmo um sessar fogo. A mensagem deste albúm não tem como ponto principal focar os problemas da guerra em concreto, mas sim apelar a que todas as pessoas encontrem paz interior e travem todas as guerras que têm consigo mesmas, que encontrem motivação para seguir em frente apesar de todos os ventos que sopram contra. Este trabalho é muito pessoal, as letras das canções representam os melhores e os piores episódios das nossas vidas até ao momento. Temos ainda a participação de Rodrigo Fortes (The Starvan) no primeiro single. O Rodrigo é nosso amigo já há alguns anos, dois de nós chegamos também a fazer parte dos Starvan no passado. As previsões do lançamento apontam para o mês de Desembro ou Janeiro.
W - O que nos podem adiantar sobre o vídeo clip que estão a fazer?
E - O vídeo está neste momento finalizado e está a ser enviado para os meios de comunicação. Este trabalho foi filmado em dois espaços bem distantes um do outro. A parte “indoor” no Aeródromo de Proença-a-Nova, e a parte “outdoor” nas dunas do Guincho. Constitui também o trabalho de estréia do bem conhecido músico e compositor Rodrigo Fortes no mundo da produção cinematográfica. Se tudo correr bem... o vídeo deverá sair umas semanas antes do CD, estejam atentos e votem na “Hit-List” assim que estiver no ar!
W - Sabemos que vocês conseguiram um contrato com a editora americana Cal Rock Records. Como o conseguiram e o que vos trouxe esta oportunidade?
E - O contacto com os EUA surgiu na gravação do nosso EP de estreia intitulado “Drowning in Pictures”. Existe uma espécie de relação profissional, ou de amizade nalguns casos, entre os produtores portugueses e produtores estrangeiros. Na finalização da mistura do EP o nosso produtor alertou-nos para o facto de termos que escolher alguém para masterizar o CD, falou-nos em alguns nomes e estúdios... por fim escolhemos o “West West Side” devido ao seu renome e portfólio. Passados alguns meses começámos a manter contacto com várias editoras, americanas e não só, como é também o caso da Lockjaw records UK. O EP chegou ainda a ser distribuído nos EUA pela editora californiana Cal Rock Records. Sinceramente não sabemos qual das editoras é que o fez, mas o facto e que também já está disponível no iTunes.
W - Acham que o punk já conquistou um lugar em Portugal?
E - Bem... o PUNK por excelência não só já conquistou o seu lugar em Portugal, como já cá anda há tempo suficiente para precisar de se adaptar a um novo público... No caso do punk numa vertente mais pop ou comercial... este sempre existiu e desde sempre que o seu lugar está muito bem deliniado na indústria, bem como o prazo de validade de cada banda... No outro dia estávamos a pensar nos primeiros concertos de PUNK que vimos cá em Portugal... bandas como NOXF, Pennywise e até mesmo os Lost Prophets quando ainda não eram ninguém faziam-nos saltar na Praça Sony durante horas no meio de uma multidão transpirada e embriagada, não havia nada que nos desse tanta motivação para tocar e compor como ter 16 anos e ver esse tipo de concertos. Pode-se dizer que já há 3 anos que o movimento punk tem vindo a cair, não adianta culpar ninguém pois a vida é feita de ciclos e nada é eterno... as coisas apenas fazem sentido quando inseridas num contexto, e o paradigma actual é outro. Mas o bom é que todas as épocas, embora acabem por passar, deixam-nos sempre bons clássicos e boas referências. Os portugueses Tara Perdida são um bom exemplo disso, o ultimo concerto que vi deles deixou-me com uma óptima impressão... parecia que estava a ver os Metallica, o som está adaptado a uma nova realidade, está muito bom! A sonoridade dos ENDAY tem lógicamente tendências enraizadas no punk, rock e hard core... embora sejamos uma banda que dá mais valor à carga dramática das melodias, estes estilos vão estar sempre associados às nossas músicas... como um “gato escondido com o rabo de fora”.
W - Existem projectos para o futuro?
E - Tivemos muito tempo afastados dos palcos para nos dedicarmos a este novo trabalho, por isso quase que não conseguimos pensar em mais nada a não ser dar concertos. No que diz respeito a este albúm, tentaremos manter as parcerias feitas até agora, mas ao mesmo tempo alargar a nossa “área de presença”. Apontamos os nossos objectivos para o Japão, Brasil, Canadá e Espanha. Temos obviamente outros planos, mas tentamos sempre fugir a este género de questões pois falar dos projectos futuros dá tanta sorte como receber os parabéns antecipadamente... para já queremos é fazer aquilo que mais gostamos, dar muitos concertos dentro e fora de Portugal.
W - Alguma mensagem que queiram aproveitar para dizer aos nossos leitores, aos vossos seguidores, às promotoras nacionais, etc?
E - Aos nossos seguidores: Segue sempre o que acreditas, nunca te sintas sozinho, não acredites em tudo o que te prometem, nunca percas o teu verdadeiro som, não imites ninguém, não sejas casmurro, ensaia, ensaia, ensaia até doer! Os lucros hão-de vir um dia, já estamos na fila.
Enday - Os ENDAY são um grupo de amigos de longa data, começamos a tocar desde muito cedo mas só por volta de 2005 é que começamos a tocar aovivo e a gravar CDs. Ter uma banda sempre foi um sonho partilhado por todos... que acabou por se tornar realidade.
W - Quais são as vossas principais influencias musicais?
E - As nossas influências musicais abrangem diversas sonoridades. Uma primeira impressão para quem ouve ENDAY pode ser associar a bandas como Lost Prophets, 30 Seconds to Mars, Story of the Year, Thrice, Anberlin, Paparoach ou Stone Sour. Contudo, também aprendemos muito a ouvir Foofighters, Kings of Leon, The Killers, Muse e até mesmo com bandas fora do universo do rock. Somos músicos com um espírito aberto, tentamos fazer uma coisa que muitas bandas se esquecem de fazer (por terem a cabeça demasiado acupada a pensar no seu umbigo): ouvimos tudo e sabemos apreciar tanto um albúm como um show sob o ponto de vista do “espectador”, e não apenas sob o ponto de vista do “músico”. O equilíbrio e harmonia entre estes aspectos é sem dúvida um ponto crucial para uma boa composição, contudo há que ver a música como um todo e não como riffs ou solos individuais.
W - Falem-nos um pouco sobre o vosso primeiro trabalho discográfico que está a ser gravado. Já está prevista alguma data para o seu lançamento?
E - Na verdade é o segundo trabalho de originais que gravamos, sendo o primeiro um EP promocional. O nosso álbum intitula-se “Green Smoke!”, foi gravado no Generator Studios por Miguel Marques (Easyway), e masterizado em Nova Yorque no West West Side Music Studio por Alan Douches (Fall Out Boy, Sepultura, Misfits, Chemical Brothers, Rum DMC, Senses Fail, Saves The Day, Converge, Mastodon…). O conceito gira todo em torno de uma mensagem de paz universal. Durante uma guerra, o fumo verde ou “green smoke” serve para marcar uma zona a não atacar, ou até mesmo um sessar fogo. A mensagem deste albúm não tem como ponto principal focar os problemas da guerra em concreto, mas sim apelar a que todas as pessoas encontrem paz interior e travem todas as guerras que têm consigo mesmas, que encontrem motivação para seguir em frente apesar de todos os ventos que sopram contra. Este trabalho é muito pessoal, as letras das canções representam os melhores e os piores episódios das nossas vidas até ao momento. Temos ainda a participação de Rodrigo Fortes (The Starvan) no primeiro single. O Rodrigo é nosso amigo já há alguns anos, dois de nós chegamos também a fazer parte dos Starvan no passado. As previsões do lançamento apontam para o mês de Desembro ou Janeiro.
W - O que nos podem adiantar sobre o vídeo clip que estão a fazer?
E - O vídeo está neste momento finalizado e está a ser enviado para os meios de comunicação. Este trabalho foi filmado em dois espaços bem distantes um do outro. A parte “indoor” no Aeródromo de Proença-a-Nova, e a parte “outdoor” nas dunas do Guincho. Constitui também o trabalho de estréia do bem conhecido músico e compositor Rodrigo Fortes no mundo da produção cinematográfica. Se tudo correr bem... o vídeo deverá sair umas semanas antes do CD, estejam atentos e votem na “Hit-List” assim que estiver no ar!
W - Sabemos que vocês conseguiram um contrato com a editora americana Cal Rock Records. Como o conseguiram e o que vos trouxe esta oportunidade?
E - O contacto com os EUA surgiu na gravação do nosso EP de estreia intitulado “Drowning in Pictures”. Existe uma espécie de relação profissional, ou de amizade nalguns casos, entre os produtores portugueses e produtores estrangeiros. Na finalização da mistura do EP o nosso produtor alertou-nos para o facto de termos que escolher alguém para masterizar o CD, falou-nos em alguns nomes e estúdios... por fim escolhemos o “West West Side” devido ao seu renome e portfólio. Passados alguns meses começámos a manter contacto com várias editoras, americanas e não só, como é também o caso da Lockjaw records UK. O EP chegou ainda a ser distribuído nos EUA pela editora californiana Cal Rock Records. Sinceramente não sabemos qual das editoras é que o fez, mas o facto e que também já está disponível no iTunes.
W - Acham que o punk já conquistou um lugar em Portugal?
E - Bem... o PUNK por excelência não só já conquistou o seu lugar em Portugal, como já cá anda há tempo suficiente para precisar de se adaptar a um novo público... No caso do punk numa vertente mais pop ou comercial... este sempre existiu e desde sempre que o seu lugar está muito bem deliniado na indústria, bem como o prazo de validade de cada banda... No outro dia estávamos a pensar nos primeiros concertos de PUNK que vimos cá em Portugal... bandas como NOXF, Pennywise e até mesmo os Lost Prophets quando ainda não eram ninguém faziam-nos saltar na Praça Sony durante horas no meio de uma multidão transpirada e embriagada, não havia nada que nos desse tanta motivação para tocar e compor como ter 16 anos e ver esse tipo de concertos. Pode-se dizer que já há 3 anos que o movimento punk tem vindo a cair, não adianta culpar ninguém pois a vida é feita de ciclos e nada é eterno... as coisas apenas fazem sentido quando inseridas num contexto, e o paradigma actual é outro. Mas o bom é que todas as épocas, embora acabem por passar, deixam-nos sempre bons clássicos e boas referências. Os portugueses Tara Perdida são um bom exemplo disso, o ultimo concerto que vi deles deixou-me com uma óptima impressão... parecia que estava a ver os Metallica, o som está adaptado a uma nova realidade, está muito bom! A sonoridade dos ENDAY tem lógicamente tendências enraizadas no punk, rock e hard core... embora sejamos uma banda que dá mais valor à carga dramática das melodias, estes estilos vão estar sempre associados às nossas músicas... como um “gato escondido com o rabo de fora”.
W - Existem projectos para o futuro?
E - Tivemos muito tempo afastados dos palcos para nos dedicarmos a este novo trabalho, por isso quase que não conseguimos pensar em mais nada a não ser dar concertos. No que diz respeito a este albúm, tentaremos manter as parcerias feitas até agora, mas ao mesmo tempo alargar a nossa “área de presença”. Apontamos os nossos objectivos para o Japão, Brasil, Canadá e Espanha. Temos obviamente outros planos, mas tentamos sempre fugir a este género de questões pois falar dos projectos futuros dá tanta sorte como receber os parabéns antecipadamente... para já queremos é fazer aquilo que mais gostamos, dar muitos concertos dentro e fora de Portugal.
W - Alguma mensagem que queiram aproveitar para dizer aos nossos leitores, aos vossos seguidores, às promotoras nacionais, etc?
E - Aos nossos seguidores: Segue sempre o que acreditas, nunca te sintas sozinho, não acredites em tudo o que te prometem, nunca percas o teu verdadeiro som, não imites ninguém, não sejas casmurro, ensaia, ensaia, ensaia até doer! Os lucros hão-de vir um dia, já estamos na fila.