Catorze anos depois, Duke Nukem volta
Sexo, drogas, acção e muita violência – foi o que tornou Duke Nukem 3D um sucesso em meados da década de 1990. Em 1997, foi anunciada a sequela. Mas demorou 14 anos a ser feita. Duke Nukem Forever chega hoje ao mercado europeu.
Duke Nukem é o que se chama um first person shooter: um jogo com muitas armas e inimigos para aniquilar e no qual o jogador tem uma perspectiva de primeira pessoa – ou seja, vê através dos olhos do personagem (que tem o mesmo nome do jogo).
Numa altura em que a indústria já encara com seriedade o segmento dos jogos simples que podem ser desfrutados com a família, crianças incluídas, Duke Nukem faz parte dos jogos desenhados para apelar aos jovens do sexo masculino que passam horas em frente ao ecrã num quarto com as luzes apagadas. Não é alegre, não é fácil de jogar e, sobretudo, não foi feito para animar as tardes familiares de domingo.
Duke Nukem começou em 1991 como um jogo de plataformas, mas foi a versão first person shooter, lançada em 1996, que fez com que alcançasse uma legião de fãs – provavelmente tão grande como a legião de detractores. É que Duke Nukem não se limitava então a ser um festim de sangue e violência.
O jogo estava repleto de tiradas ultra-machistas do protagonista, de mulheres pouco vestidas, de strippers e de prostitutas (que podiam ser mortas a tiro, embora isso normalmente fizesse com que surgissem mais inimigos, dificultando a vida ao jogador). A história resumia-se a um herói algures no século XXI a tentar salvar o mundo de um ataque extra-terrestre.
Duke Nukem está, apesar de tudo, muito longe de ser exemplo único de controvérsia no mundo dos videojogos. Afinal, há jogos em que se ganham pontos quando se atropelam pessoas (Carmageddon, com pontos extra para atropelamento de idosos ou mulheres grávidas), jogos em que o objectivo é ser um criminoso (os vários Grand Theft Auto, que incluem fazer assaltos e explorar prostitutas) e jogos em que é possível participar em massacres de civis inocentes (Call of Duty: Modern Warfare 2).
Um grande atraso
A nova versão do jogo chega dentro de quatro dias à América do Norte, completando assim o ciclo de lançamentos mundiais, que arrancou ontem, com o lançamento na Austrália. O título está disponível para computadores com Windows e para as consolas Xbox 360 (da Microsoft) e PlayStation 3 (da Sony).
A data de lançamento de Duke Nukem foi sendo sucessivamente adiada, o que fez com que este se tornasse alvo de chacota generalizada e uma espécie de mito no mundo dos videojogos. A conhecida revista Wired classificou-o várias vezes como vaporware, um termo que designa software anunciado mas que não se concretiza. Os atrasos levaram mesmo a uma disputa legal entre a empresa responsável pelo desenvolvimento e a editora. O anúncio de que Forever estaria mesmo pronto em 2011 foi recebido com algum cepticismo.
A 2K Games, editora do jogo, parece, no entanto, apostada em recuperar o tempo gasto. Esta semana, Na Electronic Entertainment Expo (E3), em Los Angeles, fez questão de mostrar que o recém lançado Duke Nukem Forever tem como objectivo ultrapassar o antecessor no que diz respeito a polémica.
Mais em: Público
Duke Nukem é o que se chama um first person shooter: um jogo com muitas armas e inimigos para aniquilar e no qual o jogador tem uma perspectiva de primeira pessoa – ou seja, vê através dos olhos do personagem (que tem o mesmo nome do jogo).
Numa altura em que a indústria já encara com seriedade o segmento dos jogos simples que podem ser desfrutados com a família, crianças incluídas, Duke Nukem faz parte dos jogos desenhados para apelar aos jovens do sexo masculino que passam horas em frente ao ecrã num quarto com as luzes apagadas. Não é alegre, não é fácil de jogar e, sobretudo, não foi feito para animar as tardes familiares de domingo.
Duke Nukem começou em 1991 como um jogo de plataformas, mas foi a versão first person shooter, lançada em 1996, que fez com que alcançasse uma legião de fãs – provavelmente tão grande como a legião de detractores. É que Duke Nukem não se limitava então a ser um festim de sangue e violência.
O jogo estava repleto de tiradas ultra-machistas do protagonista, de mulheres pouco vestidas, de strippers e de prostitutas (que podiam ser mortas a tiro, embora isso normalmente fizesse com que surgissem mais inimigos, dificultando a vida ao jogador). A história resumia-se a um herói algures no século XXI a tentar salvar o mundo de um ataque extra-terrestre.
Duke Nukem está, apesar de tudo, muito longe de ser exemplo único de controvérsia no mundo dos videojogos. Afinal, há jogos em que se ganham pontos quando se atropelam pessoas (Carmageddon, com pontos extra para atropelamento de idosos ou mulheres grávidas), jogos em que o objectivo é ser um criminoso (os vários Grand Theft Auto, que incluem fazer assaltos e explorar prostitutas) e jogos em que é possível participar em massacres de civis inocentes (Call of Duty: Modern Warfare 2).
Um grande atraso
A nova versão do jogo chega dentro de quatro dias à América do Norte, completando assim o ciclo de lançamentos mundiais, que arrancou ontem, com o lançamento na Austrália. O título está disponível para computadores com Windows e para as consolas Xbox 360 (da Microsoft) e PlayStation 3 (da Sony).
A data de lançamento de Duke Nukem foi sendo sucessivamente adiada, o que fez com que este se tornasse alvo de chacota generalizada e uma espécie de mito no mundo dos videojogos. A conhecida revista Wired classificou-o várias vezes como vaporware, um termo que designa software anunciado mas que não se concretiza. Os atrasos levaram mesmo a uma disputa legal entre a empresa responsável pelo desenvolvimento e a editora. O anúncio de que Forever estaria mesmo pronto em 2011 foi recebido com algum cepticismo.
A 2K Games, editora do jogo, parece, no entanto, apostada em recuperar o tempo gasto. Esta semana, Na Electronic Entertainment Expo (E3), em Los Angeles, fez questão de mostrar que o recém lançado Duke Nukem Forever tem como objectivo ultrapassar o antecessor no que diz respeito a polémica.
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