Bertrand à venda?
A Bertrand e o Círculo de Leitores poderão mudar de mãos muito em breve.
A Bertelsmann, grupo multimédia alemão que detém ambas as empresas, admite a existência de "negociações intensivas" tendo em vista a venda.
A notícia avançada ontem pelo "Diário Económico" vem de encontro aos rumores que há mais de um ano apontavam para o hipotético interesse da DirectGroup Bertelsmann em desfazer-se das empresas adquiridas em 2003, constituídas em Portugal pela rede de livrarias Bertrand (com 54 lojas), Círculo de Leitores e editoras Bertrand, Pergaminho, Temas & Debates e Quetzal.
Em comunicado enviado às redacções, um porta-voz do grupo adianta que a multinacional "está actualmente a rever todas as opções relativas à estrutura de propriedade da sua empresa portuguesa". Ainda no mesmo documento pode ler-se que "no âmbito deste processo estamos em intensivas negociações com várias partes com o objectivo de avaliar diferentes opções. Este é um processo aberto e pode ou não conduzir a uma venda destes negócios".
Segundo o "Diário Económico", um banco de investimento internacional já terá sido mesmo mandatado para encontrar possíveis compradores para o conjunto de empresas que, no ano passado, facturaram 65 milhões de euros, logo atrás da Porto Editora e do Grupo Leya.
A venda dos activos portugueses inscreve-se no processo de desinvestimento internacional do DirectGroup, anunciado há um ano. Numa primeira fase, a multinacional excluiu Portugal dessas operações, mas, após uma avaliação do mercado nacional, decidiu avançar com o processo.
A provável venda da Bertrand/ Círculo de Leitores vem coroar um ano agitado no mercado editorial português. Depois de, há menos de dois anos, se ter assistido a um esforço de concentração do sector - com a entrada em cena do Grupo Leya -, esperar-se-iam tempos de acalmia. Mas a deterioração do clima económico veio agravar a situação financeira de várias editoras, precipitando várias falências.
As livrarias não estiveram imunes: há um ano, abria falência a Byblos, detida por Américo Areal, que fechou o seu espaço em Lisboa - o maior do país - sem concretizar o projecto similar previsto para o Porto.
A Campo das Letras, editora fundada no Porto em 1994, abriu no início do ano um processo de insolvência que deverá ficar concluído em breve. Ainda no primeiro trimestre, a Buchholz apresentou falência. Frustrada a compra pela Fundação Agostinho Fernandes, a livraria seria adquirida pela Coimbra Editora. Já na recta final do ano, foi divulgada a falência das Quasi, editora fundada por Jorge Reis-Sá há 11 anos.
Fonte: JN
A Bertelsmann, grupo multimédia alemão que detém ambas as empresas, admite a existência de "negociações intensivas" tendo em vista a venda.
A notícia avançada ontem pelo "Diário Económico" vem de encontro aos rumores que há mais de um ano apontavam para o hipotético interesse da DirectGroup Bertelsmann em desfazer-se das empresas adquiridas em 2003, constituídas em Portugal pela rede de livrarias Bertrand (com 54 lojas), Círculo de Leitores e editoras Bertrand, Pergaminho, Temas & Debates e Quetzal.
Em comunicado enviado às redacções, um porta-voz do grupo adianta que a multinacional "está actualmente a rever todas as opções relativas à estrutura de propriedade da sua empresa portuguesa". Ainda no mesmo documento pode ler-se que "no âmbito deste processo estamos em intensivas negociações com várias partes com o objectivo de avaliar diferentes opções. Este é um processo aberto e pode ou não conduzir a uma venda destes negócios".
Segundo o "Diário Económico", um banco de investimento internacional já terá sido mesmo mandatado para encontrar possíveis compradores para o conjunto de empresas que, no ano passado, facturaram 65 milhões de euros, logo atrás da Porto Editora e do Grupo Leya.
A venda dos activos portugueses inscreve-se no processo de desinvestimento internacional do DirectGroup, anunciado há um ano. Numa primeira fase, a multinacional excluiu Portugal dessas operações, mas, após uma avaliação do mercado nacional, decidiu avançar com o processo.
A provável venda da Bertrand/ Círculo de Leitores vem coroar um ano agitado no mercado editorial português. Depois de, há menos de dois anos, se ter assistido a um esforço de concentração do sector - com a entrada em cena do Grupo Leya -, esperar-se-iam tempos de acalmia. Mas a deterioração do clima económico veio agravar a situação financeira de várias editoras, precipitando várias falências.
As livrarias não estiveram imunes: há um ano, abria falência a Byblos, detida por Américo Areal, que fechou o seu espaço em Lisboa - o maior do país - sem concretizar o projecto similar previsto para o Porto.
A Campo das Letras, editora fundada no Porto em 1994, abriu no início do ano um processo de insolvência que deverá ficar concluído em breve. Ainda no primeiro trimestre, a Buchholz apresentou falência. Frustrada a compra pela Fundação Agostinho Fernandes, a livraria seria adquirida pela Coimbra Editora. Já na recta final do ano, foi divulgada a falência das Quasi, editora fundada por Jorge Reis-Sá há 11 anos.
Fonte: JN