Alemanha garante terceiro lugar
Tal como há quatro anos, na sua própria casa, a Alemanha voltou a encerrar um Mundial com um terceiro lugar. Tal como em 2006, o pódio de uma fase final será totalmente preenchido por equipas europeias. O Uruguai esteve perto de alcançar o sucesso, ou pelo menos de adiar a derrota, mas a barra impediu o golo a Forlán nos derradeiros instantes. Os sul-americanos sucederam a Portugal na quarta posição.
O terceiro lugar foi mais bem saboreado pelos alemães em 2006, quando derrotaram Portugal, por 3-1. Na altura, a equipa, que era orientada por Juergen Klinsmann, atravessava uma fase descendente, acabando por surpreender ao longo da prova caseira. Quatro anos depois, mesmo sem chegar como favorito à África do Sul, o conjunto germânico maravilhou pelo bom futebol, com laivos latinos, acabando por galgar no ranking das apostas já no decorrer da prova. A final era uma possibilidade bem real, em especial depois de ter destroçado a candidata Argentina, nos quartos-de-final, por 4-0. A Espanha terminou com o sonho de Löw.
Convencidos do potencial da Mannschaft, os jogadores não encontraram hoje tanta motivação para lutar pelo prémio de consolação como há quatro anos. Mesmo assim, a Alemanha é a Alemanha, o que se traduz, em termos práticos, em pragmatismo e luta até ao fim. Foi assim esta noite frente ao Uruguai, uma equipa que vendeu bem cara a derrota, acabando por ser o último conjunto sul-americano a sair da prova, depois de, curiosamente, ter sido também o último a garantir a qualificação para África.
A Alemanha teve o mérito de começar e acabar melhor a partida, mas sentiu as maiores dificuldades pelo meio, chegando mesmo a estar em desvantagem. Sem poder contar com o desafortunado Miroslav Klose, que não recuperou totalmente de uma lesão, apesar de ter ocupado um lugar no banco, Löw chamou o brasileiro, naturalizado alemão, Cacau para liderar o ataque.
O pós-desaire espanhol foi ainda marcado por uma gripe que afectou parte do plantel, nomeadamente o avançado Podolski, o guarda-redes Neuer e o defesa Lahm, que ficaram também de fora, o que rendeu a titularidade das redes germânicas ao ex-benfiquista Butt. A única boa notícia foi o regresso do jovem Thomas Müller, uma das grandes revelações deste Mundial, que falhou a partida decisiva para o acesso à final com a Espanha, por castigo disciplinar.
E seria precisamente o principal candidato ao prémio revelação da FIFA a inaugurar o marcador, aos 19’, somando o quinto golo da sua conta pessoal na África do Sul. A vantagem duraria escassos nove minutos, com Cavani a restabelecer a igualdade, aos 28’. Os sul-americanos (os “portugueses” Maxi Pereira, do Benfica, e Fucile, do FC Porto, foram titulares) galvanizaram-se, mas o intervalo chegaria sem grandes sobressaltos nas duas redes.
A equipa de Óscar Tabárez não esmoreceu no reatamento e, depois de dois sérios avisos simultâneos de Cavani e Suárez, travados por Butt, chegaria mesmo à vantagem, com um golo (o seu quinto) do incontornável Diego Forlán, após um excelente trabalho de Ríos na direita. Se a primeira vantagem da partida durou nove minutos, a segunda sobreviveu a apenas cinco, com um improvável Jansen a repor a igualdade, aos 56’. Um golo com fortes responsabilidades para o guarda-redes uruguaio, que se atrapalhou na pequena área com dois colegas de equipa.
Se a qualidade do futebol deixava algo a desejar, sobravam emoção e golos, o melhor menu para um adepto num encontro decisivo. A partida prometia pelo menos mais a meia-hora do prolongamento, mas Khedira, a oito minutos dos 90’, aproveitou um desacerto defensivo sul-americano, na sequência de um pontapé de canto, apontando de cabeça o golo do triunfo alemão.
Parecia tudo resolvido, mas com Forlán nada é líquido para os adversários e foi a barra que acabou por salvar os europeus nos derradeiros instantes, após um livre directo.
Fonte: Público
O terceiro lugar foi mais bem saboreado pelos alemães em 2006, quando derrotaram Portugal, por 3-1. Na altura, a equipa, que era orientada por Juergen Klinsmann, atravessava uma fase descendente, acabando por surpreender ao longo da prova caseira. Quatro anos depois, mesmo sem chegar como favorito à África do Sul, o conjunto germânico maravilhou pelo bom futebol, com laivos latinos, acabando por galgar no ranking das apostas já no decorrer da prova. A final era uma possibilidade bem real, em especial depois de ter destroçado a candidata Argentina, nos quartos-de-final, por 4-0. A Espanha terminou com o sonho de Löw.
Convencidos do potencial da Mannschaft, os jogadores não encontraram hoje tanta motivação para lutar pelo prémio de consolação como há quatro anos. Mesmo assim, a Alemanha é a Alemanha, o que se traduz, em termos práticos, em pragmatismo e luta até ao fim. Foi assim esta noite frente ao Uruguai, uma equipa que vendeu bem cara a derrota, acabando por ser o último conjunto sul-americano a sair da prova, depois de, curiosamente, ter sido também o último a garantir a qualificação para África.
A Alemanha teve o mérito de começar e acabar melhor a partida, mas sentiu as maiores dificuldades pelo meio, chegando mesmo a estar em desvantagem. Sem poder contar com o desafortunado Miroslav Klose, que não recuperou totalmente de uma lesão, apesar de ter ocupado um lugar no banco, Löw chamou o brasileiro, naturalizado alemão, Cacau para liderar o ataque.
O pós-desaire espanhol foi ainda marcado por uma gripe que afectou parte do plantel, nomeadamente o avançado Podolski, o guarda-redes Neuer e o defesa Lahm, que ficaram também de fora, o que rendeu a titularidade das redes germânicas ao ex-benfiquista Butt. A única boa notícia foi o regresso do jovem Thomas Müller, uma das grandes revelações deste Mundial, que falhou a partida decisiva para o acesso à final com a Espanha, por castigo disciplinar.
E seria precisamente o principal candidato ao prémio revelação da FIFA a inaugurar o marcador, aos 19’, somando o quinto golo da sua conta pessoal na África do Sul. A vantagem duraria escassos nove minutos, com Cavani a restabelecer a igualdade, aos 28’. Os sul-americanos (os “portugueses” Maxi Pereira, do Benfica, e Fucile, do FC Porto, foram titulares) galvanizaram-se, mas o intervalo chegaria sem grandes sobressaltos nas duas redes.
A equipa de Óscar Tabárez não esmoreceu no reatamento e, depois de dois sérios avisos simultâneos de Cavani e Suárez, travados por Butt, chegaria mesmo à vantagem, com um golo (o seu quinto) do incontornável Diego Forlán, após um excelente trabalho de Ríos na direita. Se a primeira vantagem da partida durou nove minutos, a segunda sobreviveu a apenas cinco, com um improvável Jansen a repor a igualdade, aos 56’. Um golo com fortes responsabilidades para o guarda-redes uruguaio, que se atrapalhou na pequena área com dois colegas de equipa.
Se a qualidade do futebol deixava algo a desejar, sobravam emoção e golos, o melhor menu para um adepto num encontro decisivo. A partida prometia pelo menos mais a meia-hora do prolongamento, mas Khedira, a oito minutos dos 90’, aproveitou um desacerto defensivo sul-americano, na sequência de um pontapé de canto, apontando de cabeça o golo do triunfo alemão.
Parecia tudo resolvido, mas com Forlán nada é líquido para os adversários e foi a barra que acabou por salvar os europeus nos derradeiros instantes, após um livre directo.
Fonte: Público