Haiti: Missão portuguesa parte hoje
A catástrofe humanitária provocada pelo sismo de terça-feira, no Haiti, está a mobilizar forte auxílio, a nível internacional, no qual se insere Portugal, que hoje envia uma missão de cerca de 30 elementos.
Em conferência de imprensa conjunta com alguns dos responsáveis pelo envio da força, João Gomes Cravinho, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, anunciou a realização de uma reunião de doadores, que deverá ocorrer até à Páscoa. “O que prevejo é que se irá fazer uma reunião de doadores que me surpreenderia se fosse muito mais tarde do que a Páscoa”, disse.
Paralelamente, a secretária de Estado da cooperação espanhola, Soraya Rodriguez, “convocou para segunda-feira, uma reunião, em Bruxelas, dos responsáveis pela cooperação para começar a pensar já o processo de reconstrução”, disse Cravinho.
A missão portuguesa hoje enviada é constituída por um grupo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), para a área de emergência médica e acções de socorrismo e de pequena cirurgia, da Força Especial de Bombeiros para a montagem, organização e funcionamento do campo, uma representante do Instituto de Medicina Legal para aspectos relacionados com a medicina forense, e por uma equipa de cinco pessoas da AMI.
A resposta portuguesa à catástrofe, que se traduz para já nesta missão que deverá prolongar-se por pelo menos sete dias, decorre da activação do mecanismo europeu de protecção civil, por sua vez solicitado pelas autoridades do Haiti, afirmou na conferência de Imprensa o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), general Arnaldo Cruz. No aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, de onde parte hoje o C-130 com a força portuguesa, Arnaldo Cruz afirmou que a tarefa portuguesa imediata é montar um campo para os desalojados.
Campo de desalojados
“O Governo português entendeu incumbir a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) de organizar uma força conjunta para essa missão”, disse, adiantando que o Executivo decidiu também que a força fosse acompanhada por uma representação da Assistência Médica Internacional (AMI). “A missão desta força portuguesa é montar um campo de desalojados para alojamento de emergência e temporário e assegurar que o campo tem capacidade de emergência médica e assistência e prestação de primeiros socorros e algumas acções de primeira cirurgia”, referiu.
O apoio às vítimas deverá decorrer até 22 de Janeiro, sendo possível que o campo continue depois a ser utilizado, sob gestão da AMI, avançou o general referindo que a força está organizada num pequeno núcleo de comando da ANPC, com cinco pessoas. As questões de natureza logística e comunicações são asseguradas pela protecção civil.
“A força inserir-se-á no quadro de empenhamento internacional ligando-se à representação do mecanismo europeu presente no Haiti, que por sua vez está articulado com a ONU”, disse. Por seu turno, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, referiu a celeridade da resposta de Portugal, dado o Conselho de Ministros ter decido quinta-feira prestar ajuda humanitária ao Haiti, “ajuda essa que se concretizou no mais breve tempo possível”.
Na perspectiva do Governo português, a prestação deste auxílio corresponde a um “dever no plano internacional”. “Todos sabem já que no Haiti se regista uma catástrofe de proporções verdadeiramente devastadoras”, afirmou Rui Pereira. “É portanto um dever de todos nós contribuir de uma forma equilibrada, proporcionada, dentro das nossas possibilidades, para minimizar o sofrimento daqueles que ficaram desalojados”.
Fernando Nobre, presidente da AMI, garantiu que a organização ficará no terreno “o tempo que for necessário para ajudar a estabilizar a situação”. A AMI, que já tinha enviado dois elementos para o Haiti, enviou hoje cinco elementos, chefiados por um administrador com larga experiência nestes cenários de catástrofes. O Governo perspectiva como possível o envio de mais meios e mais carga que não foi praticável transportar hoje.
Fonte: Público
Em conferência de imprensa conjunta com alguns dos responsáveis pelo envio da força, João Gomes Cravinho, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, anunciou a realização de uma reunião de doadores, que deverá ocorrer até à Páscoa. “O que prevejo é que se irá fazer uma reunião de doadores que me surpreenderia se fosse muito mais tarde do que a Páscoa”, disse.
Paralelamente, a secretária de Estado da cooperação espanhola, Soraya Rodriguez, “convocou para segunda-feira, uma reunião, em Bruxelas, dos responsáveis pela cooperação para começar a pensar já o processo de reconstrução”, disse Cravinho.
A missão portuguesa hoje enviada é constituída por um grupo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), para a área de emergência médica e acções de socorrismo e de pequena cirurgia, da Força Especial de Bombeiros para a montagem, organização e funcionamento do campo, uma representante do Instituto de Medicina Legal para aspectos relacionados com a medicina forense, e por uma equipa de cinco pessoas da AMI.
A resposta portuguesa à catástrofe, que se traduz para já nesta missão que deverá prolongar-se por pelo menos sete dias, decorre da activação do mecanismo europeu de protecção civil, por sua vez solicitado pelas autoridades do Haiti, afirmou na conferência de Imprensa o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), general Arnaldo Cruz. No aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, de onde parte hoje o C-130 com a força portuguesa, Arnaldo Cruz afirmou que a tarefa portuguesa imediata é montar um campo para os desalojados.
Campo de desalojados
“O Governo português entendeu incumbir a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) de organizar uma força conjunta para essa missão”, disse, adiantando que o Executivo decidiu também que a força fosse acompanhada por uma representação da Assistência Médica Internacional (AMI). “A missão desta força portuguesa é montar um campo de desalojados para alojamento de emergência e temporário e assegurar que o campo tem capacidade de emergência médica e assistência e prestação de primeiros socorros e algumas acções de primeira cirurgia”, referiu.
O apoio às vítimas deverá decorrer até 22 de Janeiro, sendo possível que o campo continue depois a ser utilizado, sob gestão da AMI, avançou o general referindo que a força está organizada num pequeno núcleo de comando da ANPC, com cinco pessoas. As questões de natureza logística e comunicações são asseguradas pela protecção civil.
“A força inserir-se-á no quadro de empenhamento internacional ligando-se à representação do mecanismo europeu presente no Haiti, que por sua vez está articulado com a ONU”, disse. Por seu turno, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, referiu a celeridade da resposta de Portugal, dado o Conselho de Ministros ter decido quinta-feira prestar ajuda humanitária ao Haiti, “ajuda essa que se concretizou no mais breve tempo possível”.
Na perspectiva do Governo português, a prestação deste auxílio corresponde a um “dever no plano internacional”. “Todos sabem já que no Haiti se regista uma catástrofe de proporções verdadeiramente devastadoras”, afirmou Rui Pereira. “É portanto um dever de todos nós contribuir de uma forma equilibrada, proporcionada, dentro das nossas possibilidades, para minimizar o sofrimento daqueles que ficaram desalojados”.
Fernando Nobre, presidente da AMI, garantiu que a organização ficará no terreno “o tempo que for necessário para ajudar a estabilizar a situação”. A AMI, que já tinha enviado dois elementos para o Haiti, enviou hoje cinco elementos, chefiados por um administrador com larga experiência nestes cenários de catástrofes. O Governo perspectiva como possível o envio de mais meios e mais carga que não foi praticável transportar hoje.
Fonte: Público