Escassez de sangue em Portugal
Por causa da falta de reservas de sangue já há hospitais sem capacidade para fazer cirurgias planeadas, apenas conseguindo dar resposta a operações de urgência, afirma o presidente do Instituto Português do Sangue, Gabriel de Olim. “A situação é a mais difícil dos últimos três anos”.
O sangue colhido apenas se conserva durante 42 dias. Neste momento Portugal atravessa “uma situação de quase penúria” ao nível do armazenamento, tendo reservas para fazer face apenas às necessidades das unidades de saúde para dois dias, sublinha; a média do ano passado andou próximo dos nove dias e nunca desceu abaixo dos sete, refere o responsável. “Está a ser duro. Não se pode ir comprar sangue às farmácias”.
“Estamos a gastar 1034 sacos de sangue por dia [cada um equivale a uma doação] e as colheitas [diárias] andam pelas 970”. Portugal até costuma ser auto-suficiente, com 40 doações por mil habitantes, face às 37 por mil habitantes da média europeia. “A situação que estamos a viver é invulgar e esperemos que seja pontual”.
As razões apontadas são várias. Cerca de 70 por cento das colheitas de sangue são feitas ao fim-de-semana, sobretudo em associações de dadores, e são sobretudo estas recolhas que alimentam o sistema durante a semana. Com o mau tempo dos meses de Janeiro e Fevereiro menos pessoas saíram de casa para fazer doações, constata.
Gabriel de Olim junta aos locais onde há mais doações as empresas, nomeadamente fábricas. O encerramento de muitas empresas e a diminuição da mão-de-obra noutras também teve repercussões ao nível da diminuição de recolhas, explica.
Mas a grande mudança deu-se nos gastos de sangue com as necessidades crescentes do sistema de saúde. Nos últimos quatro anos tem havido um aumento das cirurgias, resultado da recuperação das listas de espera, da melhor rentabilização dos blocos operatórios e do aumento do número de transplantes de órgãos, enuncia. Todas estas intervenções exigem sangue, explica.
Para o sistema ser sustentável é preciso encontrar 1100 dadores todos os dias, quando eles actualmente não passam dos 970. Os dadores têm uma idade média de 35 anos e 51 por cento são mulheres.
Com o aproximar da terça-feira de Carnaval e a entrada de férias de muitas pessoas, o Instituto Português do Sangue veio fazer um apelo especial aos cidadãos da Grande Lisboa para doarem sangue “ainda hoje ou logo que possível”, já que esta zona é a região mais afectada por uma “baixa acentuada nas reservas nacionais”.
Por isso, as pessoas em condições de doar sangue poderão recorrer aos locais habituais e a outros sete postos de colheita:
Centro Regional de Saúde de Lisboa- Parque da Saúde, Av. Do Brasil, 53, pavilhão 17, das 08h00 às 21h00
Unidades Móveis:
Loja do Cidadão nas Laranjeiras das 09h00 às 21h00
Parque Expo (junto à Gare do Oriente) das 15h00 às 21h00
Posto Móvel ( Hospital Egas Moniz) das 9h00 às 13h30
Hospital de São José - Serviço de Imuno-Hemoterapia das 8h30 às 18h00
Hospital Amadora Sintra – Serviço de Imuno-hemoterapia das 8h30 às 20h00
Instituto Português de Oncologia de Lisboa - Serviço de Imuno- hemoterapia, 2º andar, das 9h00 às 17h00
Outros locais onde pode dar sangue: http://www.ipsangue.org/maxcontent-documento-95.html
Fonte: Público
O sangue colhido apenas se conserva durante 42 dias. Neste momento Portugal atravessa “uma situação de quase penúria” ao nível do armazenamento, tendo reservas para fazer face apenas às necessidades das unidades de saúde para dois dias, sublinha; a média do ano passado andou próximo dos nove dias e nunca desceu abaixo dos sete, refere o responsável. “Está a ser duro. Não se pode ir comprar sangue às farmácias”.
“Estamos a gastar 1034 sacos de sangue por dia [cada um equivale a uma doação] e as colheitas [diárias] andam pelas 970”. Portugal até costuma ser auto-suficiente, com 40 doações por mil habitantes, face às 37 por mil habitantes da média europeia. “A situação que estamos a viver é invulgar e esperemos que seja pontual”.
As razões apontadas são várias. Cerca de 70 por cento das colheitas de sangue são feitas ao fim-de-semana, sobretudo em associações de dadores, e são sobretudo estas recolhas que alimentam o sistema durante a semana. Com o mau tempo dos meses de Janeiro e Fevereiro menos pessoas saíram de casa para fazer doações, constata.
Gabriel de Olim junta aos locais onde há mais doações as empresas, nomeadamente fábricas. O encerramento de muitas empresas e a diminuição da mão-de-obra noutras também teve repercussões ao nível da diminuição de recolhas, explica.
Mas a grande mudança deu-se nos gastos de sangue com as necessidades crescentes do sistema de saúde. Nos últimos quatro anos tem havido um aumento das cirurgias, resultado da recuperação das listas de espera, da melhor rentabilização dos blocos operatórios e do aumento do número de transplantes de órgãos, enuncia. Todas estas intervenções exigem sangue, explica.
Para o sistema ser sustentável é preciso encontrar 1100 dadores todos os dias, quando eles actualmente não passam dos 970. Os dadores têm uma idade média de 35 anos e 51 por cento são mulheres.
Com o aproximar da terça-feira de Carnaval e a entrada de férias de muitas pessoas, o Instituto Português do Sangue veio fazer um apelo especial aos cidadãos da Grande Lisboa para doarem sangue “ainda hoje ou logo que possível”, já que esta zona é a região mais afectada por uma “baixa acentuada nas reservas nacionais”.
Por isso, as pessoas em condições de doar sangue poderão recorrer aos locais habituais e a outros sete postos de colheita:
Centro Regional de Saúde de Lisboa- Parque da Saúde, Av. Do Brasil, 53, pavilhão 17, das 08h00 às 21h00
Unidades Móveis:
Loja do Cidadão nas Laranjeiras das 09h00 às 21h00
Parque Expo (junto à Gare do Oriente) das 15h00 às 21h00
Posto Móvel ( Hospital Egas Moniz) das 9h00 às 13h30
Hospital de São José - Serviço de Imuno-Hemoterapia das 8h30 às 18h00
Hospital Amadora Sintra – Serviço de Imuno-hemoterapia das 8h30 às 20h00
Instituto Português de Oncologia de Lisboa - Serviço de Imuno- hemoterapia, 2º andar, das 9h00 às 17h00
Outros locais onde pode dar sangue: http://www.ipsangue.org/maxcontent-documento-95.html
Fonte: Público