Morreu Hermínia d’Antónia de Sal
Uma das mais importantes vozes da música cabo-verdiana, a cantora Hermínia d’Antónia de Sal, morreu na noite passada, na ilha do Sal, aos 65 anos.
Em menos de um ano, a cultura cabo-verdiana perdeu sete grandes nomes, cinco deles na música - Lela Violão (Maio de 2009), Manel d’Novas (Setembro de 2009), Codé di Dona (6 de Janeiro deste ano), Vadú (13 de Janeiro) e agora Hermínia. Outros dos nomes da cultura do país estavam ligados à Literatura - os poetas, escritores e ensaístas Mário Fonseca (Setembro de 2009) e Luís Romano (23 de Janeiro deste ano).
Hermínia d’Antónia de Sal, como era conhecida no país, começou a cantar desde criança, mas gravou o seu primeiro disco apenas há 12 anos. “A minha mãe tocava violão e cavaquinho e ensinou-me a cantar e também a tocar. Adorava cantar mornas, coladeiras, que eram as músicas que a minha mãe me ensinava”, contou a artista à agência Lusa, em 2008.
Prima de Cesária Évora, e nascida na ilha de São Vicente, Hermínia foi viver para casa de uma tia na ilha do Sal aos 12 anos, após a morte da mãe. Mas foi em São Vicente, aos 33 anos, que teve oportunidade de mostrar a sua voz ao país, ao gravar uma morna nos estúdios da Rádio Nacional em Mindelo.
“Gravámos uma morna que se chama ‘Cavol’. A partir daí, começaram a convidar-me para cantar em vários lugares, nos restaurantes, nas noites cabo-verdianas. Cesária Évora ia cantar no Hotel Porto Grande (na altura o maior do Mindelo) e chamou-me para fazer a primeira parte do espectáculo”, relembrou na entrevista à Lusa.
Hermínia soube, meses depois, que a sua vida ia mudar, quando o músico cabo-verdiano Vasco Martins foi a casa dela dizer-lhe que um francês tinha gravado o espectáculo e queria fazer um disco.
“Fiquei surpresa, porque eu nem sabia que eles estavam a gravar”, afirmou, lembrando que, depois, foram quatro meses de gravação para o primeiro CD, com mornas tradicionais e algumas que Vasco Martins compôs. Depois, o produtor levou-a a vários palcos do mundo, principalmente festivais.
Anos mais tarde, gravou o seu segundo CD, no qual relembrou as músicas antigas que a mãe lhe ensinava. Desde então, cantou em vários países, como Portugal, França, Holanda, Itália, Bélgica, Espanha, Costa do Marfim e Senegal.
Fonte: Público
Em menos de um ano, a cultura cabo-verdiana perdeu sete grandes nomes, cinco deles na música - Lela Violão (Maio de 2009), Manel d’Novas (Setembro de 2009), Codé di Dona (6 de Janeiro deste ano), Vadú (13 de Janeiro) e agora Hermínia. Outros dos nomes da cultura do país estavam ligados à Literatura - os poetas, escritores e ensaístas Mário Fonseca (Setembro de 2009) e Luís Romano (23 de Janeiro deste ano).
Hermínia d’Antónia de Sal, como era conhecida no país, começou a cantar desde criança, mas gravou o seu primeiro disco apenas há 12 anos. “A minha mãe tocava violão e cavaquinho e ensinou-me a cantar e também a tocar. Adorava cantar mornas, coladeiras, que eram as músicas que a minha mãe me ensinava”, contou a artista à agência Lusa, em 2008.
Prima de Cesária Évora, e nascida na ilha de São Vicente, Hermínia foi viver para casa de uma tia na ilha do Sal aos 12 anos, após a morte da mãe. Mas foi em São Vicente, aos 33 anos, que teve oportunidade de mostrar a sua voz ao país, ao gravar uma morna nos estúdios da Rádio Nacional em Mindelo.
“Gravámos uma morna que se chama ‘Cavol’. A partir daí, começaram a convidar-me para cantar em vários lugares, nos restaurantes, nas noites cabo-verdianas. Cesária Évora ia cantar no Hotel Porto Grande (na altura o maior do Mindelo) e chamou-me para fazer a primeira parte do espectáculo”, relembrou na entrevista à Lusa.
Hermínia soube, meses depois, que a sua vida ia mudar, quando o músico cabo-verdiano Vasco Martins foi a casa dela dizer-lhe que um francês tinha gravado o espectáculo e queria fazer um disco.
“Fiquei surpresa, porque eu nem sabia que eles estavam a gravar”, afirmou, lembrando que, depois, foram quatro meses de gravação para o primeiro CD, com mornas tradicionais e algumas que Vasco Martins compôs. Depois, o produtor levou-a a vários palcos do mundo, principalmente festivais.
Anos mais tarde, gravou o seu segundo CD, no qual relembrou as músicas antigas que a mãe lhe ensinava. Desde então, cantou em vários países, como Portugal, França, Holanda, Itália, Bélgica, Espanha, Costa do Marfim e Senegal.
Fonte: Público