Amnistia Internacional lança Facebook dos tiranos


Nome: Kim Jong-il. Data de nascimento: 16 de Fevereiro de 1946. Qualificações: Formado em política económica marxista, filosofia, ciência militar e inglês. Biografia: "Aderiu ao Partido dos Trabalhadores Coreanos em 1961, onde começou a carreira política e a construir a imagem de líder. (...) Fome, repressão, prisões arbitrárias, detenções não comunicadas, tortura e execuções são apenas alguns exemplos das violações de direitos humanos que têm lugar sob o regime de Kim Jong Il". Esta é alguma da informação disponível no perfil do líder norte-coreano no Tyrannybook, uma rede social lançada pela Amnistia Internacional e que tem um aspecto praticamente igual ao do popular Facebook.

Em vez de azul, a cor dominante do Tyrannybook ("livro da tirania", numa tradução literal) é o vermelho. Em vez de amigos, os utilizadores podem ter aliados. E no site já estão criados os perfis daqueles que a Amnistia considera serem tiranos. Ao todo, dez líderes ou ex-líderes políticos, entre os quais o sérvio Radovan Karadzic, o Presidente chinês, Hu Jintao, o Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, e o líder do Zimbabwe, Robert Mugabe.

Para além da informação biográfica, também há as habituais fotografias a acompanhar os perfis: os "tiranos" surgem com frequência em fotos com outros líderes (e muitas vezes com outros "tiranos" perfilados), mas também há imagens de acções de protesto ou de manifestações de apoio organizadas pelos respectivos regimes.

No Facebook, os utilizadores vão actualizando o perfil com todo o tipo de mensagens (desde pensamentos até informação sobre o que comeram ao pequeno-almoço). Já no Tyrannybook, a Aministia Internacional encarrega-se de actualizar o perfil dos "tiranos" e incluir as notícias recentes relacionadas com cada um.

"Através de um sistema de seguidores, os utilizadores podem actualizar-se acerca das violações que vários líderes cometem perante os conhecidos e consagrados Direitos Humanos. Os perfis destas figuras são actualizados quer pela Amnistia, quer pelos utilizadores mediante o avançar ou recuar da situação dos países que [aqueles] lideram. Caberá a cada utilizador decidir quais os líderes que mais lhe interessa vigiar", explica a Amnistia, numa nota informativa. Os utilizadores também podem actualizar os respectivos perfis e deixar comentários nas páginas uns dos outros.




Fonte: Público

POSTED BY Mari
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