Vem aí mais calor
O calor vai continuar forte até sábado, mas na Foz do Arelho o vento do mar não vem apenas fresquinho, chega mesmo frio. No Oeste "está-se bem".
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu passar para o alerta máximo (vermelho) os distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja, devido às elevadas temperaturas que se têm feito sentir nos últimos dias e que se devem prolongar até sábado, segundo o Instituto de Meteorologia (IM).
O alerta vermelho accionado para hoje significa que os cuidados devem ser redobrados porque as "temperaturas muito elevadas podem trazer graves problemas para a saúde". Nos restantes distritos mantém-se o alerta amarelo e o Porto e Viana do Castelo continuam com o verde.
A passagem para alerta máximo é determinada também pelas elevadas temperaturas mínimas que se têm feito sentir e pelo grande número de incêndios, entre outros factores, adiantou ao PÚBLICO o chefe da Divisão de Saúde Ambiental da DGS, Paulo Diegues.
O alerta vermelho implica que as administrações regionais de saúde tomem medidas suplementares, que passam pelo reforço das equipas nos serviços de saúde. Por enquanto, a procura dos serviços de urgência aumentou apenas ligeiramente.
O calor vai continuar em Portugal continental até sábado. As temperaturas voltarão a subir hoje, com previsão de 40 graus em Évora, 39 em Lisboa e Beja, e 38 em Setúbal, Santarém e Castelo Branco. Em Portalegre, a noite será quente como se fosse dia, não devendo a temperatura mínima descer abaixo dos 29 graus.
Mas há excepções, claro. Ontem, nas Caldas da Rainha estavam 28 graus. E na Foz do Arelho uns agradáveis 23 graus. Para mês de Julho, a praia está invulgarmente pouco povoada e até nem é difícil encontrar estacionamento.
Bandeira vermelha. O mar está batido e do oceano não sopra uma brisa fresquinha, mas sim um verdadeiro vento frio. Por isso, os veraneantes deixaram quase deserta a praia atlântica e concentram-se junto à lagoa, protegidos do vento, em torno de uma gigantesca poça onde as crianças tomam banho.
Do lado do mar, até o nadador-salvador tem um blusão vestido e vigia meia dúzia de banhistas estendidos nas toalhas. O céu está limpo. Não se vê uma nuvem, mas a típica neblina do Oeste não deixa que se avistem as Berlengas nem, sequer, Peniche lá ao fundo.
"Assim é que se está bem. Nem calor nem frio". O comentário de um recém-chegado à praia resume o "estado da arte" no que toca à meteorologia da região. O resto do país escalda. No Oeste "está-se bem".
Não por acaso, as Caldas da Rainha era sítio privilegiado de veraneio, não só da aristocracia lisboeta desde os finais do séc. XIX até à segunda metade do séc. XX, como também de famílias alentejanas e de muitos espanhóis de Badajoz, que ali procuravam refúgio durante os meses de estio.
Hoje, de termal, a cidade já só quase guarda a memória, mas o clima ameno mantém-se. Por isso, nos últimos dias, à hora do calor, quando no resto do país a ruas ficam desertas e as pessoas fogem à canícula, nas Caldas o centro fervilha de gente às compras, as esplanadas estão cheias e o comércio parece mais vivo do que nunca.
Para muitos caldenses, 28 graus é calor a mais, mas para muitos forasteiros, são uma bênção. Ou até uma excentricidade: Antónia Troya, uma andaluza de férias na região, está ao telemóvel e vai contando entusiasmada para as amigas de Sevilha: "E aqui à noite até durmo com uma manta por cima".
Poluição
Algumas regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo ultrapassaram os níveis de ozono sobre os quais é necessário avisar a população para as consequências na saúde, mas a Quercus alerta que a informação não está a chegar em todos os casos.
Esta situação "já tem consequências para a saúde pública. Provoca desconforto ao nível das vias respiratórias e pode acentuar sintomas das doenças que as pessoas já têm", como no caso da asma, avança a associação.
Fonte: Público
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu passar para o alerta máximo (vermelho) os distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja, devido às elevadas temperaturas que se têm feito sentir nos últimos dias e que se devem prolongar até sábado, segundo o Instituto de Meteorologia (IM).
O alerta vermelho accionado para hoje significa que os cuidados devem ser redobrados porque as "temperaturas muito elevadas podem trazer graves problemas para a saúde". Nos restantes distritos mantém-se o alerta amarelo e o Porto e Viana do Castelo continuam com o verde.
A passagem para alerta máximo é determinada também pelas elevadas temperaturas mínimas que se têm feito sentir e pelo grande número de incêndios, entre outros factores, adiantou ao PÚBLICO o chefe da Divisão de Saúde Ambiental da DGS, Paulo Diegues.
O alerta vermelho implica que as administrações regionais de saúde tomem medidas suplementares, que passam pelo reforço das equipas nos serviços de saúde. Por enquanto, a procura dos serviços de urgência aumentou apenas ligeiramente.
O calor vai continuar em Portugal continental até sábado. As temperaturas voltarão a subir hoje, com previsão de 40 graus em Évora, 39 em Lisboa e Beja, e 38 em Setúbal, Santarém e Castelo Branco. Em Portalegre, a noite será quente como se fosse dia, não devendo a temperatura mínima descer abaixo dos 29 graus.
Mas há excepções, claro. Ontem, nas Caldas da Rainha estavam 28 graus. E na Foz do Arelho uns agradáveis 23 graus. Para mês de Julho, a praia está invulgarmente pouco povoada e até nem é difícil encontrar estacionamento.
Bandeira vermelha. O mar está batido e do oceano não sopra uma brisa fresquinha, mas sim um verdadeiro vento frio. Por isso, os veraneantes deixaram quase deserta a praia atlântica e concentram-se junto à lagoa, protegidos do vento, em torno de uma gigantesca poça onde as crianças tomam banho.
Do lado do mar, até o nadador-salvador tem um blusão vestido e vigia meia dúzia de banhistas estendidos nas toalhas. O céu está limpo. Não se vê uma nuvem, mas a típica neblina do Oeste não deixa que se avistem as Berlengas nem, sequer, Peniche lá ao fundo.
"Assim é que se está bem. Nem calor nem frio". O comentário de um recém-chegado à praia resume o "estado da arte" no que toca à meteorologia da região. O resto do país escalda. No Oeste "está-se bem".
Não por acaso, as Caldas da Rainha era sítio privilegiado de veraneio, não só da aristocracia lisboeta desde os finais do séc. XIX até à segunda metade do séc. XX, como também de famílias alentejanas e de muitos espanhóis de Badajoz, que ali procuravam refúgio durante os meses de estio.
Hoje, de termal, a cidade já só quase guarda a memória, mas o clima ameno mantém-se. Por isso, nos últimos dias, à hora do calor, quando no resto do país a ruas ficam desertas e as pessoas fogem à canícula, nas Caldas o centro fervilha de gente às compras, as esplanadas estão cheias e o comércio parece mais vivo do que nunca.
Para muitos caldenses, 28 graus é calor a mais, mas para muitos forasteiros, são uma bênção. Ou até uma excentricidade: Antónia Troya, uma andaluza de férias na região, está ao telemóvel e vai contando entusiasmada para as amigas de Sevilha: "E aqui à noite até durmo com uma manta por cima".
Poluição
Algumas regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo ultrapassaram os níveis de ozono sobre os quais é necessário avisar a população para as consequências na saúde, mas a Quercus alerta que a informação não está a chegar em todos os casos.
Esta situação "já tem consequências para a saúde pública. Provoca desconforto ao nível das vias respiratórias e pode acentuar sintomas das doenças que as pessoas já têm", como no caso da asma, avança a associação.
Fonte: Público