Benfica derrota V. Guimarães


Um bis de Carlos Martins resolveu a partida do Estádio da Luz, em que o Benfica recebeu e venceu o V. Guimarães por 3-1. O internacional português resolveu uma partida que nunca foi fácil para os "encarnados" e que chegou ao intervalo empatada a um golo.

Em Junho de 2008 a equipa directiva liderada por Rui Costa foi até Espanha recrutar Carlos Martins ao Recreativo Huelva. Um gesto ousado (o rival Sporting não tinha renovado a aposta num dos seus formandos) e caro, três milhões de euros por um jogador que em Alvalade tinha passado mais tempo na enfermaria do que no relvado. A primeira época confirmou tudo isso. Até ontem, na estreia dos benfiquistas em casa na segunda volta do campeonato: os seus dois golos foram fundamentais para manter o Benfica na rota do título. Só por isso vale cada euro apostado, até os 1,2 milhões pagos aos “leões” pelos direitos da formação.

Foi um castigo demasiado pesado para o V. Guimarães, carrasco dos “encarnados” na Taça de Portugal. Com personalidade, os minhotos não se deixaram pisar por um Benfica que esta época aprendeu a ser avassalador em casa. Mas foi com a marca e a assinatura de Carlos Martins que o Benfica vergou o adversário impertinente, que tinha empatado o jogo e arrastava o cronómetro no segundo tempo.

Mas não foi só Martins a ficar para a história. Outro renegado (dispensado do Valência para o Saragoça), Aimar ganhou uma segunda vida na Luz e foi dele o primeiro golo do jogo, enquanto nos vimaranenses, Assis (a quem abriram a porta — das traseiras — para sair da Luz) mostra sempre a sua qualidade quando defronta o seu antigo clube.

E foi neste palco que brilhou Martins — aos 50’ bateu Nilson com um remate cheio de força. Festejou, gritou, esbracejou com a Luz estendida ao seu pé direito. Dez minutos depois agradeceu com a nota mais bem tirada da noite.

Há quatro anos que o Benfica não batia o V. Guimarães em casa. Foi no tempo de Simão e Miccoli (autores dos golos) que em Outubro de 2005 os vimaranenses tinham saído derrotados. Esta época, Jesus já tinha experimentado tudo com os estes irredutíveis do Minho: vitória fora, empate para a Taça da Liga e derrota na Taça de Portugal.

Na véspera, os bracarenses venceram o Sporting e não deixaram a liderança da Liga. Horas antes, o FC Porto avisara com uma goleada na Madeira. O alarme disparara. Mesmo com Cardozo em noite desinspirada e Saviola escondido, os argumentos vieram doutro lado. Desta vez de Martins, que foi o céu e o inferno. A mão e a expulsão deixaram-no no limbo. Saiu mais cedo, não por lesão desta vez, mas por cartões a mais. No final, nem Quim deixou encurtar a vantagem, nem o Benfica deixou o Sp. Braga fugir.




Fonte: Público

POSTED BY Joana Vieira
POSTED IN
DISCUSSION