Sangue mais fresco no MOV
O tema é "trendy": vampiros. Porém, não é uma saga que se esgote nesta moda da ficção. E daí, talvez, o seu êxito. São várias, embora simples, as razões que o sustentam. O autor, Alan Ball, é uma delas. Vem aí mais "Sangue Fresco", a partir desta noite.
Poderia ser apenas mais uma série que aborda os meandros vampirescos. Não o é. Aliás, esse é só um ingrediente da sumarenta fórmula televisiva carimbada pela cadeia norte-americana HBO, só batida a nível de clube de devotos por "Os Sopranos". A terceira fornada de capítulos de "True Blood" começa hoje a ser exibida em Portugal, no MOV, só disponível na oferta da Zon TV cabo, pelas 22.30 horas, tendo arrancado nos EUA a 13 de Junho.
Os mais de 4 milhões de fãs da série no Facebook ilustram bem o fenómeno. O facto se ser escrita e produzida pelo autor da incontornável trama "Sete palmos de terra" dá pistas de qualidade. Porém, a legião de aficcionados, fazendo de "Sangue fresco", assim baptizada por cá, um culto, não se prenderá só com Ball.
Vejamos, então: além de um guião inteligente e de escrita refinada, a intriga conjuga romance, suspense e humor, sendo que a acção decorre num futuro relativamente próximo. As marcas da actualidade estão lá. Ganchos, por assim dizer, picantes, regados por um erotismo com orgias a ilustrarem o seu expoente máximo, também. Grosso modo, uma bizarria gótica, encadeada de forma coerente, com uma história sólida enquanto pano de fundo, sintetiza o fio condutor da narrativa.
E o que, à partida, funcionaria até como elemento dissuasor para o público, é o seu mais valioso "leit-motiv". A excentricidade não é gratuita. Tudo encaixa, tudo faz sentido. O que eventualmente seria passível de ferir susceptibilidades, de chocar, é percepcionado como algo natural.
Na mais fresca época de "True Blood", o microcosmos social em que os vampiros se humanizaram, alimentando-se de sangue sintético, pelo que não mais apoquentam humanos - antes lutam por direitos iguais e contra a discriminação de que são alvo - haverá lugar a ainda mais intensidade dramática. Esta espécie de crónica de costumes , que traz reminiscências de um "apartheid" metafórico, poderá convocar um maior número de fiéis para a doutrina revestida de vício televisivo.
Avizinha-se, porém, uma baixa de peso no elenco. Uma morte que, segundo o mentor, será aplaudida. O desaparecimento do vampiro "Bill", papel de Stephen Moyer, será entretanto explicado, enquanto "Sookie", vestida por Anna Paquin sofrerá um assédio por parte da nova personagem. Os actores Marshall Allman, J. Smith-Cameron, ou Shannon Lucio passam a integrar o elenco.
Fonte: JN
Poderia ser apenas mais uma série que aborda os meandros vampirescos. Não o é. Aliás, esse é só um ingrediente da sumarenta fórmula televisiva carimbada pela cadeia norte-americana HBO, só batida a nível de clube de devotos por "Os Sopranos". A terceira fornada de capítulos de "True Blood" começa hoje a ser exibida em Portugal, no MOV, só disponível na oferta da Zon TV cabo, pelas 22.30 horas, tendo arrancado nos EUA a 13 de Junho.
Os mais de 4 milhões de fãs da série no Facebook ilustram bem o fenómeno. O facto se ser escrita e produzida pelo autor da incontornável trama "Sete palmos de terra" dá pistas de qualidade. Porém, a legião de aficcionados, fazendo de "Sangue fresco", assim baptizada por cá, um culto, não se prenderá só com Ball.
Vejamos, então: além de um guião inteligente e de escrita refinada, a intriga conjuga romance, suspense e humor, sendo que a acção decorre num futuro relativamente próximo. As marcas da actualidade estão lá. Ganchos, por assim dizer, picantes, regados por um erotismo com orgias a ilustrarem o seu expoente máximo, também. Grosso modo, uma bizarria gótica, encadeada de forma coerente, com uma história sólida enquanto pano de fundo, sintetiza o fio condutor da narrativa.
E o que, à partida, funcionaria até como elemento dissuasor para o público, é o seu mais valioso "leit-motiv". A excentricidade não é gratuita. Tudo encaixa, tudo faz sentido. O que eventualmente seria passível de ferir susceptibilidades, de chocar, é percepcionado como algo natural.
Na mais fresca época de "True Blood", o microcosmos social em que os vampiros se humanizaram, alimentando-se de sangue sintético, pelo que não mais apoquentam humanos - antes lutam por direitos iguais e contra a discriminação de que são alvo - haverá lugar a ainda mais intensidade dramática. Esta espécie de crónica de costumes , que traz reminiscências de um "apartheid" metafórico, poderá convocar um maior número de fiéis para a doutrina revestida de vício televisivo.
Avizinha-se, porém, uma baixa de peso no elenco. Uma morte que, segundo o mentor, será aplaudida. O desaparecimento do vampiro "Bill", papel de Stephen Moyer, será entretanto explicado, enquanto "Sookie", vestida por Anna Paquin sofrerá um assédio por parte da nova personagem. Os actores Marshall Allman, J. Smith-Cameron, ou Shannon Lucio passam a integrar o elenco.
Fonte: JN